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Microsoft aconselha produtores a evitar personagens femininas com "proporções corporais exageradas"

Inclusão, diversidade, representação.

Image credit: Xbox

Com o objetivo de promover a inclusão e reformular as normas dos jogos, a Microsoft está a defender uma nova abordagem à representação das personagens presentes nos videojogos. As recentes orientações da gigante tecnológica incitam os criadores a evitar a perpetuação de estereótipos de género supostamente negativos e a repensar a conceção das personagens, em especial das protagonistas femininas.

Trata-se de uma proposta de ação para a inclusão de novos modelos de produtos. A iniciativa, intitulada "Ação de inclusão de produtos: Ajude os clientes a sentirem-se reconhecidos", apresenta um conjunto de considerações para que os criadores garantam que as suas criações tenham impacto num público diversificado. Um ponto relevante é o de evitar personagens femininas com "proporções corporais exageradas", com o objetivo de contrariar padrões de beleza irrealistas e combater a objetificação nos videojogos.

Esta medida é de natureza dúbia, mas está em linha com uma tendência mais alargada da indústria para criar experiências de jogo mais inclusivas. Nos últimos anos, tem havido um maior escrutínio da representação das personagens, com os criadores a serem criticados por perpetuarem estereótipos e ideais supostamente irrealistas. Mas também temos casos recentes como o de Stellar Blade, com uma personagem de corpo esbelto que está a cativar a comunidade de jogadores, e a personagem existe de facto na vida real, não é um ideal irrealista.

Trata-se de uma mudança de perspetiva que surge numa altura em que os criadores de jogos ocidentais estão a desafiar ativamente as tendências e a esforçar-se por criar conteúdos mais diversificados e relacionáveis. O já mencionado Stellar Blade, por exemplo, tem sido elogiado por retratar uma heroína baseada num modelo da vida real, rompendo com os clichés convencionais.

A posição da Microsoft visa tentar influenciar e aumentar o ímpeto do movimento de inclusão nos jogos, induzindo a reflexão sobre a representação de género, o alcance emocional e a autenticidade cultural. Ao incentivar os criadores a repensar o design das personagens e a adotar narrativas diversificadas, a iniciativa pretende promover a criação de cenários de jogo que tenham em conta jogadores de todas as origens, mas resta saber se, na prática, é mesmo isso que os jogadores querem.

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