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Será que a série mantém bom ritmo?

A dançar todos os anos desde 2009.

Sobre a "fórmula" Just Dance, não há nada de novo a acrescentar, a não ser dançar as 40 novas músicas e a tentação pelo Just Dance+.

Just Dance é um dos maiores sucessos da Ubisoft. Tudo começou em 2009 com o jogo homónimo que tirou então partido do Wii remote da consola da Nintendo para colocar as pessoas a dançar. Desde então, valendo-se de temas musicais tão diversos e populares, a escalada da Ubisoft não mais abrandou, produzindo a cada novo ano uma versão com novas músicas e coreografias.

É interessante constatar como depois de tantos anos do pico atingido pelos comandos por movimentos, alguns domínios que floresceram permanecem altamente populares. É o caso da dança, a festa para toda a família, uma fórmula com que a Ubisoft continua a conquistar o mundo. No Japão, onde os salões de jogos que resistem à vaga de encerramentos, os títulos de dança ainda são altamente populares e as suas máquinas das mais procuradas por utilizadores que querem passar um tempo depois de um dia de trabalho.

Dirão alguns que esta é uma oferta dedicada a um público casual, que prefere uma abordagem mais simplificada e impermeável aos rigores de desafios diferenciados. Mas quem adquire um Just Dance sabe ao que vai e quer ter precisamente esse tipo de experiência na sala ou no sítio onde a consola esteja situada. A questão que merece ser colocada é outra. Que forma vai dando a Ubisoft a uma fórmula que é replicada todos os anos, sem introduzir grandes mudanças? Mudam-se as músicas, adaptam-se as coreografias, refaz-se a interface e aí está uma nova edição pronta a chegar às lojas, capaz de voltar a vender na ordem dos milhões.

No essencial é o mesmo jogo replicado a cada ano e no entanto continua a vender, a posicionar-se como um pilar essencial no negócio da Ubisoft. Se o “streaming” parece cada vez mais próximo graças ao Just Dance +, a ponto de dispensar uma consola a troco de uma subscrição que dá acesso a músicas por via de uma ligação à internet, a edição 2024 de Just Dance ainda reserva espaço para o lugar tradicional da experiência a partir de uma consola.

No entanto, é cada vez mais evidente que essa transição poderá acontecer totalmente num futuro próximo. A manutenção de uma interface online pode colocar dificuldades aos utilizadores do jogo que não possuam uma boa ligação à internet. Transições entre os menus que se arrastam, um processo de selecção algo lento e tempos de carregamento demorados são algumas “chatices” que podem advir deste modelo. Just Dance 2024 representa esse patamar.

Passando ao “palco”, a fórmula mantém-se, sem fugir a uma espécie de guião centrado nas músicas e coreografias. São 40 novas músicas e coreografias nesta edição, suficientes para satisfazer quem queira abanar a anca. “You Should See Me In A Crown” de Billie Elish, inevitável “Treasure” de Bruno Mars, “Canned Heat” de Jamiroquai, “Survivor” de Destiny’s Child, “Flowers” de Miley Cyrus, “Gimme More” de Britney Spears e já a pensar no Natal com “It’s The Most Wonderful Time Of The Year” na voz de Andy Williams, são alguns temas das quatro dezenas que compõem o jogo, cada uma com a sua coreografia.

Em termos de opções, desde online até ao confronto local, há a garantia de um desafio permanente na luta pela coreografia mais fiel. Replicar os movimentos exactos pode ser uma actividade capaz de queimar calorias, situação que leva a máquina a registar quantas foram dispendidas, se o objectivo é permanecer em forma, mais do que seguir o ritmo da música. Acontece que há uma margem de tolerância bastante significativa com o erro. Em alguns temas dancei sentado, esbracejando o mínimo. Ao contrário de alguns jogos de música e ritmo, aqui a margem de tolerância deixa fugir e até improvisar um pouco, com a garantia de que mesmo quem tenha pouco jeito para dançar não receba grandes penalizações.

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Alguns avatares são giros, percebe-se que este é um tipo de experiência moldado para os mais jovens, um público que joga por algum tempo mas acaba por deixar o jogo até à edição seguinte. Há incentivos para voltar a jogar, especialmente pelas pontuações das tabelas online. A evolução dos pontos de experiência e a personalização do avatar acrescentam algum “glamour” à festa mas no final é uma experiência que visa sobretudo dançar melhor, aperfeiçoar os movimentos com mais treino e encontrar uma lista de músicas temáticas, propícias para certas ocasiões e festas, o que faz praticamente desde o primeiro jogo. Se faltarem comandos há sempre recurso ao telemóvel, para que interessados não fiquem sem jogar. Just Dance 2024 Edition é mais uma volta ao palco.

Prós: Contras:
  • Estética festiva
  • 40 novos temas
  • Variedade de músicas
  • Competição pelas tabelas online
  • Interface lenta
  • É um jogo cada vez mais online
  • Margem grande de tolerância de erro
  • Não introduz grandes novidades

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