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Ex-Visceral diz que os jogos de terror são difíceis de vender e caros de fazer

As pessoas pedem-nos, mas não os compram.

O fecho da Visceral Games deixou os fãs do estúdio abalados, não só pelo que isso representa para o jogo de Star Wars que estava a desenvolver, mas também pelo futuro da série Dead Space.

O projecto de Star Wars continuará a ser desenvolvido por um outro estúdio da Electronic Arts, mas o encerramento da Visceral provavelmente significa que Dead Space morreu com o estúdio. Especialmente numa altura em que as editoras parecem afastar-se dos jogos singleplayer para se focarem nas experiências para vários jogadores.

Zack Wilson trabalha agora na Bethesda, mas trabalhou como Level Designer na Visceral e falou sobre o porquê da série se ter afastado do terror e afirma que não nos devemos preocupar com o fim dos jogos singleplayer.

"A ideia que os jogos lineares singleplayer vão desaparecer é totalmente absurda," diz Wilson.

"A EA pode não ser a companhia que carrega essa tocha, mas existem muitos outros grupos apaixonados por este tipo de jogo e não vão desaparecer. Pessoalmente, gostaria de ver menos jogos mas com mais qualidade, algo que provavelmente acontecerá."

A respeito da série Dead Space, Wilson diz que desenvolver um jogo de terror é caro e que são difíceis de vender aos jogadores. Para o ex-Visceral, até podem pedir destes jogos, mas poucos os compram.

"O survival horror é difícil. No geral, os jogos de terror são caros de desenvolver e difíceis de vender. As pessoas diziam-nos que adoravam Dead Space mas não os compravam porque eram demasiado assustadores."

Foi por razões como esta que a Visceral decidiu afastar-se do terror no terceiro jogo, virando-se mais para a acção, algo que não agradou aos fãs da série.

"Não podes vender jogos a um mercado que quer que existam mas não os quer comprar. O processo de gerar projecções - que a EA usa para estabelecer orçamentos de publicidade e avaliar o sucesso - é incrivelmente opaco, penso que a maioria dos estúdios o acha frustrante. Não podemos traduzir a nossa paixão para uma folha de apresentação."

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Bruno Galvão

Redator

O Bruno tem um gosto requintado. Para ele os videojogos são mais que um entretenimento e gosta de discutir sobre formas e arte. Para além disso consome tudo que seja Japonês, principalmente JRPG. Nós só agradecemos.

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