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Gravity Rush - Antevisão

Isaac Newton devia ver isto!

Gravity Rush foi dos títulos mais curiosos que experimentei para a PS Vita, mas infelizmente foi também dos demos mais curtos que disponibilizaram para testar no evento de apresentação da nova portátil da Sony. O jogo está a cargo da SCE Japan, um dos estúdios mais criativos e inovadores da gigante nipónica, responsável por jogos como LocoRoco, Ape Escape ou Patapon. Adicionalmente, a direção do jogo está a cargo de Keiichiro Toyama, nada mais nada menos que o criador de Silent Hill, motivos mais que suficientes para esperar o melhor desta nova PI.

Apesar de curta, a experiência com Gravity Rush permitiu-me um olhar sobre vários aspetos do jogo, para poder fazer já algumas considerações seguras. Começamos numa estranha cidade, onde encontramos um gato preto que nos ajuda a desbloquear a habilidade de controlar a nossa própria gravidade, não controlamos a gravidade geral, apenas a forma como a nossa massa se comporta. Certamente existe ainda muito para contar em relação a este estranho felino cujos olhos assumem a forma de pequenas galáxias, não se trata de um gato normal, e com certeza que terá um papel preponderante ao longo da aventura. Este segmento funciona como uma espécie de tutorial, onde o jogo nos indica como utilizar as nossas habilidades.

Em relação à narrativa não consigo dizer muita coisa, a nossa protagonista (Kat) começa o jogo sofrendo de amnésia, não fazendo ideia do que é necessário fazer, nem como foi ali parar. É uma técnica clássica que já expliquei na análise a The Witcher 2 (o in medias res). Só posso adivinhar o que vai acontecer, mas aposto que o ato 1 (as motivações, o passado, as relações, no fundo o que levou a heroína até ao ponto atual) será contado aos pedaços durante a aventura, à medida que Kat for recuperando a memória.

O primeiro elogio que posso dar a Gravity Rush tem a ver com a estética escolhida para as personagens e ambientes. A atmosfera geral animada em cel shading, ou toon shading se preferirem, oferece um agradável aspeto cartoon, que faz lembrar uma qualquer série anime. O visual do jogo consegue ser imediatamente distinto, as cores das personagens e das animações conseguem efeitos com imenso contraste (exagerados até) de cor com os ambientes. Isto pode parecer algo secundário, mas na verdade, a personalidade de um título passa muito pela forma como consegue ser imediatamente percetível e distinguível dos milhares de videojogos no mercado. Isto é particularmente importante no caso de uma nova PI.

Mas o que torna Gravity Rush definitivamente peculiar foi a forma como o estúdio da Sony Japan virou o conceito de navegação no jogo literalmente do avesso. Como já referi, o enigmático gato com quem interagimos logo no início do jogo, ensina Kat a manipular a forma como a sua massa se comporta em relação ao campo gravitacional. Controlamos Kat na terceira pessoa, movendo-a pelo cenário como é normal. No entanto, ao pressionar a tecla R da PS Vita, ficamos imediatamente a flutuar sobre o solo, num estado de gravidade zero. Depois, utilizando o giroscópio ou o analógico direito, podemos apontar para a direção que desejarmos, e carregando novamente no R, a zona escolhida passa a ser o novo "chão", onde nos podemos movimentar normalmente como se essa fosse a gravidade natural. É difícil explicar por palavras, mas torna-se rapidamente intuitivo quando jogamos.

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Gravity Rush

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Aníbal Gonçalves

Redator

MMOs e RPG são com o Aníbal. Aliás existe um rumor na redação que a sua primeira casa é o World of Warcraft. Mas às vezes também o vemos a fazer uns exercícios. Não é mau de todo.
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