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InviZimals

Monstrinhos de verdade.

A primeira vez que tive contacto com Invizimals foi na E3 deste ano. No meio do nada chega até mim um pequeno monstro que vinha acompanhado de uma PSP com um objecto tipo carta. Este monstro, que apelido claro de forma carinhosa, tentou me levar para um reino de ilusões e magia. Rapidamente esta ilusão terminou com uma pergunta proibitiva neste mundo. Mas como funciona a tecnologia? A cara do pequeno monstro ficou imediatamente triste. Respondeu "as crianças não querem saber da tecnologia por detrás do jogo, nem querem saber se os monstros estão realmente em suas casas, querem é apanha-los todos".

Este pequeno exemplo demonstra que Invizimals não pretende ser um jogo revolucionário e virado para as massas hardcore, mas sim um jogo muito interessante e com os pequenotes debaixo de olho. Mas aqueles que à partida colocariam um jogo como Invizimals de lado, podem esperar ficar de certa forma surpreendidos. Principalmente tendo em conta que ficamos surpreendidos pela forma de jogar. Não que a tecnologia em si seja de topo ou completamente revolucionária, pois não o é, mas pela genialidade da forma como o que temos em poder consegue criar uma realidade de ilusão, usando por isso apenas a PSP, a câmara e a nossa imaginação.

Falando do jogo em termos técnicos, ele faz uso da Go!Cam da PSP, colocando logo de lado todos os utilizadores da nova PSPgo, pois esta carece de tal engenho. O uso da câmara é de extrema importância e sem ela o jogo não tinha sentido nenhum. Se já jogaram Eye of Judgment sabem o que vos espera, mas neste caso, em vez de olharmos para a televisão para vermos os monstrinhos ou bichos tomarem forma, na PSP olhamos para o ecrã como que fosse um radar, ou uma tecnologia que detecta estes seres outrora invisíveis. O mundo à nossa volta toma outra realidade, pois a Go!Cam e a carta que é reconhecida como uma arena dão vida aos Invizimals.

Para além de atacarmos, podemos ser atacados pelos Invizimals.

Outras das surpresas é a forma como todo o jogo é explicado e desenrolado. Foi criada uma trama à volta destes seres invisíveis. O nome Invizimals foi dado pelo Drº Dawson, que descobriu graças ao poder da PSP, que existem animais invisíveis, numa realidade paralela. A nossa tarefa é ajudar o súbdito do Drº Dawson, um japonês muito simpático de nome Keni, a encontrar e proteger estes animais. Para isso entrámos numa demanda de pesquisa e lutas com outros Invizimals. Dando uso à capacidade de armazenamento do UMD, toda este enredo é-nos transmitido em vídeo, como que de um filme se tratasse. O jogo está todo em português, desde os textos até às vozes, tornando-o ainda mais apelativo. Mas diferente de estarmos a ver um filme, as personagens falam directamente para nós, como que estivessem em verdadeiro contacto connosco, dando-nos pistas, novas missões, e formas de luta.

A nossa interacção com o jogo obriga muitas vezes a figuras tristes. Lembro-me de estar a percorrer a casa, com PSP em riste à procura da cor certa, quando no corredor encontro a minha mulher. Um momento único nesta vida, que deixa qualquer homem completamente desprovido da última réstia do aspecto "macho latino". Mas continuando, consegui encontrar a cor desejada. De realçar também que graficamente o jogo em si é minimalista, pois apenas os monstros e certos efeitos à sua volta são mostrados. Tudo o resto é o nosso próprio ambiente. Aconselho a jogar com muito boa luminosidade, pois em ambientes mais escuros a detecção da carta não é tão eficaz, bem como a nossa interacção com o animal. Como já acontecia em Eye Pet ou mesmo Eye of Judgment, a câmara funciona melhor com altos contrastes de luz, para uma melhor detecção dos contornos dos objectos e das nossas mãos.

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Jorge Soares

EG.pt Master of Puppets

Sempre ocupado e cheio de trabalho, é ele quem comanda e gere a Eurogamer Portugal. Queixa-se que raramente arranja tempo para jogar, mas quando está mesmo interessado num jogo, lá consegue arranjar uns minutos. Tem mau perder e arranja sempre alguma desculpa para a sua derrota, mas no fundo, é o que todos fazemos.

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