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E3 2010

Sem novas consolas domésticas no horizonte mandam os periféricos e o corpo.

Faltam poucos dias para começar a E3, a maior feira dos videjogos que tem lugar anualmente na cidade de Los Angeles, distrito da Califórnia e que serve de montra e rampa de lançamento para produtos, jogos e aparelhos tecnológicos evoluídos que muitos de vós irão nutrir interesse por adquirir assim que forem colocados no mercado. Para já esperam-se anúncios, muitas novidades, entrevistas, demonstrações de jogos e primeiros contactos, alguns deles num estado de desenvolvimento compatível com lançamento para o próximo Natal (o bíblico). Baldes de informação suficientes para perceberem como será a táctica para a temporada que se avizinha. Oferta de toda a espécie. Um frenesim para viver numa mão cheia de dias.

No entanto, este ano há algo que parece querer escapar a um ciclo que vinha imperando em espaços de tempo relativamente apertados. Numa altura em que caminhamos para o fecho de um ciclo de cinco anos iniciado com o lançamento da Xbox 360, a primeira das consolas da nova geração, aquilo que deverá ser o principal chamariz da Microsoft para esta E3 será o Natal. A Sony deverá colocar o Move em cena, exibindo uma produção bem trabalhada e da Nintendo aguardam-se por novidades sobre o “vitality sensor”, um aparelho que Iwata anunciou na E3 passada e do qual nada mais se soube.

Até onde chega o Natal é algo que se quer ver desvendado no decurso da E3.

Ou seja, a perspectiva de uma ruptura com o actual modelo de sistemas domésticos deverá ter lugar ao nível da interacção e só talvez dentro de dois ou três anos chegue o tempo de organizar um pulo em direcção a novos sistemas. Por um lado esta aproximação aos periféricos e sistemas de controlo baseados no movimento sedimenta que a aposta da Nintendo foi um sucesso (mais pessoas de todos os segmentos etários seduziram-se pela Wii, uma máquina concebida para agradar à família) e que as concorrentes Sony e Microsoft estão dispostas a fazer tudo para partilhar esse mercado menos convencional para o tradicional modelo de videojogos que vinha sendo desenvolvido até à Wii. Por outro lado os fabricantes de consolas criam um espaço de manobra até à próxima fornada de sistemas e facilitam os interesses de muitas editoras e produtores ainda dispostos a percorrerem um longo caminho com a actual geração de sistemas.

Uma ruptura é sempre um processo complexo e implica acrescentar elevados recursos que nem todas as editoras têm em mãos. Basta atentar na primeira fornada de jogos que acompanha um sistema no seu lançamento. Salvo raras excepções nenhum produtor trabalha com o máximo da tecnologia ao dispor e por isso os jogos da antiga e da nova geração ainda se equivalem em demasia. O risco de uma nova máquina implica avanços lentos e cautelosos por contraponto à fase actual em velocidade cruzeiro, sobretudo em uma fase dominada por alguns grandes lançamentos no ano, ombreáveis com as produções mais caras de Hollywood, e uma esmagadora maioria de jogos fabricados a menor custo. Basta salientar que no Japão a respectiva indústria tem dificuldades em acompanhar a produção galopante ocidental, sobretudo a dos grandes orçamentos com dinheiro para produção, publicidade e televisão.

Neste cenário de estabilidade de plataformas, com diferenciação e com condições de acesso conhecidas e semelhantes para os programadores o esforço continuará na forma mais tradicional, com produtos e uma oferta capaz de rentabilizar os custos de desenvolvimento, tendo, por alternativa o aliciante do mercado dos jogos em movimento. Para a Microsoft será essencial definir e revelar o trabalho de casa, ao contrário da Sony que está uns furos mais à frente depois de já ter exibido, de forma convincente, algumas das produções para o periférico Move.

Imagem falsa da 3DS e seguramente o resultado final será uma surpresa.

No patamar dos jogos portáteis esperam-se mudanças sobretudo pela provável revelação da Nintendo 3DS e por aquilo que poderá acrescentar em diferenciação para a oferta encontrada nos sistemas da Apple, gradualmente em crescendo e uma determinada ameaça para o mercado até há pouco tempo dominado pela DS e PSP. A Sony não deverá ficar atrás da evolução tecnológica e talvez aproveite o evento para confirmar o desenvolvimento de uma PSP2.

Este ano Avatar causou uma autêntica romaria às salas de cinema. Ninguém ficou indiferente ao filme de James Cameron Não é que o filme em si seja uma obra referencia. O ponto que realmente acrescentou novidade e seduziu sobretudo os espectadores foi a utilização da tecnologia tridimensional e como esta se perfila como factor de progressão e evolução para o cinema, deixando o espectador praticamente diluído na acção. A transposição da tecnologia para os jogos é um passo natural. Pela experiência acumulada no fabrico de televisores a Sony quererá mostrar alguma iniciativa neste âmbito. Sendo, no entanto, um segmento pouco explorado o avanço na tecnologia 3D será mais cauteloso. Os utilizadores mudaram há pouco tempo da normal para a alta definição, não sendo sensato pensar que os mesmos estão imediatamente dispostos para equipar o antro de jogos com um novo televisor adaptado para correr a tecnologia.

Por isso entre jogos nos moldes tradicionais, muitos deles revelados antes da feira, deverá ser à volta das iniciativas para os novos periféricos e respectivas comunidades que passará uma boa parte da E3, sendo de admitir que outras soluções compatíveis com as actuais plataformas enquanto centros polarizadores possam causar surpresa, e esperar o que chegará com a 3DS.

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Sobre o Autor
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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.
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