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Novas apostas para a 3DS

Mario volta aos greens, Kirby às plataformas e a Nintendo…aos jogos de futebol?

Seguramente uma das plataformas mais profícuas da actualidade, a 3DS soma e segue no que toca a títulos dispostos a oferecer diversão garantida. Recentemente, tivemos a oportunidade de experimentar três novos jogos a caminho a portátil da Nintendo, nos escritórios da editora em Lisboa, que parecem comprovar isso mesmo. Mas o mais curioso é que, entre caras conhecidas, temos uma aposta intrigante sob a forma de...um simulador de gestão desportiva.

Comecemos por aí. Nintendo Pocket Football Club chega à eShop da 3DS a 17 de abril. E muito embora pareça um elemento estranho no catálogo da casa de Mario, é na verdade uma nova versão do original lançado mesmo no fim do ciclo do GBA, em 2006 (com o título de Calciobit no Japão).

Mesmo depois de ter experimentado um pouco deste novo título, é difícil explicar porque é que demorou tanto tempo a ver a luz do dia, saltando inclusive toda a geração inicial da DS. O produtor Hiroyuki Sonobe referiu que um melhor aproveitamento das funções online, só permitidas pela 3DS, podem estar por detrás desta gestação prolongada. Algo que só poderemos confirmar após o seu lançamento. No entanto, estão confirmados de partidas online contra outros jogadores, a contar para um ranking europeu, assim como a possibilidade de receber equipas de outros jogadores via SpotPass. Os mais dedicados podem mesmo seguir o seu desempenho na tabela de treinadores no site oficial do jogo.

Antes que se pense que estamos perante algo na linha de um Footall Manager, fica desde já o aviso de que NPCF parece ter uma natureza muito própria, não obstante a vontade comum de tentarem recriar as emoções do desporto rei, fora das quatro linhas.

O objectivo é, sem surpresa, levar uma equipa de futebol a conquistar vários troféus. Mas ao bom estilo da Nintendo, a abordagem é bastante mais acessível do que a do colosso da Sports Interactive. O que não significa que NPCF seja um jogo simplista, pois existem várias variantes a ter em conta para se poder levantar os troféus. Apesar de assistirmos às partidas a partir do banco, a capacidade de alterar as táticas e fazer as substituições da praxe permitem termos um papel mais ativo, capaz de ditar o resultado.

Mas o segredo para o sucesso passa por reunir o melhor plantel e melhorar as capacidades individuais dos nossos jogadores. Isto é feito através de cartas de treino, que se conquistam após cada partida, independentemente do resultado, pois existem outros objectivos que podem ser cumpridos para além da vitória.

O aspeto pixelizado de NPFC não deixa de ter o seu encanto, com equipamentos totalmente personalizáveis (é bastante fácil recriar as cores e estilo das camisolas das nossas equipas do coração). É um visual que nos remete para os velhos e gloriosos tempos em que títulos como Sensible Soccer dominavam os relvados virtuais. Apetece-nos mesmo controlar estes pequenos jogadores, mas infelizmente, a ação de NPFC passa-se em exclusivo fora do campo.

"É que esta versão de Mario Golf assenta numa jogabilidade muito bem conseguida e com profundidade suficiente para oferecer um excelente desafio."

Ainda no que toca ao desporto, a Nintendo vai trazer Mario Golf: World Tour até à 3DS, no início do próximo mês de Maio. Quem já experimentou qualquer um dos vários títulos de desporto inspirados no universo de Mario, já sabe o que pode esperar. Neste caso, uma espécie de reinterpretação do golfe segundo as regras próprias da Nintendo. Mas esse parece ser o caso em modos específicos e perfeitamente identificados. É que esta versão de Mario Golf assenta numa jogabilidade muito bem conseguida e com profundidade suficiente para oferecer um excelente desafio.

