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Nos anos 90 a SEGA recusou uma parceria com a Sony para criar uma nova consola

Ex-presidente da companhia acredita que tudo podia ter sido diferente.

Numa interessante entrevista com o GamesIndustry, Tom Kalinske, antigo presidente da SEGA America, falou sobre a situação actual da companhia do ouriço azul, que deixou de se dedicar ao fabrico de consolas há uns bons anos, depois da Dreamcast, e que recentemente reduziu o seu sector na área dos videojogos em geral.

Para Kalinske tudo podia ter sido diferente.

"Não era inevitável. Podia ter sido evitado se eles tivessem tomado as decisões certas há 20 anos. Mas parece que fizeram as escolhas erradas durante 20 anos," disse ele.

Na verdade, a SEGA America tinha um plano para trabalhar com Mickey Schulhof e Olaf Olafsson da Sony, para desenvolver uma nova consola. O objectivo seria usar a experiência que a SEGA tinha na criação de software com o talento da Sony no campo do hardware. Uma boa forma de partilhar a tomada de riscos e custos de desenvolvimento, mas os dirigentes da SEGA Japan acharam que isso não seria uma boa ideia.

"Fomos até à Sony e eles concordaram, 'Grande ideia!' Quer chamássemos de SEGA-Sony ou Sony-SEGA, que importa?" disse ele.

"Fomos até à SEGA e os líderes descartaram completamente a ideia, o que eu penso que foi a decisão mais estúpida de sempre feita na história da companhia. E a partir desse momento, fiquei com a sensação de que eles já não eram capazes de tomar as decisões correctas."

Kalinske falou também sobre a sua antiga rival Nintendo, e sobre os analistas que dizem que a companhia devia deixar de fazer consolas e apostar em levar as suas propriedades intelectuais para novas plataformas como os dispositivos móveis.

"Eu não acho que a Nintendo deva desistir de criar hardware ou consolas. Estou surpreendido que eles não tenham criado uma divisão para estender a sua marca. Adoraria jogar alguns dos seus jogos no meu iPhone ou iPad. Na verdade até seria uma forma de marketing para eles. Eles nem precisavam de fazer muito dinheiro com isso, mas seria uma forma de manterem as suas marcas relevantes para os utilizadores, incluindo para as pessoas que são mais velhas, como eu. Por isso parece-me que se trata de um erro de marketing, mas não acho que devam desistir daquilo que estão a fazer porque eles são muito bons naquilo que fazem."

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Luís Alves

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É o nosso super-homem. Não existe nada que o Luís não saiba e o seu conhecimento da indústria é longo, permitindo-lhe estar sempre à frente de todos. É o homem que nunca dorme.

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