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Jogámos Resident Evil 7 no PlayStation VR

Será que a experiência nos convenceu?

Uma das maiores revelações da E3 2016 foi Resident Evil 7. Depois de vários rumores, o jogo apareceu de surpresa na conferência da PlayStation. Confesso que inicialmente nem estava a perceber o que estava a ver, no entanto, depois de aparecer o logótipo no final do teaser, não houve margem para dúvidas, Resident Evil está de volta e as primeiras impressões são que a série voltou ao caminho correcto. Com Resident Evil 4 a série ficou mais virada para a acção, e com os capítulos seguintes, nomeadamente Resident Evil 5 e Resident Evil 6, a essência do terror praticamente desapareceu.

Com Resident Evil 7 parece que a Capcom pretende voltar às origens Survival Horror da série. Esta foi a sensação com que fiquei após experimentar uma curta demo na E3 2016, a mesma que ficou disponível para todos os fãs na PlayStation Store. Importa realçar que pude jogar a demo na realidade virtual através do PlayStation VR. Tal como foi anunciado na conferência da Sony, Resident Evil 7 será completamente jogável no PlayStation VR quando for lançado no início de 2017, sendo um dos maiores jogos compatíveis com o dispositivo. Mas será que vale a pena jogar Resident Evil 7 na realidade virtual? Foi isso que tentei descobrir.

Para começar, o género do Terror é um dos casos em que a experiência é magnificada pela realidade virtual. O facto de estarmos com um dispositivo colocado na cabeça juntamente com headphones torna o jogo muito mais assustador e claustrofóbico. O local ajuda a aumentar o terror; uma cabana antiga e abandonada no meio de uma floresta não é propriamente o sítio mais aconchegado, principalmente quando encontramos vestígios de animais mortos.

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A realidade virtual não se limite a colocar um ecrã muito próximo dos olhos. O ângulo de visão é de 360 graus, o que significa que quando olham para o lado estão a rodar a câmera, e não a afastar o olhar do ecrã, o que acontece numa televisão. Isto basicamente transporta-vos para dentro do mundo virtual. Claro, ainda estamos conscientes que é ficção, mas tudo é muito mais intenso. Esta demonstração serviu para mostrar o potencial de um jogo como Resident Evil 7 na realidade virtual, mas também deu para ver que a tecnologia ainda está limitada e que para funcionar os jogos precisam de ser polidos ao máximo.

"Uma das limitações é a resolução. Quando temos um ecrã tão próximo dos olhos, 1080p não é suficiente"

Uma das limitações é a resolução. Quando temos um ecrã tão próximo dos olhos, 1080p não é suficiente. No caso de Resident Evil 7, o jogo tem um aspecto pixelizado quando jogado no PlayStation VR, ficando longe da qualidade visual a que estamos habituados numa televisão Full HD. Em segundo lugar, a Capcom tem que trabalhar na movimentação da personagem na realidade virtual. Apesar de ter experimentado vários jogos de realidade virtual da E3 2016 (e em vários dispositivos diferentes), esta foi a única experiência que deixou o meu cérebro desconfortável por alguns minutos (o efeito é conhecido como motion sickness)

O conforto no movimento virtual é crucial na realidade virtual. Como estamos com um ecrã muito próximo dos olhos, o cérebro interpreta a movimentação como se fosse real, mas como estamos parados ou sentados numa cadeira, o corpo fica confuso. Por vezes, esta mesma sensação ocorre em alguns FPS, mesmo fora da realidade virtual. Isto não seria problema, ou pelo menos seria reduzido, com uma daquelas cadeiras hidráulicas que simulam os movimentos virtuais, mas o investimento num dispositivo de realidade virtual já é grande por si só, pelo que apenas quem tiver e estiver disposto a gastar uma pequena fortuna terá direito a uma experiência como esta, já para não falar que estas cadeiras são mais apropriadas para jogos de simulação automóvel.

A demo que experimentei mostra que a experiência no PlayStation VR tem margem para melhorar. Quando optamos por jogar no tempo livre é porque queremos passar um bom bocado, mas a partir do momento em que um jogo nos causa desconforto, a experiência deixa de ser apelativa. Este é o maior desafio da realidade virtual. Quanto a Resident Evil 7 em si, gostámos do regresso ao terror e parece que a Capcom descobriu finalmente o que fazer com a série, no entanto, muito pouco foi mostrado, pelo que ainda é cedo para tecer mais julgamentos.

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Resident Evil 7: Biohazard

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Sobre o Autor
Jorge Loureiro avatar

Jorge Loureiro

Editor

É o editor do Eurogamer Portugal e supervisiona todos os conteúdos publicados diariamente, mas faz um pouco de tudo, desde notícias, análises a vídeos para o nosso canal do Youtube. Gosta de experimentar todo o tipo de jogos, mas prefere acção, mundos abertos e jogos online com longa longevidade.
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