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Horizon Chase 2 - Périplo mundial em 55 pistas

Velocidade furiosa.

Image credit: Aquiris
Reminiscente dos clássicos jogos arcade de corridas de carros, dotado de bons conteúdos online e single player. Peca por alguma sensação de facilidade a solo e algumas quebras de frame rate na versão Switch.

A sensação refrescante de condução a toda a velocidade sob horizontes em mudança conheceu em Horizon Chase um tributo aos jogos de condução dos anos oitenta e noventa. No encalço de Out Run ou Lotus Turbo Challenge, dois dos jogos emblemáticos dessas décadas, o estúdio brasileiro Aquiris, com sede em Porto Alegre e dotado de mais de 150 trabalhadores, tem vindo a recuperar esse espírito arcade e algo irreverente das a toda a velocidade. Nos registos mais recentes guardamos as corridas de F1 de Horizon Chase Senna Forever, numa recuperação histórica de um dos melhores pilotos que a modalidade já conheceu. Através de uma bela passagem pelos momentos altos da carreira, a Aquiris sedimentou uma bonita homenagem ao piloto que perdeu a vida em 1994, num terrível acidente em Imola, durante o Grande Prémio de San Marino.

A sensação de velocidade máxima volta aos eixos em Horizon Chase 2, que se pode dizer ser uma sequela com mais conteúdo, especialmente pela conexão que opera com o Epic Online Services, ao permitir o usufruto de todos os modos de jogo através da ligação em rede, tanto no modo World Tour, como nos restantes modos de jogo, com desafios diários e torneios (estes só disponíveis depois de percorridas certas percentagens da campanha).

A sensação de condução em Horizon Chase 2 não é muito diferente do jogo original. O acelerador é premido a fundo quase desde o princípio ao fim da corrida. Normalmente em circuitos, através de duas ou três voltas, a luta faz-se pela posição cimeira. Há pontos onde urge premir ligeiramente o travão ou aliviar o acelerador por umas fracções de segundo. Quase sempre as pistas são percorridas a fundo. No entanto, há que evitar os embates. A largada dá-se no fundo da grelha e há quase duas dezenas de carros para ultrapassar.

Viagem ao Japão. | Image credit: Aquiris

Pequenos toques causam carambolas se o carro embater nas laterais a grande velocidade. A perda de tempo é inevitável, os choques abrandam a marcha e podem travar o alcance da primeira posição. Vencer corridas é essencial. Troféus são adquiridos mas os créditos funcionam como uma moeda que pode ser trocada por “upgrades” que melhoram o carro em vários pontos. Nem sempre o objectivo consiste em vencer os rivais. Por vezes terão que bater algum tempo, colecionando barras de tempo que o fazem baixar.

O périplo mundial aqui apelidado de “World Tour” funciona como uma perspectiva global do jogo. São 55 pistas recreadas sob as condições mais mirabolantes, com alterações meteorológicas durante a corrida. Podem começar sob um pôr do sol e acabar noite dentro. Locais são emblemáticos, com passagem pelo carnaval do Brasil e por Porto Alegre, onde não falta uma pista. Mais há mais locais e países a visitar, numa viagem agradável pelos continentes. De Japão, Tailândia, Brasil, Marrocos e Estados Unidos.

Image credit: Aquiris

Ter o jogo sempre online é uma mais valia, já que isso permite conectar com outros jogadores e tornar as corridas mais competitivas, com rivais a sério do outro lado. Não sendo em grande número e funcionando como originais, sem licenciamento portanto, os carros podem ser desbloqueados. As configurações são distintas, assim como as performances, com carros mais potentes e com melhor tracção, enquanto que outros do tipo suv são fortes nos toques ou batidas em rivais. O jogador escolhe. O grau de personalização dos veículos é significativo, com variantes ao nível das cores e até da carroçaria.

Quanto a modos de jogo o Playground oferece desafios a cada dois dias, enquanto que os torneios são desbloqueados por etapas através da progressão obtida no World Tour. O resultado dessa disponibilidade é que permite desafiar outros condutores, em rede, através de corridas modificadas do modo World Tour. Há assim uma boa longevidade do jogo, especialmente na rivalidade com outros jogadores online.

No que respeita ao menos positivo em Horizon Chase 2, na versão Switch existem algumas quebras na “frame rate”, em pontos onde mais veículos estão em andamento próximos de si, o que para um jogo que faz da sensação de velocidade um dos seus baluartes não deixa de ser assinalável e até desconfortável. De acordo com os produtores sairá um “patch” que irá melhorar a performance do jogo, mas ainda não sabemos quando será libertada. Por outro lado, no modo World Tour a dificuldade é mediana ou baixa, com algumas corridas que se repetem e são vencidas facilmente. A condução também parece por vezes algo mecanizada, à entrada das curvas, com o carro já numa espécie de guinada que é depois pressionada pelo acelerador e botão direccional.

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Contudo, estes pequenos apontamentos menos bons a reter não prejudicam o essencial de um jogo que retoma o espírito dos clássicos de corridas arcade. A música da autoria de Barry Leich é admirável, com ritmos e sonoridades que encaixam bem no ambiente e naquele magma de cores contrastantes, um caleidoscópio assinalável. No fundo o jogo mantém uma rotação de desafios, com novas provas e desafios que urge visitar para lá do périplo mundial. A satisfação de poder desafiar, a qualquer momento, outros jogadores por via online é também assinalável. Em resumo, um jogo divertido para se jogar em qualquer lado nestes dias amenos de verão, especialmente com uma ligação à rede.

Prós: Contras:
  • Variedade de pistas e países
  • Sensação de velocidade
  • Desafios online em rotação
  • Banda sonora
  • Vários conteúdos
  • Fácil de começar a jogar
  • World Tour algo repetitivo e fácil quando jogado a solo
  • Quebras de frame rate na versão Switch

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