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PlayStation

O início de uma nova era.

Este artigo foi publicado originalmente em maio de 2009, no entanto encaixa perfeitamente na comemoração do vigésimo aniversário da marca PlayStation e serve como aperitivo para as grandes novidades que temos reservadas em exclusivo para vocês. Para além das novidades exclusivas, o Eurogamer Portugal vai transmitir em directo o PlayStation Experience hoje pelas 18:00. Estejam atentos.

A Sony é um claro exemplo de empresa japonesa de sucesso do pós Segunda Guerra Mundial, ela começou por ser uma empresa de telecomunicações, para anos mais tarde começar a fabricar cassetes e gravadores para as respectivas, ganhando a partir daí o nome de Sony Electronics. Aparelhos electrónicos inovadores como o Walkman ajudaram a Sony a ser uma das empresas mais bem sucedidas e prestigiadas do mundo. O Walkman foi tão bem sucedido, ao oferecer de uma forma portátil música estereofónica, que se tornou num ícone da década de 70.

Enquanto que a Sony começava a ter cada vez mais notoriedade pelos seus produtos electrónicos inovadores, o mundo dos videojogos encontrava-se cheio de altos e baixos, e no início da década de 90 uma guerra começou a despoletar entre duas grandes companhias japonesas: SEGA e Nintendo. Havia um duelo entre estas duas no Ocidente com a SEGA a conseguir a certa altura ter 52% de fatia de mercado nos EUA e Europa.

Enquanto que a política da SEGA passava por lançar um catálogo de jogos inovadores, a Nintendo como sempre, andava impávida e serena à espera do próximo grande sucesso do seu genial Miyamoto. A SEGA depois do sucesso estrondoso da sua Megadrive preparava-se para apresentar o Mega CD, o que fez com que a sua arqui-rival abrisse os olhos para o que se passava no outro lado da barricada. Este novo acessório, que podia ser conectado à Megadrive, ia oferecer jogos que podiam conter 600 MB de informação, melhor qualidade sonora, entre outras vantagens.

A Nintendo perante esta séria ameaça da SEGA decidiu falar com a Sony. E apesar da Sony não estar por dentro da indústria de videojogos já lhes tinha "emprestado" a sua tecnologia, ao fabricarem o chip de som para a Super Nintendo (SNES). A Nintendo sabia que o CD-Rom iria ser um elemento chave no futuro e convidou a Sony para esta construir um leitor de CD-Rom adicional para a SNES que seria vendido pela própria Nintendo.

Inicialmente este leitor adicional seria vendido pela Nintendo, mas a Sony queria também uma unidade que combinasse a consola já com CD-Rom, denominada PlayStation, e que seria vendida pela própria Sony.

Ken Kutaragi, O pai da PlayStation

Em 1975, a Sony foi buscar aquele que mais tarde seria conhecido como o pai da PlayStation. Ken Kutaragi chega à Sony cheio de ideias e era considerado pela empresa como um engenheiro brilhante. Ainda antes de pensar na PlayStation já tinha pensado em fazer outras consolas desde o tempo das 8 bit. Um dia Kutaragi decidiu abordar Horio Ohga, presidente da Sony, e disse-lhe que a companhia devia de apostar no mundo dos videojogos. Ohga na altura respondeu-lhe com um redundante não. Tanto o presidente como os restantes executivos da empresa não achavam boa ideia; viam o mundo dos videojogos como um mercado menor, um mercado de brinquedos, e a Sony tinha uma reputação e tradição a manter.

No entanto desta vez a Nintendo queria que a Sony lhes ajudasse a fazer frente a uma SEGA que estava a tornar-se forte demais.

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Luís Alves

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É o nosso super-homem. Não existe nada que o Luís não saiba e o seu conhecimento da indústria é longo, permitindo-lhe estar sempre à frente de todos. É o homem que nunca dorme.

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