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Lips

Chamar a música!

Duas ou três frases da música são mostradas consecutivamente e juntamente com elas as barras por encher. Posicionadas em diferentes graus deixam antever a necessidade de diferentes afinações da voz, isto para a hipótese de a música não ser tão conhecida, já que para os temas badalados a tarefa executa-se com bastante simplicidade. Ainda assim esperava-se que o esquema de pontuação pudesse ser mais exigente ao ponto de traçar uma verdadeira diferença entre quem faz um esforço para cantar tal e qual o original e quem manifestamente não tem aptidão para o tema.

Sem esse detector passam algumas batotas como sons nada relacionados com a nota pretendida e que acabam por gerar uma pontuação significativa. Ou seja, cantar mal não é prejuízo, pelo contrário. Por outro lado também se compreende que sendo Lips um jogo dirigido para massas e para um público casual venha depois, por contraposição, segregar as audiências, apartando as pessoas com boas capacidades vocais como únicos pretendentes à obra. Por isso, qualquer pessoa, nova ou velha, conhecedora ou não de jogos pode agarrar um microfone e deixar-se surpreender com os ritmos musicais. Apesar dessa lacuna, que nem mesmo Singstar conseguiu diluir até hoje por via de uma solução que não cerceasse em definitivo o interesse dos pretensos cantores menos capazes, é nos duelos e confrontos para dois jogadores que um vocalista mais adaptado a um género de música adquire mais hipóteses de triunfar, aspirando à plenitude das medalhas.

Por outro lado também não existe um nível de dificuldade o que acaba por deixar todos os participantes, novatos e veteranos à mercê do tipo das músicas, sobretudo alguns temas de “rythm and blues” de conhecidos artistas rap americanos que fazem letras ao jeito de uma conversa, sendo particularmente difícil descobrir a sequência seguinte, acertar as entoações e no fundo alcançar o pleno das medalhas. Para esses temas o jogo torna-se mais exigente enquanto que para as músicas mais conhecidas o objectivo passa por conquistar o maior número de medalhas.

A Microsoft não descuidou a fonte para gerar o primeiro grande jogo de Karaoke e assim optou pela Inis, produtora nipónica com particular assento em jogos de música e ritmo, tendo contribuído para o mercado com títulos como Gitaroo Man (PS2) e Ouendan (NDS). E neste ensejo o produto final em termos de design, apresentação, opções e lista de temas é bastante positivo em todos os aspectos. Os menus de composição minimalista mas de forte empenho no design deixam uma boa imagem e são sobretudo um prazer de percorrer pelo que de forma muito simples se transita pelos quadros de jogo, desde as 40 músicas na área das canções até à jukebox, passando pela área de obtenção de temas adicionais, opções, etc.

A apresentação minimalista mas com todas as opções à disposição facilmente acedíveis deixam boa impressão.

Quanto à lista de músicas, ao todo são quarenta, o que faz de Lips o jogo do género que num só disco consegue apresentar o maior número de temas. E não só as há em bom número como também a lista consegue ser representativa o suficiente de vários estilos e géneros musicais; country, rock, rnb, pop, alternativa. Ecléctica quanto baste e adequada para público masculino, feminino, juvenil ou com mais idade, raros são os temas que se poriam de lado. Há-os para todas as gerações. Sem perder grande tempo em enumerações diga-se que tem Nirvana, Johny Cash, Queen, Coldplay, Radiohead “Fake Plastic Trees”, Dido, Depeche Mode, e muitos outros temas que levarão uma temporada até ficarem exauridos.

Para escolher uma música há sempre uma secção prévia que ajuda a descobrir o tema, através de um pequeno vídeo e pedaço da música sob a forma de amostra. Depois o jogador pode optar por cantar o tema na totalidade ou apenas um segmento que naturalmente dará uma pontuação mais reduzida apesar de a qualquer altura e se o jogador sentir que tem embalagem para prosseguir, poderá levar a canção até ao fim.

No final de cada música o pecúlio de pontos leva o jogador a progredir por um ranking que vai desde cantor de casa de banho até estrela da cidade e por aí fora, numa forma de despertar empenho e estabelecer objectivos. As pontuações, medalhas e lista de músicas melhor interpretadas no top 10 ficam guardadas no My Lips podendo posteriormente esses resultados servirem de partilha com os amigos inscritos na “friends list” e no qual uma série de desafios podem ser descarregados.

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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.

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