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Asus TUF Dash F15 review - Beleza e desempenho

Mas será que um quad-core é suficiente para tudo em 2021?

A linha TUF da Asus é a combinação perfeita para quem procura desempenho e portabilidade sem a fragilidade habitual associada aos computadores portáteis. Quem já teve ou experimentou um portátil gaming, saberá certamente que não são assim tão fáceis de transportar. Tradicionalmente, estes portáteis são pesados e os materiais nem sempre são os mais resistentes para aguentarem as constantes viagens de um lado para o outro (e eu sei bem disso porque em 2016 comprei um HP Omen de 17 polegadas). A Asus tem sido uma das marcas que mais tem investido para diminuir as dimensões dos computadores portáteis sem que o desempenho e usabilidade sejam afectados.

Depois de testarmos o ROG Strix Scar 15 em meados de Abril, a Asus deu-nos agora a oportunidade de testar o Tuf Dash F15. Este modelo perde algumas funcionalidades como a ROG Keystone, leitor de cartões SD e elementos personalizáveis, mas ganha na facilidade de transporte graças a uma espessura e peso reduzidos. É impressionante que a Asus tenha conseguido enfiar uma RTX 3060 (podes optar também pela RTX 3070) em menos de 2 cm de espessura, mas é um sinal da actualidade em que vivemos: tecnologia cada vez mais poderosa em dimensões apelativas.

Asus Tuf Dash F15 review - Todas as specs

Em termos de especificações, a única coisa que realmente desilude neste portátil é o processador. O Intel Core i7-11370H é um bom processador e não te vai ficar deixar mal, todavia, tem apenas quatro núcleos, o que para os padrões de 2021 está no limite do aceitável para um computador desenhado para correr jogos. O ideal seria manter este processador como base, oferecendo uma opção melhor como alternativa. A Asus permite-te escolher uma RTX 3070, por isso não se compreende o motivo para não ser possível escolher o processador. O processador escolhido faz mesmo bottleneck à placa gráfica. Num jogo como Assassin's Creed Origins o CPU chegou aos 100% de utilização, com quedas visíveis nos FPS sempre que a carga no processador aumentava.

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Fora isto, o Tuf Dash F15 tem quase tudo aquilo que um jogador poderia desejar. A RTX 3060 é uma placa gráfica mais do que capaz para correr todos os jogos modernos a 1080p (em alguns casos até em resoluções superiores se quiseres ligar o portátil a um monitor externo). O monitor está idealizado para correr jogos a elevadas taxas de fotogramas graças a uma taxa de actualização de 144hz e à tecnologia de adaptive sync (que sincroniza a taxa do ecrã com a taxa de frames da placa gráfica), mas apesar da Asus referir nas especificações que tem antirreflexo, qualquer fonte de luz a incidir sobre o ecrã é suficiente para incomodar. O peak brightness também não ajuda - pouco mais de 300 nits. É suficiente para ser viável em ambientes interiores, mas no exterior é difícil estar a trabalhar sem esforçar a vista.

  • Sistema operativo: Windows 10 Home (com upgrade para Windows 11 quando ficar disponível)
  • Processador: Intel® Core™ i7-11370H Processor 3.3 GHz, 4 cores (12M Cache, até 4.8GHz)
  • Gráfica: RTX 3060 com boost até 1525MHz a 80W (85W com Dynamic Boost), 6GB GDDR6 (RTX 3070 opcional)
  • Ecrã: 15,6 polegadas (IPS), FHD (1920 x 1080) 16:9, antirreflexo, sRGB:62.5%, Adobe:47.34%, Refresh Rate:144Hz, Adaptive Sync
  • RAM: 16 GB DDR4 3200MHz
  • Armazenamento: 1TB M.2 NVMe™ PCIe® 3.0 SSD
  • Portas: 1x 3.5mm Combo Audio Jack | 1x HDMI 2.0b | 3x USB 3.2 Gen 1 Type-A | 1x porta RJ45 LAN | 1x Thunderbolt™ 4 suporte para DisplayPort™ / energia
  • Teclado: Retroiluminado
  • Som: Software DTS | Microfone de gama incorporado | 2x 2W altifalante
  • Comunicações: Wi-Fi 6(802.11ax)+Bluetooth 5.1 (Dual band)
  • Bateria: 76 WHrs
  • Peso: 2.00 Kg
  • Dimensões: 36.0 x 25.2 x 1.99 cm

Dá para jogar todos os jogos em Ultra?

