EA não se manifestará publicamente sobre as leis do aborto
Não falará de todos os assuntos publicamente.A Electronic Arts avisou os seus estúdios que não se manifestará publicamente sobre as leis do aborto pois acredita que não é preciso manifestar-se publicamente sobre todos os assuntos e que existem melhores formas de ajudar os funcionários.
Segundo avançado pelo Kotaku, a EA defense que ser uma companhia inclusiva significa ser inclusiva para todos os pontos de vista e prefere criar círculos de cura para ajudar os seus funcionários. No entanto, não especificou o que são círculos de cura.
Questionada se não está a pensar juntar a sua voz à das outras companhias que já se manifestaram publicamente contra a decisão de mudar as leis do aborto nos Estados Unidos ou direitos transgénero, um representante da EA disse que não é o seu papel pronunciar-se sobre tudo o que acontece na vida.
Mala Singh, do departamento de pessoal na EA, respondeu que a companhia só falará publicamente quanto isso tiver um verdadeiro impacto positivo e que esta é uma perspetiva consistente para todos os mais de 13 mil funcionários em todo o mundo.
"Existe imensa divisão no mundo de hoje, sabemos isto, certo, vemos isto todos os dias, mas o que nos une é que estamos todos aqui para criar jogos e experiências espantosas para os nossos jogadores e é assim que podemos ter o maior impacto positivo no mundo," disse Singh na reunião com os funcionários.
"Estas coisas são difíceis e são pessoais e todos temos as nossas perspetivas e por vezes não falaremos e isso poderá incomodar e eu entendo isso, a sério."
Recentemente, a EA patrocinou uma publicidade na qual são denunciados os esforços de Greg Abbott, governador do Texas, contra a comunidade LGBTQ+. No entanto, essa publicidade, colocada no jornal Dallas Morning News não foi divulgada a nível mundial pela companhia.
Singh diz que os líderes da EA pensam muito sobre estes assuntos e têm em conta as várias perspetivas e agem de acordo com os melhores interesses das comunidades de acionistas, jogadores e funcionários.