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inFamous

Uma questão de Karma!

Como será ser um super-herói? Deve ser porreiro. Ter super-força, conseguir voar, ver pelas paredes e sabe-se lá mais o quê. Poder experienciar algumas destas capacidades sobre-humanas foi desde sempre uma tentação para nós, comuns mortais, enquanto, por outro lado, recria-las tem vindo a ser um verdadeiro desafio para os produtores de videojogos. O grande objectivo de inFamous parece ser esse mesmo, dar-nos “aquela sensação que temos ao ver certos filmes” – palavras de Nate Fox, produtor do jogo – aquela sensação de “querer experimentar por nós mesmos”, rematou ainda.

Mas se uns nascem já possibilitados de feitos maiores do que a redundante existência humana, outros vêem, de um momento para o outro, todo o resto das suas vidas condicionadas por um acontecimento nefasto. Esse é Cole McGrath, um humano até então igual a todos os outros, vítima e, ao mesmo tempo, presenteado com um dom durante uma explosão que não só o afectou a si como também aos demais cidadãos. Planeava entregar um pacote quando este explodiu e arruinou com grande parte da cidade. Mas algo ele guardou. O seu dom permite-lhe controlar e manipular a electricidade, para o bem ou para o mal.

Bem ou mal? Essa parece ser uma escolha preponderante para o currículo de qualquer super-humano, ainda para mais numa altura em que todo um historial de vivências já irá certamente influenciar as acções que o virão imortalizar, para o bem ou para o mal. E nisto, Cole vê-se no meio de uma cidade completamente destruída, onde uma “pequena” explosão será o menor dos males que está para vir. As suas acções trarão consequências, bem como as escolhas morais tomadas pelo jogador. “Eventualmente terão até que pousar o comando e pensar sobre o que vão fazer”, disse Nate Fox.

Se os vossos actos forem tudo menos nobres esta será a cor da vossa electricidade e ataques adjacentes. Se tiverem bom Karma será azul. Vermelho é mais fixe!

É interessante a forma como a electricidade utilizada por Cole poderá servir para ceifar vidas (não que isso seja necessariamente algo mau) e, ao mesmo tempo, para curar pessoas, como se de um desfibrador humano se tratasse. As escolhas que fazem alteram, naturalmente, o percurso do jogo e a forma como são recompensados, seja a nível de progressão ou mesmo nos ataques e poderes que virão a receber.

Por outro lado, escolhas morais não irão acontecer de forma linear, ou seja, não rodam apenas em volta de acabar um nível e escolher se desejam ou não matar o inimigo. A cidade aberta e completamente explorável está repleta de rebeldes, e uma escolha moral poderá prender-se apenas por salvar ou não a velhinha que foi assaltada a 10 metros de distância.

Cole é um homem normal, colocado numa situação anormal à qual terá que se adaptar. Como ele, outros. A explosão não o afectou apenas a si, dando poderes também a alguns dos demais e isso será importante no desenrolar da história pois permite que haja uma maior variedade de inimigos. Com a destruição já adjacente à explosão, muitos aproveitam a desordem para criar um clima ainda mais pesado em Empire City, que está agora completamente fechada e em estado de quarentena a mando do governo. Rixas são frequentes nesta cidade que passa agora a ser governada pelo crime.

Com isto, existem diversos Gangs organizados pela cidade e, como boa pessoa que Cole é, poderá ao longo do jogo defrontá-los e até salvar as pessoas que estes atacam. Ao salvarem populares estes irão reagir às vossas acções e, caso ganhem o vosso respeito, poderão até ajudar Cole com o desenrolar do jogo. Por outro lado se os atacarem uma reacção oposta irá acontecer. É tudo uma questão de Karma. Até podem escolher se querem matar os arruaceiros ou apenas deixá-los presos a uma cabine telefónica.