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Preparar o teu PC para a era da próxima geração

Melhoria dos componentes e dicas do Digital Foundry para novos equipamentos.

A chegada das consolas de próxima geração pode ser um pau de dois bicos para os jogadores PC habituados à melhor experiência de jogo. Por um lado, são notícias extremamente boas: os estúdios não mais precisam criar motores para vários tipos de equipamento com pouco em comum - desenvolvimento PC e consolas vai todo ser baseado em arquitectura de computador x86. Por extensão, a necessidade de usar poder de processamento de força bruta para ultrapassar versões PC não optimizadas vai tornar-se num problema menor, permitindo que os jogadores desfrutem dos aspectos mais positivos da plataforma - melhorar, personalizar, moldar a experiência pelos seus próprios requisitos.

Pelo outro, a PlayStation 4 em particular oferece um desafio substancial ao PC como plataforma de jogos de ponta - algo que pode surpreender muitos. A nova consola Sony foi frequentemente descrita como PC de jogos de média gama em termos de constituição tecnológica geral. Separem os vários componentes e as aclamações têm algum mérito, mas com os benefícios de um design de caixa fechada e memória unificada, a nova consola tem certas qualidades que pode até dar luta aos PCs de ponta.

Tudo isto leva-nos ao objectivo deste artigo. Se tens um PC agora, quais as vias disponíveis para melhorar de forma a manter o teu equipamento competitivo com a próxima geração de consolas? E se vais comprar ou construir o teu próprio PC de jogos, quais os componentes que deves escolher para assegurar que o teu equipamento providencia uma experiência excelente em linha com as capacidades da próxima Xbox e PS4?

Comprar novo - escolher a plataforma

Intel ou AMD? Desde a chegada dos processadores Core 2 Duo da Intel, a AMD tem dificuldades em continuar competitiva, mantendo-se no jogo ao oferecer as suas componentes de ponta a preços muito competitivos. Nos anos recentes tem apostado na sua performance multi-core - o seu mais recente destaque, o FX-8350, oferece oito núcleos a 4.0GHz sem restrições ao overclocking, enquanto o concorrente Intel - o Core i5 3570K - oferece quatro núcleos 3.4GHz. Num mundo no qual a performance de um só núcleo ainda domina, a oferta Intel é considerada na mesma a melhor escolha - é certamente mais eficiente no consumo e tem mais potencial overclocking.

Contactamos um número de programadores oficialmente e não oficialmente . cada um deles ajudou a criar jogos que venderam muitos milhões, jogos AAA - para lhes perguntar se um processador Intel ou AMD oferece a melhor forma de preparar para o futuro um PC de jogos construído hoje. Tendo em conta o domínio histórico que a Intel desfruta, os resultados são intrigantes - todos optaram pelo FX-8350 sobre a actual escolha padrão dos entusiastas, o Core i5 3507K.

Talvez não seja completamente surpreendente - Crysis 3 da Crytek é um jogo pensado para o futuro em muitas formas, e como estes testes ao processador de um respeitável site Alemão demonstram, não só o FX-8350 bate o i5, também oferece uma adicional, pequena margem extra de performance sobre o muito mais caro Core i7 3770K - um processador cerca de €150 mais caro que o chip AMD. Apenas o Intel Core i7 3930K de seis núcleos - um processador de €550 - o bate compreensivamente.

Uma comparação da demo Elemental da Epic a correr na PS4 e a versão mais velha a correr num PC Core i7 com uma GTX 680. Esperamos que muitos dos títulos de lançamento nas próximas consolas sejam conversões do PC, ao invés de jogos desenhados para tirar o máximo da arquitectura das novas consolas.Ver no Youtube

É surpreendente tendo em conta como o desenvolvimento dos jogos modernos funciona tradicionalmente. Recentemente, código em paralelo sobre múltiplos núcleos tinha prioridade. É a melhor forma de por o código a correr na 360 (três núcleos, seis tópicos de equipamento), PS3 (seis SPUs, um núcleo, dois tópicos de equipamento) e PC (tudo de dois a oito núcleos). As tarefas são colocadas como "filas de trabalhos" que são espalhadas pelos elementos de processamento disponíveis, e são executadas em paralelo. Agora, a PS4 pode muito bem ter oito núcleos, mas estão a correr apenas a 1.6GHz. Um Core i5 não só tem uma performance de um só tópico imensamente superior, mas também corre no dobro da velocidade. O FX-8350 oferece não só o mesmo número de núcleos mas também tem um aumento impressionante na velocidade do relógio. Em teoria, chips de ambas as vendedoras devem facilmente ultrapassar a consola de nova geração, mas a AMD tem potencial para oferecer mais performance ao mesmo preço - como nos diz Linus Blomberg do Avalanche Studios.

