Experimentámos jogos "third party" para a Nintendo Wii U

Mass Effect 3

Já se bateram muitas teclas a expensas do final de Mass Effect 3. Nunca penetrei devidamente nos argumentos avançados pelos fãs desconsolados pelo final porque não acabei o jogo, nem o joguei. Talvez por isso tenha sobre esta versão para a Wii U um particular interesse e entusiasmo especial por ver aquela corrente de ficção científica correr no ecrã do GamePad.

É fantástico utilizarmos o GamePad como um comando apontado à televisão para controlarmos o comandante Shepard e, após uma simples pressão no botão central, transformar o mapa do jogo num quadro que nos permite prosseguir exatamente o que estávamos a acompanhar através da televisão. A transição é tão sóbria e célere que assusta. De um momento para o outro entregamos a televisão a outra pessoa e mergulhamos naquele ecrã para prosseguirmos a batalha pela galáxia.

O grafismo é um luxo, as animações de alto nível e tudo isso permanece após deslocarmos a ação para o ecrã do comando, com o aliciante de podermos tocar nele para mexermos no quadro das opções para mudar de arma e efetuar mais operações similares.

Quando seguramos o comando e temos o mapa instalado no ecrã, podemos a qualquer altura deslocar os nossos parceiros da viagem para um ponto específico do da área, resultando numa abordagem mais estratégica do combate. Além disso a seleção das armas e dos especiais atributos das personagens adquire simplicidade e ligeireza. Nesta altura do campeonato muitos terão desfrutado desta potente obra da BioWare. Para quem ainda não o fez, como eu, esta é uma boa oportunidade para o fazer, à qual acrescem motivos suplementares de interesse por via do comando. Este jogo estará nas lojas no dia 1 da Wii U.

Assassin's Creed 3

A Nintendo já confirmou que a terceira aventura da saga Assassin's Creed chegará às lojas no dia de lançamento da Wii U. Se Mass Effect 3 deixou quem ainda não o experimentou com água na boca, o que dizer desta obra editada pela Ubisoft. O jogo promete até porque não é só o grafismo que se encontra realmente fabuloso.

"Quanto ao GamePad podemos usá-lo como mapa ou para selecionar armas de ataque."

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Assassin's Creed 3 está colocado cronologicamente como sequela de Revelations e vai levar os jogadores a vestirem a pele de Desmond Miles, uma personagem que faz parte da conhecida revolução americana. A demonstração jogável permitiu-nos apenas entrar num confronto naval. Começamos por controlar um navio de guerra à imagem das embarcações navais do século XVIII, sendo que o objetivo visa perseguir uma armada inimiga e depois destrui-la.

As condições atmosféricas mudam drasticamente ao longo do conflito. Aquela que parece ser uma manhã ou tarde de sol, junto às rochas de um aglomerado de ilhas, depressa dá lugar a autênticas bátegas de chuva e ondas marítimas furiosas que abraçam literalmente as embarcações. Numa luta contra a tempestade e contra os adversários, o jogador capitania o leme da embarcação recorre aos canhões e outras armas para pegar fogo e afundar as embarcações inimigas.

Durante a tempestade os efeitos dos relâmpagos criam pequenos rasgos de claridade que enriquecem a dimensão visual do embate. A água a escorrer pela madeira, os navios inimigos em chamas, tudo decorre com grande detalhe, animação e fluidez Os marinheiros entram em alvoroço e há uma permanente agitação. A demonstração acaba quando afundamos todos os barcos.

Quanto ao GamePad podemos usá-lo como mapa ou para selecionar armas de ataque. Não sabemos mais do que isto, nem pudemos, como em Mass Effect, usar o ecrã do comando para jogar. Contudo, AC 3 tem um elevado potencial e a versão Wii U pode fazer a diferença para quem quiser esperar pouco mais de um mês por esta edição especial.

Rayman Legends

Rayman Legends é uma espécie concorrente direto de New Super Mario Bros U. E o bigodes de boné vermelho que se cuide. Mais uma vez Michel Ancel colocou em prática um magnífico trabalho, na sequência de um dos melhores jogos de plataformas do ano passado e quiçá da geração, falo de Rayman Origins. Não sei quanto tempo irá a Wii U receber a exclusividade de Legends, mas este jogo prepara-se para rifs de guitarra ainda mais ousados.

Espantoso para quem o enfrentar a título individual, a experiência muda de figura se for partilhada. O jogador que segura o GamePad entra em tarefas constantes. A atenção exigida é redobrada, para abrir pontes, deslocar mecanismos, atingir inimigos, tocar nos Lums e outras coisas que requerem olhar vivo para o ecrã do comando.

Dotado de um design 2D altamente apelativo, Rayman Legends esconde muitas subtilezas, câmaras secretas e sequências de corrida com ritmo ao som de poderosos solos de guitarra que vão deixar os jogadores com os olhos em bico. Rayman Legends vai ser uma caixa de surpresas, ao mesmo tempo que Michel Ancel volta a proclamar que mais produtores podem produzir plataformas em 2D com sucesso, desde que haja esforço e criatividade. Claro que contar com uma editora como a Ubisoft também ajuda.

Darksiders 2

A demonstração de Darksiders 2 revelou-se algo limitada em termos de possibilidades de exploração a partir do GamePad, uma vez que não pudemos fazer "streaming" para o comando da acção que decorre no televisor. A THQ ainda não disponibilizou essa função, mas estará pronta a tempo do lançamento do jogo. Quanto ao grafismo e à jogabilidade esta edição encontra-se no mesmo plano das versões lançadas para a consola.

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Este jogo de ação e aventura em tons de role-play transportará o jogador até um vasto mundo, no qual assumirá o papel de Death, um dos cavaleiros do apocalipse. Darksiders 2 dará particular relevo aos combates e puzzles, assim como haverá um particular foco na exploração dos cenários e em mecanismos especiais como portais.

Refira-se que a partir do ecrã táctil o jogador pode aceder ao mapa e usar o inventário de bens a qualquer altura, sempre à distância de um toque e sem necessidade de pausar a ação, o que torna o processo de acesso ao menu bem mais rápido e cómodo.