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Mortal Kombat

O vencedor leva tudo!

A década de noventa conheceu uma vasta moldura de “fighting games” que ainda hoje inscrevem grandes memórias quando se faz uma retrospectiva. Street Fighter será porventura a série que balizou, popularizou e puxou pelo segmento, mas para lá da série da Capcom outras conseguiram inaugurar o próprio espaço e atravancar o mercado com motivos que fizeram a diferença. Mortal Kombat II e III conquistaram a atenção, não só pelo estilo de combate intricado como desenvolveu todo um ambiente gore encimado pelos golpes finais; execuções escabrosas que constituíam pequenos mini-jogos para completar com sucesso depois de combates mirabolantes. Com Mortal Kombat II e III nunca o epíteto “mortal” encontrou assombroso retorno. Os adversários não só eram vencidos por KO como ainda ficavam inertes à mercê da barbárie do oponente para um número apreciável e distinto de execuções. Dali terá saído uma boa base de inspiração para “Itchy & Scratchy”.

Postos esses bons capítulos a Midway foi perdendo parte significativa desse fulgor. A série acabou por perder pontos junto dos fãs sem que o aproveitamento das novas plataformas tivesse traduzido em valor real o potencial que este tipo de combates podia proporcionar, sobretudo por uma marcada falta ou perda de identidade. Pela mão da editora Warner Bros. Interactive Entertainment, o director Ed Boon (produtor dos primeiros jogos) da NetherRealm Studios (um departamento renomeado há pouco tempo) está a preparar uma total reinvenção de Mortal Kombat já para 2011, tendo por base os sistemas PS3, e Xbox 360, naquilo que já é considerado por muitos como o verdadeiro retorno às origens da série e por isso de pleno agrado de muitos fãs descontentes com os recentes desenvolvimentos.

Golpe x-ray em acção e mais uma deslocação do maxilar.

Ed Boon quer fazer do motor gráfico (Unreal Engine 3) um ponto de largada para introduzir uma nova chama em Mortal Kombat, numa tentativa de manter os atributos que durante imenso tempo fizeram mantiveram os fãs satisfeitos, enquanto arriscam algo mais em torno da jogabilidade sem perder de vista o tradicional 2D, numa reconstrução que lembra uma recuperação um pouco à semelhança do sucedido em SFIV ainda que o produtor queira desfazer comparações. É certo que são jogos muito distintos, com outro tipo de abordagem mas é nítida a aproximação em termos de planos de jogo.

Entre os principais modos de jogo está o tag-team, um esquema bastante próximo do visto em Marvel vs Capcom, que permitirá aos jogadores, em qualquer altura do combate, operar uma troca fugaz entre personagens, visando esquemas particulares como ataques de pequena ou grande dimensão provocados num curto espaço de tempo. Para isso será decisivo manter debaixo de olho a evolução de uma barra denominada super que funciona como gatilho para activar o mecanismo. De acordo com Ed Boon a ideia passa por permitir e favorecer a aplicação de combinações personalizadas em detrimento de “combos” estanques.

De regresso não podiam deixar de estar as tradicionais “fatalities”, movimentos horrendos que permitem acabar com os adversários da forma mais atroz possível mediante um alargado conjunto de opções. Muitas cabeças a rolar, corpos desmembrados, sangue a jorrar pelos cantos, isto é apenas um pouco do que haverá para descortinar neste particular. A título de exemplo Ed Boon vai ao ponto de descrever que é possível arrancar um olho ao adversário que ele ficará até ao final do combate nesse estado. Macabro.

Como diziam os gañados em RE4? -Te voy hacer picadillo!

Tendo por inspiração os três primeiros jogos da série é provável que muitas dessas personagens encontrem assento na versão definitiva. A ideia dos produtores é integrar e fazer acompanhar uma narrativa a partir dos jogos iniciais. Perspectiva-se um batalhão de 32 lutadores, número bastante positivo, não sendo de excluir novas entradas.

A vertente on-line será alvo de atenção para lá do lançamento do jogo, estando já em equação conteúdo descarregável, designadamente lutadores, cenários e execuções. Quanto aos modos on-line, para lá dos tradicionais modos de jogo, a ideia passa por criar uma comunidade bastante activa e empenhada estando previstos jogos entre oito jogadores e um bom assomo de opções a activar, desde gravação dos melhores combates e comentários. Com data de lançamento ainda por divulgar divulgar, é certo que chegará à PS3 e Xbox 360 para o ano. É visível o empenhamento de Ed Boon em abrir uma das mais saudosas franquias da década de noventa para a actual geração, captando muito do conceito que vingou nos primeiros passos da série. Para já há boas perspectivas mas só mais à frente poderemos escrutinar devidamente o resultado final.

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