"Optaria pelo FX-8350, por duas razões. Primeiro, é da mesma vendedora que na PS4 e existem sempre problemas de compatibilidade que os estúdios vão ter que contornar (especialmente na codificação SIM), levando potencial a uma implementação inferior noutros sistemas - provavelmente não é um grande problema na prática," diz ele.

"Segundo, nem todo o motor de jogo é baseado em trabalho por fila, apesar do motor Avalanche ser, alguns jogos são desenhados em redor do presumir dos tópicos de equipamento disponíveis. O FX-8350 vai claramente ser muito mais poderoso [que a PS4] em poder de processamento em bruto considerando a maior velocidade do relógio, mas em termos de arquitectura pode ser um benefício ter o mesmo número de núcleos para que um enquadramento de fotogramas idêntico possa ser garantido."

Actualmente, jogos que favorecem a AMD como crysis 3 são a excepção e não a regra. A Intel demonstrou ser a melhor escolha para a actual geração de jogos pois basicamente todas como as análises CPU ao longo dos últimos anos demonstram. No entanto, tendo em conta o quão bem estabelecida está o trabalho em paralelo, é surpreendente que a AMD não tenha mais sucesso. Uma fonte, que prefere continuar anónima, diz-nos que as arquitecturas diferentes encontradas nas consolas de actual geração são parcialmente responsáveis por isto.

"Colocar uma arquitectura de jogo comum a correr na 360 e PS3 não é fácil e por vezes tens que pegar no 'denominador comum mais baixo'. Isto pode ser mau para o teu motor, que é suposto ser 'abrangente' (correr em paralelo por vários núcleos) acaba por ter gargalos onde apenas pode correr num só núcleo por parte do fotograma," diz ele.

"Geralmente isto não é um problema, excepto quando tentas converter arquitectura PC. Se o teu motor funciona de uma certa forma então correr mais em paralelo ajuda em parte do fotograma, mas ainda tens gargalos. É por isto que, penso, a maioria dos jogos que são 'convertidos' para o PC funcionam melhor com menos núcleos mais poderosos, como o i5. O animal de um só tópico é suficiente para ultrapassar os gargalos e conduzir um rácio de fotogramas rápido."

Crysis 3 - aqui avaliado com uma GeForce Titan e uma GTX 680 com um i7 de seis núcleos a 4.8GHz. A V-sync está desligada para maximizar o esforço da gráfica - assim que um fotograma está pronto é apresentado no ecrã. É interessante notar que o facto de a Titan ter 3x a RAM da 680 não parece fazer diferença, mesmo com o nível de detalhe visto neste rico jogo. Vai demorar até os estúdios tirarem verdadeiramente o máximo da quantidade enorme de memória que as consolas de próxima geração oferecem.Ver no Youtube

A mesma fonte também vê a AMD como uma melhor aposta a longo prazo que a Intel:

"Esta abordagem (Sony) com mais núcleos, menor velocidade do relógio, mas execução fora de ordem vai alterar o design dos motores de jogo para serem mais paralelos. Se os jogos querem tirar o máximo dos chips então precisam passar para 'abrangente'...não podem confiar num processador poderoso de um só tópico para correr o jogo como os jogos de primeira geração da PS3 e 360 faziam. Portanto, provavelmente optaria pela AMD também, pois pode ser um melhor para para uma conversão de um jogo de consola...baseado no que sei até agora."

Motores como o Frostbite 2/3 e CryEngine 3 são construídos a pensar no futuro - mas são desenhados para tirar o máximo do PC actualmente, os estúdios sabem que o investimento aqui vai transitar directamente para o desenvolvimento nas consolas de nova geração. É uma tendência que provavelmente se tornar-a mais comum consoante os processadores x86 se tornam o padrão para todo o desenvolvimento de jogos.

Existem razões para seguir a Intel claro. Eficiência no consumo está imensamente melhorada, podes aumentar a velocidade do relógio virtualmente em qualquer chip Sandy Bridge ou Ivy Bridge para 4.2GHz facilmente, e ainda tens o aumento na performance em jogos mais velhos sobre a arquitectura AMD. Mas vale a pena ter em conta que não existe caminho para melhorar com as actuais entradas 1155 para placas usadas para correr processadores Intel (um novo padrão 1150 chega com a arquitectura Haswll no Verão), enquanto se acredita que o actual padrão de entradas AMD AM3+ serve para pelo menos mais uma geração de processadores.

