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Geki Yaba Runner Deluxe - Análise

Pé frio.

Um jogo oriundo do formato mobile, capaz dos mínimos na 3DS. 5 euros, sem publicidade e limite de vidas. Mas pouco acrescenta de novo.

No final do ano passado a Nintendo lançou pela primeira vez uma das suas grandes franquias em formato mobile. Super Mario Run é por enquanto um exclusivo do sistema iOS (dispositivos produzidos pela Apple) mas chegará, dentro em breve, aos aparelhos que operam com Android. Trata-se de um jogo com autonomia dentro da série, divergindo do modelo de jogabilidade mais tradicional ao aproximar-se do esquema "runner", muito em destaque em formato mobile, no qual o protagonista corre automaticamente ao longo dos níveis, devendo o jogador premir o botão para saltar quando necessário. São jogos de uma eficácia e gratificação imediatas, isso é claro.

Ao jogar Geki Yaba Runner Deluxe, um jogo com uma jogabilidade bastante similar, fiquei com uma sensação muito próxima à que tive quando joguei Super Mario Run pela primeira vez, dadas algumas semelhanças, sendo que agora ao invés de me socorrer da versão iOS e Android, joguei na 3DS, que conta aqui com uma edição adaptada às consolas. Sem publicidade e limitação no número de vias, Geki Yaba joga-se imediatamente e sem grandes constrangimentos. A história que está por detrás deste gnomo que recolhe meias aos pares para salvar a princesa é tão lateral que é como se nem existisse.

Os primeiros níveis funcionam quase como segmentos de aprendizagem. O conceito do jogo é simples.

Sem grandes delongas, temos apenas que saltar entre plataformas, evitando inúmeros perigos (de morte), recolhendo as tão desejadas meias. A nossa personagem de longas barbas brancas, corre automaticamente ao longo de um nível desenhado em 2D. No final, se conseguir um número de meias suficiente para avançar para a fase seguinte, a caminhada prossegue, caso contrário volta atrás. Para lá deste objectivo, existe um outro, no qual a meia dourada funciona como uma espécie bónus, justamente por ser mais difícil de encontrar.

À partida o esquema parece bastante simples, mas a verdade é que esconde algumas surpresas. Nalguns níveis o protagonista poderá abrir um pára-quedas que o deixa planar durante alguns instantes. O tempo em que exercem pressão sobre o botão para saltar torna-se crucial. Se não forem suficientemente lestos correm o risco de cair e de se espetar em coroas de espinhos. Se premirem antes do tempo, podem até chocar antes de iniciar a planagem. Noutros níveis circulam através de portais, que vos transportam para outra plataforma. Mais adiante são as forças do vento, em forma de ciclone, que vos puxam para cima mal abrem o pára-quedas. Sempre que iniciam um nível é dada uma ilustração com a técnica que será utilizada. Depois só precisam de premir o botão no tempo certo.

Este é um dos truques da jogabilidade, a abertura do pára-quedas.

Os primeiros níveis cumprem-se com extrema facilidade. Chega a ser canja completar tudo a 100%. Parece fácil, assim que começamos a jogar, mas lá para o meio a dificuldade priva-nos do sucesso completo. Além disso, o sistema tentativa e erro demoniza um pouco o nosso interesse no jogo, forçando-nos a repetir o mesmo nível. Nem tudo é dramático, no entanto. A continuação depois de perder a vida dá-se instantes antes (tipo checkpoint), e podemos sempre passar ao nível seguinte, ainda que não possam fazer isto consecutivamente, já que não poderão ter mais do que um nível por completar. A abertura do pára-quedas é talvez o ponto mais delicado da jogabilidade. Abrindo muitas vezes o sistema em espaços apertados, continuar lá por alto pode ser tarefa delicada. Por outro lado, a corrida do protagonista é extremamente rápida e muitas vezes acabamos por deixar imensas meias para trás. Felizmente não existem aquelas limitações ou incentivos à compra tão típicos nos jogos de formato mobile, pelo que podem repetir um nível tantas vezes quantas quiserem. Na comparação com Super Mario Run não é um jogo tão bonito. Menos colorido e com menos densidade artística, os visuais servem apenas para cumprir trajecto mas nada mais que isso. Concluindo, estamos perante um jogo que nos dá algum prazer nos primeiros tempos, mas que depressa se torna um pouco repetitivo. Do ponto de vista conceptual não oferece nada de muito novo e a sua arte deixa a desejar. Geki Yaba cumpre serviços mínimos e nada mais que isso. Se ponderam gastar o vosso dinheiro na eShop encontram melhores e mais interessantes propostas.

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