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Lost Empire: Immortals

Um império mais perdido do que imortal.

Jogos de estratégia é algo que não falta nos dias de hoje para PC. A escolha é muita, mas os jogos baseiam-se sempre nos mesmos conceitos. Ou é uma civilização Romana que entrou em decadência e cabe a nós mudar o rumo das coisas, ou é uma cidade em crescimento quando nós somos o Sócrates lá da zona. Mas será que precisamos mesmo de novas ideias?

Pois bem, em Lost Empire: Imortals nenhum destes conceitos é levado à baila. Aqui estamos perante algo diferente: um império perdido no espaço. O que faz com que este jogo seja igual a tantos outros, mas no espaço (*woow*).

A extinção e consequente degradação de um império em decadência serve de mote para todos os acontecimentos que se desenrolam no modo história, mas só teoricamente. Na prática apenas escolhemos uma de entre as 6 raças disponíveis e partimos para a nossa missão. As raças existentes vão desde os humanos até a espécies alienígenas. Consoante a raça que o jogador escolher, terá ao seu dispor uma configuração diferente de naves para começar a sua jornada pelo universo. Tudo começa numa pequena galáxia que pode também ela ser escolhida ao inicio. As galáxias são aglomerados de nuvens, mas com disposições diferentes, pelo que parecem todas iguais e, na prática, a escolha das mesmas não tem qualquer influência no jogo.

Existe uma barreira de 10 segundos que separa o momento em que o jogador tem noção daquilo que está fazer (escolha das definições do jogo), e o momento em que se vê às aranhas para fazer o que quer que seja (momento em que começa o verdadeiro jogo). Na verdade, o jogo cria um primeiro impacto completamente negativo em qualquer um que goste de ver alguma organização num jogo. Tudo começa do nada, e sem qualquer tipo história ou informação para introduzir ao jogador a temática do jogo.

Todo o cenário consegue ser mais complexo do que aquilo que parece.

Felizmente, ou talvez não, existe um tutorial no jogo. Mas não é um tutorial qualquer, é “um importante tutorial encontrado nos destroços, que nos dá a informação necessária para reconstruir a população e relançar o Império Perdido”. Esta é uma mensagem tirada in-game, que é, possivelmente, um dos poucos dados relativo à história do jogo. Infelizmente o tutorial não ajuda absolutamente nada e baseia-se apenas em algumas janelas informativas com uma apresentação quase tão má quanto o resto dos menus do jogo. Relativamente ao som, para além da música estilo Retro presente no menu, não existem efeitos sonoros, o que torna as coisas ainda mais divertidas.

Ao inicio temos acesso a duas naves. Com essas naves podemos, entre outras funções, fazer patrulha ou colonizar, utilizando os planetas como forma de alcançar objectivos. A partir daí é possível tratar dos interesses tecnológicos do Império, pesquisando por novos recursos, de forma a fazer o Império crescer. Com isto, a expansão ao longo de todo o mapa vai acontecendo, sem que nunca existam guerras diplomáticas entre raças distintas.

É ainda possível jogar entre um total de 10 jogadores em rede, mas esta é uma funcionalidade só aconselhável a quem tenha realmente gostado do jogo. Aliás, todo o jogo é apenas aconselhado aos fãs acérrimos e incondicionais do género, pois de outra forma dificilmente se irá tornar uma experiência agradável.

Lost Empire: Imortals revela-se um título demasiado longo, nunca chegando a ter pontos de interesse característicos que o tornem diferente do comum. É apenas mais um jogo de estratégia em turnos, com as mesmas opções e ideias que todos os outros. Uma fraca apresentação e uma jogabilidade pouco ou nada intuitiva deixa-nos com uma pergunta em mente: Será que numa civilização tão decadente e perdida quanto esta, alguém se conseguirá tornar imortal?

4 / 10

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Sobre o Autor
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Ricardo Madeira

Contributor

É redator e dá voz à Eurogamer Portugal. É um dos mais antigos membros da equipa, e ao mesmo tempo um dos mais novos. Confusos? É simples.

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