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Exclusivo: Peter Molyneux Parte 2

Emoção virtual.

Conforme tínhamos prometido, aqui está a segunda parte da entrevista a Peter Molyneux, Director Criativo Europeu da Microsoft Games Studios, bem como Director do Lionhead Studios. Para aqueles que perderam a primeira parte, poderão ler aqui.

Fiquem então com a segunda parte da entrevista.

Eurogamer Portugal A ausência de comandos exige uma maior utilização da visão, não acha que os periféricos já são parte do nosso quotidiano, pois poderemos não interagir bem com a personagem sem um comando na mão, ou Natal está vocacionado para trazer muitos mais jogadores?
Peter Molyneux

O que o Natal faz bem é possibilitar que os criadores consigam criar algo com ele, que nenhum de nós aqui imagina. É algo novo e diferente. Os comandos são fantásticos para jogares os jogos que criamos para eles. Os FPS, TPS, jogos como o Fable, joga-se bem com eles. Mas é apenas isso. Mas com o Natal iremos ter imensos novos géneros de jogos, que ainda nem imaginamos quais. Quanto menos pensares, “Como irei fazer isto com o Natal? Como me irei mexer, como irei para a esquerda e direita, para a frente e para trás?” Quanto mais pensares nisso, mais estás a pensar de forma errada. A forma correcta de pensares é: imagina um comando que nunca existiu e vais criar um jogo para ele. Nunca pensarás dessa forma. Natal permite-nos criar experiências novas e extraordinárias.

Eurogamer Portugal Estivemos ontem a pensar sobre isso, e chegámos a uma conclusão que o Natal, em algum momento, precisará de periféricos. Pois temos o bloqueio da TV, pois se acção nos obrigar a estar de costas para ela perdemos a noção da acção.
Peter Molyneux

Sim. Mas advinha…nós temos os periféricos (Peter pega num papel em branco), temos tudo isso disponível. Se quisermos usar podemos usar. Viste isso na apresentação, quando a Kate desenha um peixe…(sussurra) não sou bom a desenhar peixes. Este pedaço de papel é um periférico (mostrando o seu peixe). Sabes, o Natal é capaz de reconhecer totalmente os objectos do teu mundo. Se quiseres usar uma bola, pega nela…Pois o Natal consegue ver isso. Portanto existem imensas oportunidades de vermos experiências únicas.

Eurogamer Portugal Este jogo pode ser também um pouco polémico, porque existem sempre pessoas do contra. Mas podemos ver agora o futuro, e terá muito trabalho pela frente. Qual será o próximo passo nesta tecnologia, Milo e Natal?
Um projecto ambicioso.
Peter Molyneux

Com Milo iremos continuar e certificarmo-nos que atravessamos toda a experiência. Não sei se irás perceber como medimos isto, mas estamos no oitavo dia da vida de Milo, e ele terá 15 dias, estamos a meio do caminho. Referente ao Natal, existem pessoas inteligentes envolvidas que estão a trabalhar muito para que venha o mais rápido possível.

Eurogamer Portugal Acha que esta ligação emocional com Milo, seja um projecto interessante como definição de um videojogo?
Peter Molyneux

Penso que sim. É um entretenimento. Pensa em Myth, é um jogo? The Sims é um jogo? Então Milo é um jogo.

Eurogamer Portugal Então qual o objectivo?
Peter Molyneux

Eu gostava imenso de te dizer qual será o objectivo, a mecânica do jogo. Poderia falar da extraordinária história de Milo, mas tenho um acordo comigo próprio de apenas falar de algo quando tenho algo para mostrar, e não tenho nada para te poder mostrar e provar. Mas sim será um jogo, terá pontuações, uma história, mas não penses que tudo será como a demo técnica, pois por detrás existe muitas mais experiências.

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Milo & Kate

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Jorge Soares avatar

Jorge Soares

EG.pt Master of Puppets

Sempre ocupado e cheio de trabalho, é ele quem comanda e gere a Eurogamer Portugal. Queixa-se que raramente arranja tempo para jogar, mas quando está mesmo interessado num jogo, lá consegue arranjar uns minutos. Tem mau perder e arranja sempre alguma desculpa para a sua derrota, mas no fundo, é o que todos fazemos.

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