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Ex-Xbox diz-se assustado com o possível impacto do Game Pass

Dá o exemplo do Spotify, "as pessoas já não compram músicas".

Ed Fries fez parte da equipa Xbox original e trabalhou na Microsoft até 2004, sendo um dos primeiros a ajudar a dar forma à divisão de videojogos da companhia e colocar no mercado a primeira consola.

Recentemente, Fries foi convidado para o Xbox Expansion Pass e questionado sobre o que faria se ainda estivesse na Xbox. Apesar de não falar de forma explícita, Fries disse estar assustado com o possível impacto do Game Pass na indústria, caso aconteça nos videojogos o que aconteceu na música com o Spotify.

"Uma coisa que estão a fazer e me deixa nervoso é o Game Pass," disse Fries. "O Game Pass assusta-me porque existe uma coisa um pouco análoga chamada Spotify que foi criada para a indústria da música."

"Quando o Spotify levantou voo, destruiu a indústria da música, cortou literalmente em metade a receita anual da indústria da música. Fez com que as pessoas deixassem de comprar músicas."

"As pessoas não compram músicas no iPhone, por exemplo, porque haveriam de o fazer? Estão todas na app do serviço por subscrição. A Apple disse que vão tirar a compra de músicas porque já ninguém as compra."

Fries diz que é preciso cautela para não acontecer o mesmo na indústria dos videojogos pois avisa que estes mercados são mais frágeis do que pensamos.

"Vi a indústria dos videojogos destruir-se no início dos anos 80. Vi um negócio de software educacional destruir-se em meados dos anos 90, eles literalmente destruíram um negócio de milhares de milhões em alguns anos."

"Por isso o Game Pass deixa-me nervoso. Como consumidor, adoro-o. Eu adoro o Spotify como consumidor, eu tenho todas as músicas que quero, é um bom negócio enquanto consumidor. Mas não é necessariamente bom para a indústria."

Fries diz que a percentagem de jogos que chegam ao Game Pass ainda é pequena, tal como o número de subscritores, os 25 milhões do Game Pass ainda estão muito distantes dos 128 milhões do Spotify, mas avisa que a indústria não pode seguir este caminho sem estar ciente dos perigos.

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