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Indústria de videojogos tenta não dar importância ao Metacritic

THQ, EA e Capcom dão as suas opiniões.

A indústria continua a debater cada vez mais sobre o tema da real importância da Metacritic, o site que reúne as pontuações e calcula a média das notas, definindo se um videojogo é um sucesso ou um fracasso.

O tema voltou a ser falado no evento DICE Summit 2009 numa das muitas conferências de imprensa que foram realizadas, com os assistentes a questionarem se as companhias desenvolviam os títulos tendo em mente os analistas, pergunta essa que foi negada pelos representantes da THQ, EA e Capcom.

Danny Bilson, director criativo da THQ, disse que, "A primeira pessoa a quem tens de desenvolver é para ti próprio," reconhecendo que o Metacritic tem um papel muito importante para os utilizadores. No entanto afirma que se pode enganar o sistema melhorando o argumento, o som e até mesmo a dobragem de um título para se conseguir uma pontuação maior, uma vez que são pontos que quem os analisam dão mais atenção que os próprios consumidores. "Os analistas têm que escrever sobre algo, então nós damos-lhes alguma coisa para que possam fazê-lo."

Foi de consenso geral que as notas são importantes apenas em alguns casos. Um dos melhores exemplos para demonstrar esta afirmação foi o Wii Fit, que conseguiu vendas extraordinárias com uma média de notas de apenas 60%. "A nota deste título não é relevante para o público," disse Rich Hilleman, director criativo da EA. Para Hilleman este tipo de público não é o que fica à espera de uma revista hardcore para decidir se vai comprar o jogo ou não.

O cerne da questão não reside tanto no impacto que as notas dos jogos vão ter nas vendas, mas sim na forma de como as companhias as usam. "Podem ser usadas como um marco ou como uma arma," esclarece Bilson, dizendo que nenhuma companhia quer que o seu jogo tenha menos de 100% quando desenvolvem um videojogo. O resultado do mesmo depende do orçamento, da publicidade e de outros aspectos secundários na elaboração do jogo propriamente dito.

Chris Tayler, um dos máximos responsáveis da Gas Powered Games, garantiu que não é necessário nenhum tipo de nota no Metacritic para se saber que lançou ou não um jogo fraco no mercado, pois assim que o colocam à venda os retalhistas informam-lhes se o jogo vendeu ou não. Bilson diz que, "O problema do Metacritic, é que não se pode ponderar uma análise em função da revista que a publica," pelo que a nota de um qualquer site menos conhecido tem o mesmo valor do que por exemplo uma da Times Magazine.

De todas as opiniões sobre este assunto, a de Mona Hamilton, executiva da Capcom, foi sem dúvida a mais polémica. Hamilton disse que, "Os resultados muitas vezes dependem do quanto consegues embriagar a imprensa," declarações que entram em conflito com o mega evento de apresentação de Street Fighter IV, onde vários meios cobriram o evento dando pouca atenção ao jogo em si, em contraste com o bom ambiente e com a participação de DJQbert e do próprio Yoshinoro Ono, um dos produtores do jogo, que foram convidados para animar o evento. Trata-se de um argumento importante uma vez que dá a entender que alguns meios especializados não têm qualquer fiabilidade.

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