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Motorstorm: Pacific Rift

Confrontos no paraíso.

É com um misto de sentimento de nostalgia e de certa forma com uma sensação de traição que Motorstorm: Pacific Rift chega às nossas mãos. Dizemos isto, pois é inegável que o primeiro Motorstorm foi a porta de entrada de muitos jogadores para a nova geração de consolas. Antes mesmo que se vaticine dizeres de opinião, esta observação é uma transposição do reflexo do nosso mercado, sendo Motorstorm o ponta de lança da marca PlayStation 3 aquando do seu lançamento.

Este misto de sentimentos, existe devido à sensação imediata de falta de reconhecimento em Motorstorm Pacific Rift com o seu antecessor. Digo isto não num sentido de conceito diferente, ou de alterações das abordagens ao jogo, mas sim no aspecto da falta de ligação visual com o primeiro. A mudança é deveras drástica. A primeira sensação que se tem, é de um desconforto, e de uma constante comparação mental com o seu antecessor.

Passada a fase da traição, encaramos Motorstorm Pacific Rift de uma forma diferente, em uma abordagem mais livre e sem qualquer preconceito. A ideia primária de que este é o Motorstorm que deveria ter saído, está longe de ser verdade, e acho que é uma análise simplória e de resultado fácil. O franchise Motorstorm tem uma personalidade própria, onde prima pela simplicidade e forma directa na abordagem às corridas loucas que apregoa. Nesta nova incursão, o espírito Motorstorm e dos "motorstormers" está vincadamente presente, onde desta feita é possível escolher o piloto ou motard, independentemente do veículo escolhido.

Bem-vindos ao MotorStorm onde a ilha chama por vós! Conseguem resistir ao seu apelo?

Se estão à espera de configurar, alterar, personalizar os nossos veículos e pilotos com vastíssimas coisas, podem já colocar de lado a vossa veia artística. Este ponto divide opiniões, pois existe aqueles aficionados da perfeição, e da personalização, e aqueles que não se importam de não ter estes pormenores e opções. Pessoalmente acho que poderiam existir algumas formas de personalização, quer para com os veículos, quer nos pilotos, digamos que dar um “look” mais parecido connosco. As únicas opções são novos fatos, escolher entre homem e mulher, e as skins de cada veículo.

Do ambiente natural de Monument Valley, para a paradisíaca ilha tropical, MotorStorm mudou muito o seu aspecto. É quase como que se de uma tournée mundial se tratasse. Os motorstormers, cansados do pó, do calor abrasador e da lama, estão agora numa monumentosa ilha, onde terão que lutar contra os mais diversificados elementos naturais. Em Pacific Rift, a relação entre piloto e ambiente é muitas vezes maior que a própria batalha entre rivais. O uso sábio dos percursos e forma de abordar cada curva e terreno ditará o sucesso ou insucesso. O mesmo se pode dizer da escolha dos veículos, pois embora exista prós e contras em cada um, existem aqueles que são mais eficazes em todas as pistas.

Algo que nos surpreendeu verdadeiramente, foi a sua componente gráfica, e todo o motor de jogo. Seria de bom grado dividir este aspecto em duas partes, a artística e de construção de todas as pistas, para a da experiência jogável de cada veículo. Em suma está-se perante um dos jogos mais bonitos e surpreendentes a nível gráfico, onde existem fantásticos efeitos de luz, sombra, e ambientes. Para este efeito é de grande relevo os quatro ambientes que podemos ter em cada pista, criando diferentes padrões de cor, reflectindo a altura do dia, que vai de manhã, meio-dia, tarde e noite. É interessante verificar, que esta mesma variação resulta numa forma diferente de descobrir cada pista, pois conforme a luz incide tornam-se visíveis zonas antes não perceptíveis. Para além do aspecto gráfico, realçamos o cuidado com a construção das pistas, onde a diversidade dentro delas é enorme, e os detalhes dos inúmeros objectos conferem um grande realismo.