Como é óbvio, os jogadores mais principiantes ou mais casuais vão beneficiar de uma sistema de pancadas automático onde, para além da direcção, pouco mais se controla que o momento de atingir a bola através de um medidor no ecrã táctil. Mas ao mudar o esquema de controlo para manual, a exigência passa a ser também maior. Desde o ponto de contacto com a bola, à força e timing da pancada, passando por efeitos como backspin e topspin (com força normal ou "super") e a inevitável influência do vento, é preciso realmente perícia para conseguir fazer buracos com birdies ou eagles (com uma pancada ou duas abaixo do par, para quem não está familiarizado com o jargão do golfe).

A galeria de personagens dos vários títulos Mario está devidamente representada, incluindo algumas novidades que ainda não podemos revelar. Já no modo Castle Club, é o nosso Mii a pisar estes greens para conquistar três torneios. Entre jogos mais tradicionais por pancadas, por buracos ou por pontos, existe ainda um conjunto de desafios adicionais, proporcionados por campos retirados também do universo da mascote da Nintendo ou pela presença de power-ups bem ao jeito das aventuras de plataformas que todos conhecemos. É aqui que reside boa parte do charme de Mario Golf, que parece encaixar que nem um luva no vasto catálogo da 3DS. E não nos cansamos de repetir que estamos perante um sério desafio.

Por últimos tivemos a oportunidade de experimentar Kirby Triple Deluxe que, tal como o nome indica, serve-nos uma dose tripla da mítica personagem cor-de-rosa de apetite voraz. Num só título temos uma aventura mais clássica de Kirby, um beat-em-up e um jogo de ritmo.

No Story Mode, Kirby vê-se arrastado para um mundo diferente quando a sua casa é transportada por um gigante pé-de-feijão até às nuvens. Como se não bastasse, ainda vai ter de salvar Rei Dedede que, desta vez, está mais no papel de vítima do que de vilão (pelo menos aparentemente).

As mecânicas parecem ser familiares, com Kirby a poder absorver poderes diferente ou a engolir tudo o que lhe aparece à frente para navegar os cenários de plataformas. Apesar da abordagem menos caótica e mais acessível do que os jogos Mario, por exemplo, parecem existir vários segredos para descobrir e um uso imaginativo dos poderes de Kirby. É o caso da habilidade Hypernova, que permite simplesmente engolir elementos gigantes do cenário com árvores bastante maiores que o protagonista.

"Simples mas divertido e parece ser um pequeno aperitivo para o muito esperado Super Smash Bros. da Wii U."

Já em Kirby Fighters, temos verdadeiros duelos multijogador (ou contra personagens controladas pela IA) em cenários limitados, com cada participante a poder escolher um dos dez poderes/armas que podem ser encontrados no Story Mode. Com suporte para quatro jogadores. Simples mas divertido e parece ser um pequeno aperitivo para o muito esperado Super Smash Bros. da Wii U.

Completamente diferente é Dedede's Drum Dash, onde controlamos o Rei Dedede para o levar a ultrapassar um reduzido número de cenários, fazendo-o saltar em tambores ao ritmo da música, de forma a apanhar o maior número de moedas...o que não é tão fácil como possa parecer pois requer bastante precisão e timing.

De referir ainda a vertente de coleccionismo de Kirby Triple Deluxe, nomeadamente pequenos porta-chaves com imagens das personagens dos jogos anteriores, e que também podem ser trocados pelos jogadores via Street Pass.

Qualquer um destes jogos representa diversas razões para continuar agarrado à 3DS, neste momento o grande esteio da Nintendo, face às dificuldades da Wii U. São três propostas interessantes que, certamente, vêm enriquecer um catálogo vasto e diversificado da portátil da Nintendo.

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Kirby: Triple Deluxe

Nintendo 3DS

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Pedro Real Nunes

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Há mais de uma década que escreve sobre videojogos e que tenta explicar (nem sempre com sucesso) que ser jornalista nesta área não é passar o dia a jogar.
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