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Radiohammer - Análise

Emissão pirata.

Um jogo de ritmo simples, com uma estrutura repetitiva e ritmos algo apagados. Vale pelo preço económico.

Produzido pela Arc System Works (Guilty Gear Xrd) em colaboração com a coreana Vinyl Labs, Radiohammer é um jogo de ritmo e acção "low cost" acessível às carteiras dos jogadores forretas. Num género marcado por memoráveis produções como Parappa the Rapper, Beat the Beat e Ouendan (talvez o meu jogo de ritmo favorito), Radiohammer revela na comparação com aqueles algumas limitações, especialmente na produção, mecânicas e músicas mas nem por isso deixa de se afirmar como uma proposta válida e apelativa, visando uma experiência de jogo algo hardcore, bem atada dentro daquilo que se propõe. Não é um jogo faustoso e pode tornar-se até um pouco repetitivo a breve curso, por culpa de algumas decisões discutíveis que veremos mais à frente. Só que estando perante uma produção japonesa, à qual acresce como produtora a sonante Arc System Works e um preço na casa dos 5 euros, mau não pode ser.

Não sendo uma experiência recomendada, como muitos de vós terão já dado conta, nem por isso quer dizer que não encontrem méritos. Inspirado nas rádios piratas, os Dj's de Radiohammer funcionam quase como assistentes da justiça, uma espécie de Streets of Rage com uma pitada de animação japonesa, com socos e pontapés substituídos por marteladas sobre rúfias, pervertidos, mafiosos e outros mauzões (extra-terrestres), ao ritmo da batida musical. Um registo "groove", "funk" e entusiástico que nos leva a premir os botões da 3DS de acordo com o alinhamento dos alvos.

Limpando as estradas ao som da música.

Numa movimentação automática da direita para a esquerda, teremos que responder de acordo com os alvos nas duas linhas, acertando nos adversários que correm na linha superior usando o X (em alternativa podemos usar o d-pad pressionando para cima) e na linha inferior o botão A (d-pad para baixo). No meio de tantos mauzões em movimento na nossa direcção, a destreza com que martelamos neles no tempo certo deixa-nos ampliar a pontuação, entrando numa espécie de combo. Convém ter atenção às bombas, que detonadas nos enfraquecem, retirando vida. Por vezes temos que acertar em presentes, óptimos para prolongar a vitalidade. Embora seja um processo simples e acessível, a exigência é maior quando entramos numa fase de prolongamento da música, na qual somos obrigados a enfrentar novas vagas, muito próximas e de forma tão insistente que acabam por forçar o erro.

"A apresentação do jogo é eficaz, num estilo anime limpo e de fortes cores"

O "timming" da martelada é contabilizado e pontuado. Se conseguirmos uma pancada em cheio obtemos um "perfect". Já se falharmos uma marretada deixamos fugir o alvo e enfraquecemos. O problema pode ser maior quando um falhanço nos faz perder o ritmo e entramos numa série de erros consecutivos, uma espiral negativa que pode acabar com a nossa vida e levar-nos directamente para o começo do tema. A apresentação do jogo é eficaz, num estilo anime limpo e de fortes cores. Existem mais de 50 músicas, embora muitas delas sejam muito parecidas e nem sempre cativantes. Apesar de cobrirem vários estilos parece faltar aquela loucura de Ouendan.

Temos quatro DJ's. July Ann é a mais nova do grupo e não terá problemas em acertar na cabeça dos pervertidos, usando um enorme martelo. MC Wayne, o director de programação da rádio, é o DJ apto para enfrentar os adversários mais fortes, enquanto que Simply Lita dará uso às cordas da guitarra eléctrica para, através dos seus poderosos solos, abanar os tímpanos de quem se colocar diante do seu caminho. Por fim, poderão desbloquear uma DJ adicional, oriunda do jogo de luta 2D, Chaos Code. Trata-se de Celia, uma andróide recrutada por MC Wayne, equipada com um valioso guarda-chuva. A variedade de DJ's faz-se acompanhar de diferentes ritmos, músicas e coordenadas. No entanto, a progressão é linear e nunca nos é dada a possibilidade de escolher um destes DJ's sem antes completar todas as missões do anterior. É uma pena esta progressão. Uma estrutura linear que com alguma frequência acaba por aborrecer, com muitas músicas a entrarem em sequências de tempo adicionais que se limitam a repetir a fórmula, criando uma longevidade algo aparente.

Para acertar num presente, d-pad para trás ou botão Y.

Ao desbloquearem um nível poderão repeti-lo com um novo grau de dificuldade, mais rápido mas apenas com uma linha de adversários a seguir na nossa direcção. Temos à disposição uma jukebox para efeitos especiais e é conveniente atender à pontuação, que pode ir de uma a três estrelas (a nota máxima). Com músicas mais cativantes, melhor produzidas e com um acesso imediato aos quatro DJ's, Radiohammer ganharia mais alguma qualidade, proporcionando um desafio constante e menos repetitivo. Por 5 euros não há muito que apontar. É um valor algo residual para a qualidade mínima do produto. Não chega ao patamar de um Ouendan ou Beat the Beat e, como rádio pirata, sujeitamo-nos ao que nos é oferecido. Uma proposta simples, que tem no reduzido preço um factor a ter em conta.

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Sobre o Autor
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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.
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