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Extreme Exorcism - Análise

Caça os teus fantasmas.

Uma estética 2D retro conjugada com um conceito invulgar resultam num jogo desafiante, mas pouco propenso para uma segunda ronda.

Disponível para diversas plataformas (PC, PS4, Xbox One), Extreme Exorcism é mais uma produção da Golden Ruby Games, uma pequena produtora independente, sedeada em Nova Iorque e fundada em 2012 por Mike Christatos e Andy Wallace. O primeiro jogo foi Destroy All Color!, para o iOS. Dois jogos depois (Worm Run e Hermit Crab in Space), chega-nos Extreme Exorscism. Também disponível na Wii U (a versão que agora analisamos), trata-se de um side scrooler de um único mapa, ao jeito, por exemplo, da versão arcada Mario Bros, com várias plataformas num único ecrã e constante acção no seu interior, uma espécie de modo "horde".

O jogo apresenta-se em tons retro: um design totalmente pixelizado, no seguimento dos clássicos 8 bit, principalmente dos jogos arcade, mas com uma aproximação a Luigi's Mansion, quanto ao tema. Estamos perante uma mansão assombrada e, na pele de uma exorcista chamada Mae Barrons, temos pela frente uma tarefa algo complicada. Desde logo porque ao lidarmos com os fantasmas, deparamo-nos com uma situação invulgar. As nossas acções são reproduzidas nos desafios subsequentes. Para aniquilarmos os fantasmas usamos armas e golpes específicos, mas depois de os eliminarmos numa primeira ronda, eles regressam no "round" seguinte, reproduzindo o trajecto que efectuamos anteriormente. A dada altura o processo torna-se quase caótico e aí está boa parte do apelo e engenharia de Extreme Exorcism.

O quadro multiplayer é naturalmente maior e labiríntico, de modo a acomodar até 4 jogadores.

A mansão assombrada é constituída por dez zonas, envolvendo o cemitério e anexos, pelo que terão alguma diversidade em termos de ambientes. Na prática isto é quase um desafio pela sobrevivência e através do qual nos limitamos a superar constantemente vagas e vagas de fantasmas. O regresso destes, usando a mesma receita que aplicámos nos fantasmas anteriores é interessante, até porque à nossa disposição temos caçadeiras, armas de três canos, bumerangues afiados e lança-rockets, que mais tarde serão usados pelos fantasmas. Curiosamente, no meio do caos provocado nos desafios posteriores à abertura do jogo, percebemos que podemos planear mais alguma estratégia, optando por saltar menos entre as plataformas, de modo a uma menor exposição ao perigo no futuro. No fundo, parece existir sempre algum avanço, mas a acção é tão rápida, frenética e conduzida dentro de um espaço limitado que uma desatenção é suficiente para nos deixar sem as vidas e impedir um melhor "score".

O jogo é constituído por três modos: Arcade, Challenges e Deathmatch. O primeiro é basicamente um teste de sobrevivência, constituído por sucessivos níveis que desafiam a destreza e velocidade do jogador em eliminar o fantasma certo. Ao conseguirem uma determinada pontuação passam para o quarto seguinte. No modo Challenges, como o nome indica, terão de cumprir determinados requisitos para superarem um nível. Mais interessante é a opção Deathmatch, um modo multiplayer local até quatro jogadores (é possível jogarem com outros comandos, Pro Controller e Wii Remote), entrando em acesos combates, com algumas regras especiais. E ainda podem jogar o modo arcade em cooperativo.

Às plataformas liga-se o duplo salto da personagem, permitindo uma rápida e eficaz escalada, quando possível.

Normalmente os combates são frenéticos e sendo as personagens e os fantasmas de tamanho reduzido, por vezes perde-se um pouco a noção do posicionamento da nossa personagem, causando alguma frustração pela sucessiva perda de vidas. Por outro lado, importa realizar uma gestão efectiva das armas. As munições não são infinitas e o aproveitamento deve rondar os 100%, sob pena de ficarmos facilmente em desvantagem. Felizmente, existem diversas armas disponíveis na mesma ronda. Se falharem com uma, podem sempre tentar eliminar o fantasma com a outra. À medida que progridem mais armas ficam disponíveis, como a mina, ideal para atacar os fantasmas menos atentos.

Extreme Exorcism destaca-se pelo bom ritmo da acção e conceito, mas ainda que com alguma originalidade, associada até a uma estética 2D retro que lhe assenta bem, não é uma experiência marcante a todos os níveis. O jogo ganharia mais em reduzir o aspecto pixelizado em favor de melhores sprites e um design mais sólido. Com tantas e boas opções "indie", Extreme Exorcism não quer ser apenas mais um, mas também é o tipo de jogo falha no apelo para voltarmos a jogar depois de lhe descobrirmos as principais componentes.

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