Depende do caso e dos teus padrões desejados de desempenho. Em jogos mais exigentes como Red Dead Redemption 2 e Watch Dogs: Legion o portátil ficou com uma média superior a 30 fotogramas por segundo, mas longe dos ideais 60. Mesmo em jogos mais antigos, como Assassin's Creed Origins, a média em qualidade ultra ficou-se pelos 52 FPS. Em jogos mais levezinhos, certamente vais conseguir jogar em 1080p / 60 FPS com as definições visuais maximizadas, mas nos jogos mais pesados este portátil requer que faças alguns ajustes. De realçar que o facto do monitor ter adaptive sync ajusta bastante a minimizar as quedas na framerate.

Testes de desempenho

  • Watch Dogs Legion (Ultra, 1080p) - Média de 37 FPS
  • Assassin's Creed Origins (Ultra, 1080p) - Média de 52 FPS
  • Borderlands 3 (Ultra, 1080p) - Média de 67 FPS
  • Red Dead Redemption 2 (Ultra, 1080p) - Média de 36.6 FPS
  • DiRT 5 (Ultra, 1080p) - 65.5 FPS

Quanto tempo dura a bateria?

O portátil tem múltiplos modos de desempenho. O modo Turbo apenas fica disponível quando estás ligado à corrente. O modo mais potente sem ligação à ficha é o de desempenho. Neste modo conseguimos jogar Yakuza: Like a Dragon mais de 1 hora. Também deu para ver vídeos e ouvir música do Youtube durante cerca de 8 horas. A estimativa oficial da ASUS para a bateria é de 16.6 horas. É possível extrair estas horas da bateria no modo mais poupado de energia e limitando-te a tarefas básicas como navegar na Internet e digitar texto. Quando mais exigente for a tarefa, mais rápido se esgota a bateria do portátil. No entanto, 1h15 a jogar algo como Yakuza: Like a Dragon é um resultado muito bom. A bateria do ROG Strix Scar 15 durou-nos 47 minutos no mesmo teste.

Aquecimento, temperatura e ruído

A Asus tem feito um esforço para melhorar a refrigeração dos seus computadores portáteis, principalmente nas gamas mais elevadas como ROG Zephyrus Duo, mas em modelos como o Tuf Dash F15 não existem milagres de engenharia. É um portátil bastante fino para o hardware e atinge rapidamente temperaturas de 90 graus enquanto estás a jogar (no modo Turbo), ainda mais agora que estamos no Verão. As ventoinhas do CPU e GPU sopram bem, com mais de 48 decibéis de ruído. A não ser que jogues com auriculares, as ventoinhas ouvem-se bastante, mesmo que coloques o som das colunas no máximo (estranhamente, as saídas de som estão colocadas na parte inferior, o que abafa um pouco o som). De referir que existe um modo silencioso para tarefas menos exigentes em que as ventoinhas deixam de ser audíveis.

Conectividade

O Tuf Dash F15 tem três portas USB 3.2 + uma porta USB-C através da qual podes recarregar a bateria do portátil. Tem também uma saída HDMI 2.0, porta Ethernet e Thunderbolt 4. A única coisa que falta é mesmo leitor de cartões SD. Para quem tem uma máquina profissional e trabalha com edição de imagem e/ou vídeo é uma característica essencial. Obviamente, podes comprar um adaptador e usar uma das portas USB, mas parece um desproposito quando supostamente adquirires um portátil de produtividade e desempenho como este. A disposição de todas as portas / saídas estão nas laterais, o que não é ideal para a ligação de energia (que devia estar atrás).

Materiais. É realmente TUF?

No geral, o portátil dá uma sensação de ser compacto e resistente. A ASUS garante que cumpre os requisitos militares MIL-STD. Ainda assim, para um portátil da linha TUF, a quantidade de plástico é surpreendente. Tanto a tampa como o resto do corpo são feitas em plástico neste modelo branquinho. Quando fazes força, nota-se o plástico a dobrar um pouco, mas num uso normal não sentes esta flexibilidade. O computador é muito bonito e completamente diferente dos modelos anteriores desta linha. Neste modelo a Asus deu mais prioridade ao aspecto visual. O único vestígio da linha TUF são as letras "TUF" impressas na tampa. As letras são ocas e a borda em cinzento é muito subtil. Ninguém vai saber que é um portátil gaming só de olhar.

Asus Tuf Dash F15 - Vale €1399?

Este é o preço desta configuração do TUF Dash F15 nas lojas. Não fosse pelo Intel Core i7 de quatro núcleos, era um no brainer. A Asus conseguiu combinar neste portátil uma série de elementos desejados: capacidade de desempenho, especificações apelativas, uma bonita linha de estética e grande facilidade de transporte graças às dimensões e peso. O processador escolhido para este portátil é bom, mas nos videojogos mais exigentes já não consegue acompanhar a placa gráfica quando é para jogar com as definições visuais no máximo. Era uma grande mais valia se a Asus oferecesse uma opção com um dos processadores Rysen da AMD. Ainda assim, por este preço é difícil encontrar melhor.

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