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Nano Assault Neo - Análise

Bullet Hell ao microsópio.

A Nintendo Wii U chegou ao mercado e com ela ficou disponível uma das mais impressionantes listas de jogos no lançamento de uma consola. Havendo jogos para todos os géneros, os utilizadores da Wii U podem ainda aceder à eShop para comprar mais alternativas, nomeadamente títulos que fazem parte de uma linha de jogos mais baratos, mas que nem por isso deixam de se apresentar como experiências marcantes do ponto de vista da produção e da experiência. Nano Assault Neo é um jogo shooter do tipo arcade, detentor de uma jogabilidade muito rápida e frenética que irá agradar aos fãs das antigas máquinas de salão.

Desenvolvido pelos estúdios germânicos da Shin'en Multimédia, Nano Assault Neo é a sequela do jogo Nano Assault lançado para a Nintendo 3DS. Sendo um shooter puro e direto, o jogador é convidado a pilotar imediatamente uma microscópica nave que irá limpar conjuntos de células contaminadas por estranhos vírus. Sem uma história para seguir, o objetivo passa por alcançar a melhor pontuação possível no final do nível. Estamos assim diante de um jogo com bastante ritmo, rápido mas também punitivo, que nos lembra outras experiências como Geometry Wars para o Xbox Live da 360, jogos que se aproximam bastante do núcleo dos “bullet hell games”. Esta é uma expressão feliz que serve para caracterizar uma extensa gama de jogos japoneses que ganharam visibilidade durante o apogeu da indústria arcade.

Nano Assault Neo acaba por ser “bullet hell game” à moda dos ocidentais. Afastando-se de um modelo que levaria a um inferno de balas na direção da intrépida nave comandada pelo jogador, em Nano Assault Neo existe moderação nesse propósito e o destaque vai para as células tridimensionais que nos lembram os mundos esféricos de Super Mario Galaxy, podendo ser percorridas na sua dimensão, de modo a varrermos os vírus que assolam a célula.

O aspeto microscópico das células confere-lhe uma imagem única

O coração do jogo é constituído por quatro grupos, sendo cada grupo constituído por quatro células. Por cada grupo existem três células onde temos de eliminar os vírus existentes, sem tempo limite, mas com uma percentagem que nos indica quanto falta até abrirmos o portal que nos remete para a célula seguinte. Na célula final de cada grupo encontramos um boss, que uma vez derrotado nos abre as portas para o modo “survival”, no qual só dispomos de uma vida para atravessar todas as células. Um modo bónus bem à medida dos veteranos.

Nano Assault Neo é detentor de um design invulgar, embora bastante previsível e pouco inovador na sua mecânica. O aspeto microscópico das células confere-lhe uma imagem única, como se estivéssemos a observar os movimentos dos vírus e dos micro organismos ao nível celular. Aliás, os vírus mais parecem ácaros, com patas, uns mais gordos que outros, movimentando-se com rapidez sobre uma célula em acentuada decadência. O próprio conteúdo da célula também é variável, oferecendo texturas e diferentes rugosidades que formam concavidades e protuberâncias. Os vírus instalados nas células adquirem diferente composição, pelo que sentimo-nos compelidos a disparar na direção de tudo o que seja estranho.

Estes micro organismos também se defendem, cercando-nos e aproximando-se com ligeireza, e outras vezes lançam os seus projéteis na nossa direção. Alguns vírus ficam transparentes e só nos apercebemos da sua existência quando disparámos sobre eles. Pese embora a agradável direção artística, existe uma repetição do design nos níveis seguintes. As formas das células variam, apresentando contornos distintos, mas sempre sob a mesma apresentação. Por outro lado, dada a escassez de “clusters”, temos sempre um jogo significativamente limitado e que se pode concluir em pouco tempo pelos jogadores mais versados. Fica significativamente aquém do festim visual dos melhores “bullet hell” lançados no Japão, apesar de ser possível equipar a máquina com vários satélites equipados com armas de fogo, que logo transformam o nosso aparelho numa máquina de gerar uma imagem similar à do fogo de artifício.

