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Kojima está proibido de falar sobre os motivos da sua saída da Konami

Mas contou porque decidiu fundar um estúdio independente.

Hideo Kojima não vai dissipar as dúvidas sobre a sua saída da Konami por impedimento legal, já que o seu contracto impede-o de falar sobre as circunstâncias que rodearam essa ruptura.

Numa entrevista com o jornal The New Yorker, Kojima falou de forma geral sobre a indústria japonesa, dando algumas pistas que podem ser interpretadas como alguns dos problemas que sentiu com a Konami.

"Os jogos amadureceram e são mais do que meros brinquedos interactivos, é um meio rico que pode oferecer drama e outros elementos mais profundos. Nesse ponto, os jogos japoneses tornaram-se difíceis de vender, a sua sensibilidade e identidade cultural são diferentes". O jornal relembrou como Metal Gera Solid levava-nos até ao Alasca e de como o estilo anime se misturou com temáticas e preocupações a nível global.

"A única forma de criar jogos de topo é apontar para o mercado internacional. Mas para fazer-se isso, os responsáveis pelo projecto têm que saber naquilo em que trabalham, e estarem dispostos a assumir riscos. Se te focas apenas nos lucros imediatos, o tempo vai-te deixar para trás. E torna-se impossível de acompanhar," em referência à mudança da Konami pelo sector mobile tendo em vista o dinheiro rápido.

Kojima também mencionou a burocracia no interior das grandes editoras. "Quando trabalhas numa grande companhia, especialmente japonesa, cada pequeno detalhe tem de ser aprovado de antemão, precisas de papéis para tudo".

"Agora que sou independente, posso fazer o que quiser mais rápido. Não preciso de investir tempo em apresentações. Eu assumo os riscos," acrescentou.

Outra coisa que o criador de Metal Gear agradece é que agora pode opinar livremente. "Quando estou numa companhia, os meus comentários poderão ser tomados como declarações dessa companhia. E por esse motivo não posso dizer qualquer coisa".

O artigo do jornal termina com Kojima a dizer que falou com um amigo de Hollywood sobre a possibilidade de ir para uma ilha deserta durante um ano para descansar, mas o amigo disse-lhe que o papel de Kojima neste mundo era o de continuar a fazer grandes jogos enquanto pudesse. Que essa era a missão da sua vida.

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Luís Alves

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É o nosso super-homem. Não existe nada que o Luís não saiba e o seu conhecimento da indústria é longo, permitindo-lhe estar sempre à frente de todos. É o homem que nunca dorme.
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