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Onslaught

Corre, dispara, limpa e lança a granada.

Onslaught fez fama por ser o primeiro FPS a dar entrada no catálogo de jogos do Wii Ware. Um estilo, digamos, incomum por estas paragens onde o prato forte são geralmente títulos com públicos mais abrangentes e com um carácter mais virado para o casual. Com Onslaught, a Hudson prometeu um FPS com controlos sólidos e uma acção intensa, capaz de criar um novo standard dentro do género. Será que conseguiu?

É inevitável dizer que lançar um jogo deste género num serviço digital como o Wii Ware é uma manobra arriscada. As limitações a nível de tamanho permitido para o produto final irão certamente reflectir-se numa restrição de diversos aspectos, e por isso mesmo é necessário ter em conta aquilo que foi feito nas circunstâncias possíveis.

Onslaught esconde-se por detrás de uma história que é nada mais do que um motivo banal que possibilite a criação de um enredo sustentável. Algures no futuro, é numa colónia distante que se faz uma importante pesquisa, até que o sinal emissor é interrompido. Cabe à nossa personagem e a toda a sua equipa de soldadinhos coloridos resolver o problema, eliminando a ameaça e descobrindo o segredo por detrás desta colónia. É esta a história que nos é contada ao longo da aventura, apresentando as suas revelações e controvérsias, mas sem nunca causar grande moça. Em grande parte porque a história é somente contada em texto, enquanto as falas entre os personagens são pouco aliciantes e nada atractivas. O verdadeiro atractivo a esta aventura é a sua jogabilidade intuitiva e deveras confortante, enquanto a história é nada mais do que um motivo para nos colocar no meio da acção.

Yahoo! O Indiana Jones do Futuro,

E que acção esta. Em Onslaught os nossos inimigos são insectos gigantes que farão de tudo para nos derrotar. A acção decorre ao longo de um modo aventura que conta com um total de 13 missões distintas. Enquanto que a história é desenvolvida de uma forma quase paralela à acção do jogo, é através das missões que os verdadeiros objectivos são descriminados. Seja destruindo todos os inimigos do campo de batalha, procurando reforços ou defendendo certos locais, Onslaught será sempre capaz de oferecer uma acção frenética graças à presença de dezenas de inimigos em simultâneo no ecrã. Para os vencerem terão ao dispor cerca de meia dúzias de armas, contando com diversas armas. Entre elas está uma caçadeira, uma bazooka, entre outras, e ainda um belo de um chicote eléctrico. Enquanto que utilizando o WiiMote poderão disparar e recarregar as armas, a movimentação do NunChuck poderá servir para utilizar o chicote, lançar granadas ou ainda limpar o vosso campo de visão sempre que estão repletos de gosma. Com isto, podem ainda contar com a presença de um veículo de ataque com uma metralhadora única no jogo.

Onslaught consegue oferecer uma boa experiência a solo, contando com diversos tipos de missões e ainda algumas batalhas monumentais com bosses gigantes. O valor de repetição desta campanha é também digno de nota, existindo um total de 5 dificuldades diferentes. Cada dificuldade conta com um Top de Rankings nas tabelas de liderança para cada uma das 13 missões. Para além disso poderão sempre voltar atrás para procurar novas armas nos cenários ou ainda para tentarem bater a pontuação com que são avaliados.

Sempre gostei do verde.

Mas é no modo Online que a diversão duplica. Podem jogar entre um total de 4 pessoas, com a possibilidade de criar a vossa lista de amigos no jogo. A carnificina online revela-se uma experiência livre de qualquer tipo de interferência ou Lag. Sendo esta uma batalha contra os insectos, não esperem matar os vossos inimigos em batalhas Online pois o vencedor será aquele que matar mais insectos, obtendo assim a pontuação máxima. É uma espécie de Co-Op com cada um a lutar por si. Também aqui todas as prestações são listadas nas tabelas de liderança, oferecendo a opção de ver as melhores pontuações por jogador ou por equipa, seja de um modo geral ou por país/região.

Graficamente não destoa o resto da experiência, apresentando um visual limpo e até bem razoável para um jogo do género. Existe uma quantidade razoável de raças de insectos, alguns deles com truques na manga que vos farão redobrar a atenção. Já os cenários revelam-se bastante derivativos, sendo o ambiente montanhoso o principal plano de fundo. Não esperem ver muitos pormenores ou uma grande diversificação neste aspecto. No que toca a som, bem… errr… são armas. Não existem sons de ambiente dignos de nota para além da música de fundo que vos irá sempre acompanhar.

Onslaught é um título muito ambicioso e a opção de lançá-lo no Wii Ware terá certamente resultado no abandono de várias ideias. Contudo, este é o pacote que nos chega às mãos e, ainda que gostasse de o ter visto noutro formato, de outra forma nunca seria possível rematar esta análise com a já famosa Punchline: o primeiro FPS do Wii Ware. Onslaught é uma excelente aposta, especialmente se considerarem o seu modo Online como um foco de interesse. É divertido, é completo e, embora tenha ficado com a ideia de que mais poderia ter sido feito, penso que é um título capaz de encher as medidas. Acabou a busca para todos aqueles que procuravam um bom FPS.

8 / 10

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Onslaught

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Ricardo Madeira

Contributor

É redator e dá voz à Eurogamer Portugal. É um dos mais antigos membros da equipa, e ao mesmo tempo um dos mais novos. Confusos? É simples.
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