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Editora indie Espanhola fecha portas e directores fogem com o dinheiro

Criadores não sabem se vão conseguir acabar os jogos.

Parece algo vindo de uma telenovela, mas a verdade é que a indústria dos videojogos em Espanha está perante um inesperado acontecimento que poderá abalar as suas fundações.

Os Espanhóis descobriram que uma das suas principais editoras indie fechou as portas e que os seus directores fugiram com todo o dinheiro que tinham, deixando os criadores na incerteza sobre o futuro dos jogos que estavam a desenvolver.

Além do desaparecimento dos directores da editora, chamada Sindiecate Arts, o ElConfidencial fala ainda de funcionários que trabalhavam sem contractos e sem receber ordenado.

Segundo avançado, Fernando Ortega e Claudia Ancajima fundaram a Sindiecate em 2016 e recrutaram Edu Verz que trabalhava em Nongünz. No entanto, as ambições de se tornarem numa Devolver Digital Espanhola começaram a tremer quando surgiram problemas com as versões de consola do jogo e não recompensaram devidamente Edu Verz pelo sucedido.

Enquanto espera pela resolução do problema e de uma indemnização de 60,000€, Edu Verz começou a trabalhar em Damnview com a sua equipa. No entanto, segundo relatos de funcionários, os donos da editora tentaram descobrir se conseguiam terminar Damnview sem Verz, algo que lhe foi comunicado pelos colegas e aumentou a tensão na companhia.

Os funcionários marcaram uma reunião com os directores para resolver problemas como o ambiente tóxico, trabalhar sem contracto ou o estatuto ilegal de alguns freelancers. A reunião não correu pelo melhor e até surgiram ameaças de morte quando os directores negaram todas as queixas.

A Sindiecate concordou em permitir que Damnview fosse lançado por outra editora, mas exigiu uma percentagem das vendas para pagar o investimento que já tinham feito no jogo e marcaram um mês de férias para todos.

Passado esse mês, a direcção informou todos os funcionários que não precisavam voltar ao trabalho pois tinham-se despedido, o que não é verdade, não sendo obrigada a pagar qualquer compensação.

Agora, os funcionários abriram vários processos legais para obter mais de 30,000€ em indemnizações e ordenados que não foram pagos, enquanto os dois directores foram para o Peru e estão incontactáveis.

Este lamentável caso está a dar que falar pois revela as severas falhas que ainda existem na indústria Espanhola, que agora tenta procurar um caminho para descobrir as necessárias melhorias.

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