No entanto, vale a pena ter em conta que o poder de processador é provavelmente a menor das preocupações que o PC tem, comparado com a PS4 pelo menos. Afinal de contas, os núcleos AMD Jaguar nas consolas de nova geração foram desenhados para competir com a arquitectura Atom de baixo consumo da Intel, criada com tablets e portáteis de baixo consumo em mente. Mesmo com oito deles, os processadores de PC quad-core e octo-core batem-nos directamente em termos de poder de processamento. O que realmente separa a PS4 do PC é o poder gráfico e largura de banda por todo o sistema - as quantidades de dados que correm livremente entre os componentes principais.

Porque a PS4 torna tão crucial a tua escolha de gráfica

Na era das consolas de actual geração, até mesmo as gráficas mais modestas facilmente batem a 360 e PS3 - o incessante progresso na tecnologia é o que fez do PC Digital Foundry de €350 muito mais capaz que qualquer consola actual, e um grande salto a respeito de PC para jogos de qualidade e barato. Na nossa recente comparação de gráficas de orçamento, a Nvidia GTX 650 desfrutou de uma vitória por uma margem pequeníssima comparada com a Radeon HD 7770 mas ambas tem sem esforço mais poder que o chip Xenos na 360. Na era da próxima geração, tudo isso muda, e igualar ou até ultrapassar o poder das consolas torna-se numa proposta muito mais cara.

Similar ao esquema do processador, os núcleos gráficos nas duas novas consolas derivam de tecnologia PC da AMD. A gráfica da nova Xbox tem muito mais em comum com a nova Radeon HD 7970 (que vamos analisar em breve), enquanto o chip PS4 encaixa-se lindamente num meio termo entre a 7850 e 7870 de maior gama. Só para igualar a consola de uma perspectiva de núcleo de processamento, estamos a olhar para um investimento entre €150 a €220 numa gráfica. Pesando as vantagens que os programadores tem na abordagem da tecnologia mais directamente num design de arquitectura fixa, em termos ideias estamos na verdade a olhar para ir além disso, levando-nos para o território dos €240-€270 onde encontramos dois excelentes produtos: a GeForce GTX 660 Ti e a Radeon HD 7950.

Em termos de puro poder computacional, as probabilidades são que agora temos o poder para exceder a primeira e segunda geração de jogos vistos nas consolas de próxima geração. Mas o que ainda não foi abordado num nível satisfatório é a questão de RAM de vídeo interna. As máquinas Sony e Microsoft usam 8GB de RAM com rápido acesso à gráfica. Vivemos actualmente num mundo onde até uma GeForce GTX 680 de €499 apenas tem 2GB - e isso é preocupante.

"Penso que podemos presumir que a maioria dos jogos vão usar uma grande parte dos 8GB para recursos gráficos, portanto optaria por tanta GDDR5 na gráfica quanto possível," diz Linus Blomberg do Avalanche quando questionado para recomendar uma gráfica PC.

"Para o processador diria pelo menos 8GB DDR3, dependendo de quantas coisas vais ter a correr em fundo. Mas esta é enganosa! Nos futuros títulos do Avalanche Studios vamos usar muitos truques para tirar partidos do esquema de memória unificada. Mas nas gráficas de ponta vão haver formas de compensar isso, pelo menos de algum forma."

Apenas gráficas de topo oferecem os níveis extremos de GDDR5 necessários para igualar a PS4. As GTX 680s existem agora em modelos 4GB, enquanto gráficas de ponta como a Radeon HD 7990 e a GeForce Titan (na imagem) tem 6GB, o que deve abordar de forma compreensiva este problema - apesar de terem um preço de venda colossal.

Outro soam uma nota mais cautelosa:

"Replicating the 8GB unified ram of the Sony console will be impossible," another well-placed source tells us.

"O problema com o Windows é que existe sempre uma 'camada' tipo DirectX entre o jogo e o equipamento em si. Isto gere e controla o movimento de texturas/shaders/vêrtices da memória principal do PC para a memória na gráfica. A não ser que os programadores de jogos PC tenham controlo directo do equipamento (pouco provável), vais sempre lutar contra este problema. Nunca sabes onde as tuas texturas estão e quando vão ser carregadas na gráfica, o que pode causar paragem ou micro-trepidações num fotograma enquanto os recursos alternam entre os tipos de memória."

E novamente, similar às recomendações do processador, vemos consenso de todas as nossas fontes sobre como melhor preparar o teu PC para o futuro quanto a isto - compra uma gráfica "com quanta memória possas comprar". Realisticamente isso significa olhar para 2GB no mínimo. No nosso artigo de gráficas baratas, demos à Radeon HD 7850 - frequentemente encontrada por €150 - uma recomendação sem reservas, não notando real diferença na performance comparada com a versão de 2GB. É na mesma um valor espantoso, mas a decisão de não investir os €25 extra no modelo de 2GB pode provar ser um problema a longo prazo.

