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Pro Evolution Soccer 2009

A festa do futebol. É disto que o meu povo gosta!

Outra grande novidade é a inclusão da estrutura oficial da Liga dos Campeões com toda a apresentação bem ao jeito da UEFA. Sabe bem para os seguidores dos jogos europeus das terças e quartas encontrar aqui o mítico hino de abertura, os quadros de apresentação do onze inicial, o fervilhar das eliminatórias e o pano circular com estrelas no meio situado ao centro da área antes da partida começar.

Do ponto de vista da organização e direitos cedidos, jogar a liga dos campeões é sempre apelativo e encorajador, mas fica um certo amargo por se apurar que os clubes são escolhidos aleatoriamente para os grupos de apuramento sem qualquer conexão com os verdadeiros representantes da actual temporada. Assim, não há como vingar a pretérita derrota do Porto contra o Dínamo de Kiev, o que gera um sabor de insatisfação. Depois há um outro tanto preenchido pelos clubes não oficiais, que retiram algum do brilho à prova. Apesar disso é um momento alto de PES 2009 chegar à final da competição europeia de clubes e arrecadar o ceptro para os festejos que habitualmente irrompem pelo telejornal quando não há um clube português presente na final.

Com assinatura renovada a Master League representa uma dedicação a fundo a partir de um clube, mas não são primordiais as alterações. Com uma interface mais simples de seguir e expedita, as contratações de jogadores estão melhoradas e a negociação salarial será um factor importante se quisermos deixar um jogador empenhado e competitivo em campo. No mais a estrutura permanece algo similar à das temporadas passadas, o que pode deixar algum desapontamento. Como vem sendo habitual na série PES podem contar ainda com a taça europeia, africana, asiática, sul americana e mundial de selecções.

Mas o relevante neste jogo é necessariamente a jogabilidade, até porque foi a partir dessa base que se fez o simulador por excelência das partidas de futebol durante anos, sempre com uma boa vertente técnica e controlo da “rapaqueca” bem acima da média. A entrada para a nova geração de consolas fez-se primeiro com o PES 6 para a 360, algo limitado, e mesmo na época passada algumas falhas na animação dos jogadores prejudicaram a desejável fluidez das partidas.

A selecção das Quinas mercê as boas exibições antes da era Queiroz é retratada com imenso destaque. Aqui, C. Ronaldo concentra-se para a marcação do livre.

Para o PES 2009 a equipa conduzida pelo Seabass refez o motor da física de jogo e acrescentou novos aspectos nas movimentações sem bola, remate contra a direcção do vento e condição do terreno de jogo. No caso das movimentações sem bola é possível observar o apoio e solicitação de passes de colegas melhor preparados para atingir a baliza. Eles fazem desmarcações, procuram os espaços livres e acenam com a mão. Os passes curtos, as vulgares tabelinhas, passam a ser executados através do d-pad e mesmo os dribles e fintas sobre os defesas podem ser despoletados com recursos a outras técnicas.

O esférico saltita com mais naturalidade e tantas vezes pode ser levantado por um jogador para fazer um chuto à baliza com os pulmões cheios de ar, ou então para passar por cima de uma perna esticada do adversário, desejosa por enviar para longe o perigo. Até nas cargas de ombro se alcançou o ponto de escutar um jogador a reclamar, num grito embargado pelo tronco arqueado, o pesado encosto que o atirou ao chão. A bola não é indiferente às diversas condições do terreno e muitas vezes um passe mais longo é travado pelas poças de água que se acumulam em certas zonas do campo. De certo modo a dinâmica de jogo está melhorada e as jogadas geram-se com maior imprevisibilidade.