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Drake: Among Uncharted

O início do maior trunfo da era HD da Sony.

Nas ruínas de uma antiga civilização na América do Sul, a dupla descobre que El Dorado é uma estátua gigante de ouro e não uma cidade como as lendas contavam. No entanto a dupla vê-se face a dois enormes contratempos, a estátua foi movida há muito tempo atrás pelos Espanhóis e um arqueólogo chamado Gabriel Roman acompanhado pelos seus mercenários liderados por Atoq Navarro surge para cobrar uma dívida a Sullivan. Isto acontece logo após a dupla descobrir mais dois elementos que certamente intrigaram todos os jogadores, a presença de um submarino Alemão encalhado no meio da selva Amazónica no qual os cadáveres da tripulação surgiam juntamente com moedas antigas espanholas e uma página do diário de Sir Francis Drake a apontar para uma ilha no Pacífico.

Encontrar um submarino no meio de uma selva já era por si só intrigante, descobrir uma tripulação morta em circunstâncias misteriosas ainda mais e aqui o jogo mostrava sem quaisquer inibições as suas inspirações. Arqueologia, artefactos antigos, selva, exploradores, presença de nazis, e ainda o bom humor faziam-nos crer que estávamos perante uma elegante adaptação de Indiana Jones para os videojogos. Até chegar a este ponto, o jogador tinha passado a maior parte do tempo no que pode ser considerada a faceta de jogo de aventura da experiência.

As intenções cinematográficas passavam por um ritmo alto e cativante.

Com uma jogabilidade intuitiva e altamente fluída, muito para lá do que o trailer inicial chegava a sugerir, o jogo ia-se tornando familiar nas mãos do jogador que ia a todos os momentos sendo arrebatado com uma beleza visual ímpar. Escalando paredes e subindo por desafios simples mas interessantes, a sensação de uma real aventura era alta e emocionante. Por esta altura também já o jogador tinha tido contacto com os puzzles do jogo que sendo de tom variável, no sentido da medida em que abrangiam o cenário, eram bastante simples. A intenção era clara, a de nunca comprometer o ritmo de jogo e não enveredar pelos enormes e expansivos puzzles de Tomb Raider. Tudo altamente cinematográfico como ditaram as motivações na abordagem a esta nova consola com todo um novo potencial.

Para desbravar caminho face aos piratas liderados por Eddy Raja, um velho rival de Drake, o jogador conheceu a faceta de acção de Uncharted. Uma experiência altamente reminiscente de Gears of War da Epic que por aquela altura reinava com distinção na máquina rival da Microsoft. Assente numa mecânica de uso de pontos de cobertura, as secções de acção de Uncharted eram também intuitivas e fáceis de assimilar. Alternar entre armas estava à distância de um toque em tempo real, e acertar em pontos-chave como a cara podia eliminar os inimigos com um tiro. Isto foi mesmo alvo de recompensa quando os Troféus PlayStation 3 foram mais tarde implementados no jogo. Dando real valor ao seu estatuto de McGuyver da exploração, Drake não se deixava intimidar quando ficava sem balas, os seus punhos e pontapés deitavam abaixo qualquer adversário que se visse face ao pressionar ritmado dos botões por parte do jogador. No entanto uma abordagem inconsciente não era premiada, Drake é humano e investir furiosamente para uma chuva de balas poderia provar-se como mortal.

Estas duas facetas da experiência funcionavam em perfeita sintonia e os segmentos iam-se encadeando com bom ritmo e um jogo cheio de personalidade ia-se formando perante nós. Ao chegar à ilha no Pacífico, Drake não tinha agora a companhia de Sullivan, que julgava morto pelas mãos de Roman. Agora, novamente ao lado de Elena, que o salvou do arqueólogo, começava mais uma etapa na caça ao tesouro numa ilha que não fossem os piratas aos tiros seria verdadeiramente paradisíaca. Pelo meio o jogo deu-nos secções diferentes da maior parte, como quando Drake controla uma metralhadora na parte de trás de um jipe conduzido por Elena que rasga pela selva para fugir aos piratas, e uma outra na qual conduzimos uma mota de água para entrar nas partes mais interiores da ilha.

Drake veio ainda introduzir uma nova moda no uso das camisolas.

Entretanto toda a interacção entre personagens vai-nos lembrando novamente as mais conhecidas experiências de aventura de outros meios. Os diálogos entre o personagem masculino e a personagem feminina faziam-nos viver uma experiência credível e os mesmos iam ganhando uma personalidade própria que os fazia crescer dentro de nós. A habitual relação de insinuações e "namoriscos" que ficavam no ar fruto de duas pessoas que não se queriam comprometer pois estavam juntos por algo diferente mas que obviamente não conseguiam disfarçar um crescente interesse um pelo outro, deixando no ar o necessário romance por entre toda a aventura que dava aquele pequeno toque mais humano aos protagonistas.

Por estas alturas, o jogador debatia-se com mais um mistério introduzido e direccionado para o jogo de emoções, ou pelo menos na tentativa de humanizar o enredo. Sullivan não estava morto, pelo contrário. Drake tinha visto o seu companheiro de aventuras a trabalhar em conjunto com Roman e isto naturalmente mergulhou a personagem numa série de dúvidas que não viria a sossegar até o encontrar. Desbravando caminho ao lado de Elena, os três iriam voltar a se reencontrar e após explicadas as razões e o sucedido, a dupla de caçadores de tesouros iria finalmente voltar a trabalhar em conjunto e se com Elena as secções de aventura eram realçadas, com Sullivan os tiroteios subiam de tom e frequência.

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Sobre o Autor
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Bruno Galvão

Redator

O Bruno tem um gosto requintado. Para ele os videojogos são mais que um entretenimento e gosta de discutir sobre formas e arte. Para além disso consome tudo que seja Japonês, principalmente JRPG. Nós só agradecemos.

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