Mais do que isso, existe o facto que não existe muita escolha nas gráficas com mais de 2GB de memória interna - algo que temos que considerar se Linus Blomberg estiver certo e a maioria da RAM PS4 for dedicada aos gráficos. Gráficas AMD e Nvidia de ponta estão disponíveis com 6GB de GDDR5, o que deve mais do que assegurar-te, mas são extremamente caras. Talvez em resposta à revelação da PS4, estamos agora a ver gráficas com preços mais razoáveis com mais memória. a gráfica de alta RAM mais barata que encontramos foi a Radeon HD 7950, disponível em versão de 3GB por €250, seguida de perto pela GeForce GTX 660 Ti de €270.

Em termos dos problemas da largura de banda - o rácio pelo qual os dados se movimentam pelo sistema - o maior gargalo aqui é a transição de dados da memória principal para a piscina de GDDR5 da gráfica. No entretanto, sem dúvida vão haver novas soluções ou RAM mais rápida (DDR4, muito provavelmente) mas cabe aos programadores, vendedores de gráficas e talvez até à Microsoft com a sua API DirectX 11 optimizar o fluir dos dados se provar ser um problema.

Se não acontecer, ficamos com apenas uma opção. Apesar de podermos falar da PS4 como um PC de média gama numa caixa em miniatura, para bater de forma compreensiva os elementos mais poderosos da consola. parece mais uma vez provável que os donos de PC precisam de forçar o seu caminho para melhorar a performance.

Se tens actualmente um PC para jogos de média gama e estás preocupado que o teu sistema se torne obsoleto na alvorada da nova geração, não entres em pânico. Para recuperar o seu investimento, os jogos precisam ser compatíveis com um leque de sistemas. Aqui Crysis 3 corre nas definições médias a 1080p com texturas de alta qualidade e FXAA numa modesta GeForce GTX 650 Ti de 1GB. Vais ter entre 30-50FPS, o que não é nada mau...Ver no Youtube

Conclusões: tudo em perspectiva

Neste artigo tentamos antecipar os níveis gerais de poder de processamento oferecidos pelas consolas de próxima geração - a PS4 em particular - e criar sugestões que mantenham a experiência PC no topo. Mas é importante notar que a chegada das novas consolas Sony e Microsoft não vão instantaneamente tornar obsoleto o teu existente sistema.

Por exemplo peguem na GeForce GTX 650 Ti - uma gráfica de 1GB que custa perto de €110-€120. Aguenta bem a correr Crysis 3 (possivelmente o jogo mais "próxima geração" que temos para testar) nas definições médias a 1080p com texturas de alta qualidade e FXAA - não é uma Titan, mas corre o jogo muito, muito bem nas definições mais modestas e é na mesma um jogo lindo.

Pelo menos a curto a médio prazo, a capacidade de adaptação é o nome do jogo. Para recuperar o vosso dinheiro em custos em custos de desenvolvimento altamente dispendiosos, os estúdios precisam assegurar que os seus títulos correm bem num vasto leque de equipamentos - grandes nomes como Battlefield 4, Destiny e Watch Dogs são desenhados para correr em tudo a partir da PlayStation 3, portanto PCs entusiastas de média gama devem ainda oferecer uma experiência que se compara bem com o padrão das próximas consolas.

Também vale a pena lembrar que os programadores apenas receberam o equipamento final das consolas de próxima geração no último par de meses - os jogos demoram tradicionalmente mais de dois anos a desenvolver e a maioria desse trabalho foi efectuado no PC. É preciso tempo para tirar o máximo das consolas, e entretanto esperamos completamente que os PCs entusiastas continuem a entregar as coisas boas. No entanto, é igualmente seguro dizer que o nosso actual PC de jogos que corre existentes títulos a 1080p60 ou acima pode muito bem ter problemas para igualar o nível de performance assim que a era da próxima geração arrancar em toda a força. Mas ainda assim, aqueles que desejam jogos a 60FPS, devem ter na mesma opções disponíveis - mesmo sem melhorias caras. Tudo resume-se à gestão dos recursos disponíveis e definir a experiência nos teus próprios termos.

"Nem todos os jogos te vão providenciar a opção de ir de 30 para 60FPS, pois é um desafio arquitectónico também e geralmente tem outros cortes," diz Linus Blomberge do Avalanche. "Mas se o fizerem, vai sempre ser uma contra-partida entre resolução e rácio de fotogramas. Uma gráfica PC muito frequentemente tem mais FLOPs, mas também vai geralmente correr numa resolução maior. Se te mantiveres nos 720p, como na maioria dos jogos de consola, então os 60FPS devem ser definitivamente alcançáveis. Na minha opinião 720p60 providencia uma melhoria visual superior comparado a 1080p30."

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