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Ghostbusters

O que conta é o espírito.

No entanto a jogabilidade divertida e intuitiva, fácil de assimilar de Ghostbusters acaba por perder algum do impacto quando ficamos perante um jogo que tende a tornar-se repetitivo, mesmo que todo o ambiente nos faça continuar. O design e esquema de níveis altamente linear premeia uma experiência rápida e sem problemas que impeçam o jogador de progredir, ou que o forcem a ficar muito tempo no mesmo local, mas enquanto leva mérito nesses pontos, não consegue deixar de instalar no jogador uma experiência altamente linear e que acaba bastante mais cedo do que se poderia esperar.

Especialmente porque a dificuldade da experiência é relativamente baixa. Estamos perante um jogo altamente acessível e que não procura a momento nenhum ser um desafio demasiadamente alto, pelo contrário, aposta no entretenimento fácil para todos os que adoram o universo aqui apresentado. É precisamente a sua maior fraqueza e também o seu maior atributo, dependendo da perspectiva, a sua simplicidade.

Enquanto que toda a jogabilidade consegue recriar de forma coerente e bem estruturada os mais variados e acarinhados processos que vemos acontecer nos filmes, o jogo pouco apresenta para os que pretendem voltar a jogar e mesmo na primeira vez existe o risco de que tudo se torne familiar rápido demais. É notória a intenção de presentear os fãs com um trabalho de dedicação e carinho, tal é cumprido, mas algumas falhas impedem que o jogo não consiga estar a par do que de melhor vai sendo lançado, mesmo que consiga reunir a essência desejada e que a principal falha da versão PlayStation 3 não possa ser aqui apontada.

A indústria não perdoa e os jogadores assim o exigem, modos cooperativos estão na moda.

A controvérsia mencionada no início despoletou em torno dos gráficos do jogo e trouxe a público aquilo que poucos poderiam saber, que a versão PlayStation 3 corria a uma definição abaixo do que se considera o mínimo para ser Alta Definição e esse foi precisamente um dos pontos que mais me deixou descontente com a versão que joguei. Para um jogo que nos apresenta tão memoráveis personagens, inspirado numa experiência cinematográfica, a qualidade visual era de antemão uma das componentes que mais atenções solicitava. A versão PlayStation 3 não cumpria, pelo contrário, fez com que a impressão geral ficasse prejudicada enquanto que nesta versão, e fica desde já feito o devido reparo e distinguida a principal diferença, o jogo comporta-se como certamente os produtores o conceberam e desejam que se comporte.

O que anteriormente era pobre e até comprometedor, surge agora sem qualquer motivo de vergonha e mesmo que não seja um resultado visual que se vá colocar a par do que de melhor se faz, é um resultado que em nada se deve envergonhar. As quebras de fluidez são raras, os efeitos de iluminação e as texturas encontram-se mais sólidas e no geral podemos dizer que o motor Infernal da Terminal Velocity consegue melhor prestação na consola da Microsoft. Mais do que estabelecer comparações sobre qual leva vantagem sobre qual, de um ponto de vista meramente gráfico, convém realçar que os problemas encontrados na versão PlayStation 3 afectavam a jogabilidade enquanto tal não se verifica aqui.

Um dos pontos nos quais o jogo consegue apresentar-se praticamente imaculado é na sua componente sonora. Os actores que deram vida a estas personagens na sétima arte regressam para dar colorido a um argumento que ganha realmente interesse pela participação dos actores originais. Sendo as personagens um dos melhores aspectos visuais, as vozes originais apenas servem para colocar o ambiente e toda a experiência a um nível de grande qualidade. As músicas emulam o que vimos nos filmes e encaixam sem quais problemas em todo o ambiente dos Ghostbusters. Tudo funciona como se nos quisessem levar a pensar que estamos perante um filme, mas em forma interactiva.

Análises indicam que estou com melhor aspecto.

Caso a experiência seja curta demais para o vosso gosto, e enfrentar os mesmos desafios em superior dificuldade não seja propriamente o que mais procuram para aumentar uma fraca longevidade, podem recorrer ao modo para vários jogadores. Confiando nas mãos de amigos um papel que nem sempre a inteligência artificial consegue executar com brio, vamos enfrentar vagas de fantasmas. É algo que certamente nos faz recordar vários exemplos que se estão a tornar padrões da indústria, se bem que um modo cooperativo inserido na história seria algo de imenso valor.

Ghostbusters: The Videogame surge na Xbox 360 como a versão a jogar e a ter por todos os aficionados que podem efectuar essa escolha enquanto que para os que apenas tem a consola Microsoft, a espera valeu a pena. O lançamento tardio pode eventualmente fazer como que seja deixado de lado pelos potenciais compradores face às novidades da época Natalícia mas é sem dúvida um jogo divertido que vai encantar os fãs do material que lhe serve de inspiração.

7 / 10

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Ghostbusters

iOS, PS3, Xbox 360, PS2, Nintendo Wii, PSP, PC, Nintendo DS

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Bruno Galvão

Redator

O Bruno tem um gosto requintado. Para ele os videojogos são mais que um entretenimento e gosta de discutir sobre formas e arte. Para além disso consome tudo que seja Japonês, principalmente JRPG. Nós só agradecemos.
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