Skip to main content
Se clicares num link e fizeres uma compra, poderemos receber uma pequena comissão. Lê a nossa política editorial.

Fold - Análise - Um quebra-cabeças português

São 160 puzzles simples mas divertidos.

Um jogo de quebra-cabeças Made in Portugal que, apesar da simplicidade, consegue ainda assim divertir e estimular.

Portugal é um país pequenino e, tendo em conta as mega produções que se fazem no estrangeiro e que dominam os tops de vendas, os jogos que produzimos por cá acabam por passar despercebidos nos nossos radares. No entanto, isto não quer dizer que Portugal não tenha talento no que diga respeito à criação de videojogos e Fold - apesar de não quebrar quaisquer barreiras - é um exemplo bastante explicativo daquilo que conseguimos e podemos fazer.

De forma simplificada, Fold trata-se de um jogo de quebra-cabeças criado pelo estúdio português Once a Bird e, apesar de seguir quase à risca o padrão habitual deste tipo de títulos, não deixa de ser uma experiência bem interessante, divertida, estimulante e, por vezes, bastante difícil.

Existem 5 hubs principais, cada um deles com 32 níveis: fazendo as contas, são 160 puzzles que terás de resolver, um número considerável que te deixará entretido por umas boas horas.

Fold é uma experiência bem interessante, divertida, estimulante e, por vezes, bastante difícil.

Cada um destes 5 hubs possui um objectivo ou "gimmick" que o distingue dos restantes - vou explicar-te da forma mais detalhada que conseguir o funcionamento de cada um deles.

O primeiro, chamado "Colapsa / Expande", é o objectivo que mais se aproxima do título do jogo e irá ensinar-te a habilidade base que terás de dominar para os níveis subsequentes: nestes níveis, terás de manipular as diferentes barras de cor usando as setinhas presentes nas pontas de maneira a que reste apenas um quadrado de cada cor no final. Podes ver já a seguir um antes e depois de um dos níveis para teres uma ideia mais clara do que tens de fazer.

O segundo, chamado "Pinta de Negro", obriga-te a completar o nível de maneira a que, quando chegares ao fim, reste apenas um quadrado preto. Tal como fiz anteriormente, consulta as imagens abaixo para perceberes o antes e o depois.

O terceiro hub de níveis chama-se "Pressão de Pares" - a gimmick destes níveis envolve quadrados em branco que serão preenchidos com as cores das barras que se encontram mais próximas e que só assim permitirão que completes o nível.

Já o penúltimo, chama-se "Levado pelo Vento" - como já podes deduzir, os níveis deste hub irão conter ventoinhas que irão deslocar alguns dos blocos. Pela primeira vez, são também inseridos uns blocos que se encontram presos à área do jogo - isto significa que esses blocos terão obrigatoriamente de ser os últimos blocos presentes no fim para conseguires completar esse nível.

Por fim, o último conjunto de níveis denomina-se "Gira para Ganhar" e terás de rodar as diversas peças do puzzle de maneira a poderes fazer combinações até que reste apenas um quadrado de cada cor.

Claro está, esta é uma explicação mais geral daquilo que Fold oferece, já que existem muitas mais variáveis que terás de ter em atenção à medida que fores jogando. Como já era de esperar, a dificuldade vai crescendo gradualmente e muitas das gimmicks dos diversos hubs vão acabar por se cruzar no mesmo nível, criando quebras-cabeças que, literalmente, vão obrigar-te a por em prática tudo aquilo que aprendeste ao longo da tua "jornada".

Fold segue a típica estrutura de jogos de quebra-cabeças a que estás habituado.

Assim sendo, tudo aquilo que tens de fazer em Fold é usar os teus neurónios. Não existe outra forma de o jogar. Se algo não está a funcionar, é apenas uma questão de reiniciar o nível uma e outra vez, reconsiderar a tua estratégia e insistires até que chegues à solução.

Como em qualquer momento de um videojogo em que estás preso - mas, principalmente, em jogos de quebra-cabeças - o melhor mesmo é parares um pouco e tentares mais tarde sempre que isso acontecer, uma táctica que adoptei diversas vezes e que obteve resultados positivos. Ver os níveis com um novo par de olhos pode trazer o momento "EUREKA!" que, inicialmente, estava inexistente.

Existe ainda uma outra possibilidade pela qual estou muito agradecido - nenhum dos níveis em Fold está bloqueado, o que significa que podes experimentá-los como bem entenderes, na ordem que preferires, sem qualquer tipo de restrições ou penalizações.

Assim sendo, Fold segue a típica estrutura de jogos de quebra-cabeças a que estás habituado caso esse seja um dos teus géneros predilectos: os gráficos não são propriamente interessantes, o catálogo musical não é muito extenso e a longevidade do jogo dependerá do teu grau de inteligência e perspicácia ou do teu desejo em obter todos os achievements do jogo.

A UI é do jogo é outro ponto que gostaria de abordar já que, por diversas vezes, deixou-me um pouco confuso - circular entre os diferentes menus do jogo não está expresso da forma mais clara mas é algo a que, pela força do hábito, acabarás por te habituar.

Como último comentário face a Fold, é importante referir que o jogo também possui uma versão para iOS e, sem querer tirar o mérito de forma alguma à versão PC, penso que esta será a forma mais agradável de apreciar o título - nada como completar os diferentes níveis na palma da tua mão, onde e quando quiseres, estejas na praia, num autocarro ou simplesmente numa sala de espera.

Por isso, se gostas de quebra-cabeças com uma mecânica simples e desafiante, Fold será uma boa escolha. O custo de 2,39€ no Steam parece-me ser um valor bastante justo para o título em questão e as horas que terás de investir para o completares. Para além disso, é difícil não ficar estranhamente orgulhoso por estar a jogar um título Made in Portugal!

Read this next