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Marvel Vs Capcom 3: Fate of Two Worlds

Marvelhoso!

É difícil descrever os primeiros instantes de contacto com Marvel Vs Capcom 3, tal a emoção que se gera, ao saber que temos diante o fighting game da Capcom que na versão pretérita atingiu um notável pico de forma e adesão, para muitos um dos melhores arcade de sempre e ainda a alimentar a chama nas plataformas virtuais da Microsoft e da Sony. Arriscando o desafio das modernas plataformas, a Capcom captou todo o espírito da série, renovando o esquema de combate que é vértice essencial da série, ao mesmo tempo que parece recuperar uma amálgama de traços tipicamente comic, não estivesse em causa uma ligação ao universo da Marvel.

Essa ligação, ou coligação se preferirem, parece aqui retomada a um novo expoente, mercê a matéria prima a desenvolver. Neste ponto os produtores não se fazem parcos em destacar o que de melhor a série exibiu no episódio anterior e elevam-no a um novo patamar, ou seja, gerando efeitos visuais imensos, reformulando as personagens, deixando-as mais épicas e cativantes, ao mesmo tempo que os cenários foram baptizados com novos pormenores: detalhes, cor e animação, envolventes numa fervura desmesurada.

Num privilegiado acesso à versão apresentada na última E3, não deixamos de sentir um certo desapontamento, designadamente pela limitação nas personagens dadas a escolher, tendo como palco de embate apenas dois cenários. Porém e ainda que estejamos perante uma porção do que será o produto final, ficámos com uma (boa) ideia do trajecto que MvsC3 se propõe a percorrer. É caso para dizer que ainda que limitados a 8 personagens já daria para um festival de pancadaria por muito tempo. Além disso a margem de espera para este jogo ainda é considerável, estando prevista a comercialização apenas na primavera do próximo ano.

Chris não só tem um imenso arsenal de armas de fogo como usa os bíceps hercúleos para deixar os adversários atropelados.

Desse naipe de lutadores disponíveis arriscamos mais algum tempo com as novas adições já que as outras personagens mantêm o grosso dos golpes e combinações que conhecemos da última versão. Porém e antes disso, é espantosa a dimensão visual de Mvs C3. Nem se pense numa equiparação com o design de Tatsunoko vs Capcom. Marvel 3 tem um estilo inconfundível e os detalhes das personagens e fundos dos cenários, a entrada dos lutadores em palco opera-se com uma categoria inconfundível, sendo nesta altura que nos apercebemos verdadeiramente da grande dimensão do jogo, capaz de gerar imediato entusiasmo.

Por exemplo, o cenário do Daily Bugle oferece uma boa reserva de movimento e atenção ao detalhe. As personagens abrem o confronto em cima de um elevador ainda preso ao solo, com ruas plenas de animação; cartazes da Marvel, títulos e manchetes em panos, gigantescos insufláveis do Spider-Man. É cativante e deveras colorido observar todo apronto. A partir de certa altura o elevador trepa pelos arranha céus, enquanto as personagens se defrontam de forma veemente, em pouco tempo abrindo-se um horizonte destacado e amplo sobre Nova Iorque e a extrema densidade de edifícios. Sem dúvida o cenário mais fascinante e temático dos dois disponíveis, oferecendo uma transição categórica.

O “roster” de personagens na demonstração que tivemos em mãos combina novidade com novas entradas. Entre Ryu, Wolverine, Hulk, Iron Man, Captain América, todos já conhecidos, os golpes normais e especiais praticam-se dentro dos moldes habituais para quem vem desfrutando da série desde longa data. Os jogadores mais calejados neste frenético pulsar estarão como peixes na água para operar combinações aéreas e um número impressionante no solo, recorrendo às técnicas dos golpes especiais e intervenção dos colegas.

Dante já é um vencedor entre as novas personagens e periodicamente são reveladas novos lutadores.

Por seu turno, Dante e Chris Redfield, para já as principais novidades no elenco das novas entradas, acrescentam classe e distinção para a série, exibindo sem parcimónia os principais atributos que ambos vingaram nas séries Devil May Cry e Resident Evil. Chris, por exemplo, recorre à faca, minas e sobretudo armas de fogo para atacar os oponentes. É devastador e letal q.b. Observá-lo num golpe especial faz temer e a quantidade de dano provocado enfurece o adversário. Não obstante estar em causa uma personagem orientada para as armas de fogo, o balanço e equilíbrio junto das restantes acaba por estar garantido. Da mesma nota de equilíbrio podemos considerar Dante, utilizando a espada numa série de combinações estonteantes.

Destaque vai também para o ecrã de selecção dos lutadores, fazendo lembrar uma capa de um qualquer livro ilustrado da Marvel assim que escolhemos a terceira e última personagem. À partida isto parece um dado desprovido de relevância, mas enquadrado numa perspectiva minuciosa e coligado com os outros elementos do jogo, torna-se em mais um indicador que comprova como esta ligação do universo Marvel à Capcom é levada a sério, havendo todo um interesse e vontade em fazer desta incursão a definitiva, um Marvel Vs Capcom para a moderna geração de consolas. O sistema de combate permanece muito semelhante ao aplicado no jogo anterior. Contudo e com uma janela de tempo até ao lançamento muito vasta é possível que os produtores acrescentem novos elementos à jogabilidade na tentativa de enriquecer a experiência.

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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.
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