Os bosses também tendem a desiludir um pouco. Movimentando-se numa espécie de arena esférica, são demasiado iguais. Para os derrubar o jogador tem de acertar primeiro nas ligações dos membros e, por fim, num alvo central. Sendo o modo campanha significativamente curto, resta o modo arcade que nos permite escolher um “cluster” para lutar pela melhor pontuação. Quer na campanha single player, quer no modo arcade, dispõem de três vidas para chegar ao fim. O vosso melhor resultado será reencaminhado para as leaderboards, onde estão os resultados dos vossos amigos e os líderes por região.

"Nano Assault Neo pode ser jogado por dois jogadores em modo cooperativo. Neste caso o segundo jogador poderá utilizar o comando Pro e até seguir o seu jogo pela televisão, enquanto que o jogador que segura o GamePad recorre ao ecrã instalado no comando para manobrar a máquina."

No fim da limpeza de uma célula, é-vos mostrado um ecrã com a pontuação obtida e número de créditos disponíveis para fazerem “upgrade” ao aparelho. Existem várias opções disponíveis, como equipar satélites adicionais de fogo, colocar escudos, aumentar o multiplicador de pontuação, afastar as bombas disparadas pelos vírus, vidas extra, entre outras opções. Cada um destes melhoramentos tem, no entanto, um preço a pagar. Uma vida suplementar é mais cara do que um satélite, mas pode ter um efeito útil, especialmente se quiserem chegar ao fim do nível.

A mecânica de jogo esconde uma função interessante que nos é dada pela obtenção do termo bónus. Se conseguirmos reunir todas as letras (após efetuarmos vários combos eliminando consecutivamente os vírus) passamos a dispor de um contador especial e de um reforço na nossa máquina de dispara fogo alternativo através do gatilho direito. Quanto à operação da máquina, os analógicos abarcam as funções de navegação (esquerdo) e de disparo (direito). As mãos agarram muito bem o GamePad, e a sensação de navegação sobre as células é muito fluida e eficaz. As armas secundárias dividem-se entre as que emitem raios de energia ao nosso redor, sendo bastante úteis quando nos encontramos cercados por múltiplos inimigos e temos ainda as armas de longa distância, que enviam projéteis para vírus mais distantes.

Nano Assault Neo pode ser jogado por dois jogadores em modo cooperativo. Neste caso o segundo jogador poderá utilizar o comando Pro e até seguir o seu jogo pela televisão, enquanto que o jogador que segura o GamePad recorre ao ecrã instalado no comando para manobrar a máquina. Também podem jogar em modo ecrã GamePad, dando uso à função off-Tv, mas aqui só poderão ativar a opção com o ecrã da televisão ligado, para que possam ver a opção. Ao nível da interação com o ecrã tátil, esta opera-se em duas funções; ajustamento dos satélites da aeronave (podemos arrastar os satélites para onde quisermos e apontar a direção dos disparos) e toque sobre a célula que nos encontramos a limpar. Esta última função pode ser útil se quiserem pesquisar qual a melhor percurso para a saída da célula e visualizarem a distância para os vírus. A componente sonora revela-se particularmente “techno” dando um óptimo contributo para a atmosfera vibrante do jogo.

Nano Assault Neo é um interessante shooter arcade dotado de uma jogabilidade atrativa e de uma boa dimensão gráfica. Peca apenas pela escassez de conteúdos, que nos leva a repetir várias vezes os mesmos níveis. O design é interessante, mas não tão diverso como gostaríamos que fosse. Apesar das falhas, este é um jogo apelativo, económico e orientado para o divertimento imediato.

7 / 10

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Nano Assault Neo

Nintendo Wii U

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Sobre o Autor
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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.
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