Skip to main content
Se clicares num link e fizeres uma compra, poderemos receber uma pequena comissão. Lê a nossa política editorial.

Pro Evolution Soccer 2011 3D

Passe por dentro.

Dentro do campo a sensação de profundidade proporcionada pelo 3D e pela nova perspetiva "player view" oferece uma forma diferente (apesar de não inovadora) para gerir e conduzir o jogo embora possa não ser a mais eficiente. É claro que a sensação de distância que se faz sentir impressiona, pela forma como alguns atletas estão mais próximos, como também se ganha uma boa impressão da distancia entre as balizas, ficando-se com uma impressão mais positiva sobre os estádios.

Com a bola no pé, jogar para a frente envolve todas as técnicas que fazem parte do almanaque PES. Passes curtos, longos, fintas, cruzamentos e remates, tudo é possível com a delicadeza que a Konami nos habituou. O ritmo de jogo fica assim um pouco dependente da atitude do jogador e da propensão para desenhar o tipo de jogadas que pretende. Todavia, não obstante a perspetiva ofereça a melhor janela para o efeito tridimensional, exige bastante tempo até que os resultados apareçam.

Julgamos, porém, que se poderia ter dado um uso mais extensivo ao ecrã táctil. Através dele poderemos dar um conjunto de instruções para dentro do campo e modificar as táticas de jogo, dando preferência para atacar por um dos flancos, jogar deliberadamente ao ataque ou defender. De resto o configurador manual permite operar mais tarefas como substituições, verificar o estado da equipa. No entanto não há muito mais a fazer através do ecrã táctil. Sente-se que a Konami ainda está numa fase de adaptação à nova portátil, pelo que talvez, em edições futuras, possa arriscar algumas inovações

A perspetiva dinâmica, felizmente não é tão restrita como se poderá julgar, digamos que a câmara deambula pelo terreno do jogo, aproximando-se às costas do jogador que recebe a bola, assim como aponta para a defesa ou para o ataque, dependendo se o adversário estiver próximo da baliza ou se for a nossa equipa a atacar. Um pequeno ponteiro nos pés do jogador recetor indica para onde deverá endossar a bola (podendo trocar pelo jogador mais próximo pressionando o botão L – o R dá mais velocidade).

A maior dificuldade que se pode apontar é a dificuldade em organizar ataques de forma mais apoiada. Frequentemente ignora-se o posicionamento de colegas de equipas melhor preparados para receber um passe (por estarem num ângulo morto) e tende-se a dar um destino às jogadas que não surte o melhor efeito. Os adversários reagem de imediato às investidas e cessam as oportunidades. Isto dentro de uma dificuldade regular.

Recuperar a perspetiva larga na horizontal pode ser um alívio e rapidamente sentimo-nos mais capazes de resolver o jogo e dar um empurrão para o melhor desfecho ao jogo que teimosamente permanecia empatado a zero. O maior revés que se pode apontar à perspetiva "wide" é que dilui muito do efeito 3D, precisamente pela ausência de movimentação entre um ponto próximo e distante no ecrã, já que o jogo decorre no fundo.

O relato conduzido por Jon Champion e Jim Beglin empresta mais algum conforto, com comentários adaptados às diversas incidências de jogo, efusivos quando necessário, o que significa que não terão problemas em escutar os dois durante bastante tempo. Como já dissemos atrás, lamenta-se a falta de mais alguns modos de jogo e sobretudo a ausência de confrontos em rede. É o que dá quando um jogo se estreia numa nova consola, alguns riscos ficam para uma próxima oportunidade e como haverá no próximo ano nova ronda, a Konami preferiu postergar os confrontos em rede, pelo que a única oportunidade para jogar com mais pessoas será através da ligação local. Não ficou esquecida a funcionalidade "Street pass" da 3DS, o que significa que o sistema irá detetar as estatísticas da equipa que tenham definidas na Master League e conjugá-las com os dados de um outro adversário que se tenham cruzado. O resultado será imediato e automaticamente ditado pelo sistema.

PES 2011 3D é já um jogo com boa identidade e revela bons resultados na adaptação à 3DS, um sistema mais potente e que claramente é o espelho de uma nova aposta. Um jogo vivo, agradável à vista, com jogadores modelados é sem dúvida o melhor PES para um sistema portátil até ao momento. Com o efeito 3D ligado, adquire uma marcha única, impressionante, embora não inteiramente acessível. Mas ainda que desliguem o efeito 3D, resume muitos dos predicados que fazem de PES um jogo a ter sempre em conta no atual panorama da simulação futebolística.

7 / 10

Read this next