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Dragon Age II

Um passo para a frente e dois para trás.

O mesmo problema acontece nas side-quests, em que os mesmos cenários são sempre reutilizados. Sempre que entrarem numa caverna (ou outro sítio), a caverna terá sempre o mesmo aspecto e mesmo mapa, e assim por em diante. Até o local onde os inimigos aparecem é o mesmo. Chega-se a ponto em que isto torna-se cansativo e desta forma perde-se alguma da vontade para realizar as side-quests que Dragon Age II oferece.

A Bioware habituou-nos a uma boa dose diálogos e Dragon Age II não é excepção. As escolhas das falas no diálogo mudaram ligeiramente. Quando chega a altura para Hawke falar surgem normalmente três opções (há casos em surgem mais): uma "boa", uma "engraçada/irónica" e uma "má". Em suma, está mais parecido com Mass Effect. Conforme as nossas escolhas/decisões, iremos ganhar a amizade ou rivalidade dos nossos companheiros. O influência desta característica estende-se até ao combate, os nossos companheiros ganharão benefícios se tiverem a nossa amizade ou rivalidade.

Uma novidade que certamente não irá agradar aos mais dedicados ao género é a impossibilidade de alterar a armadura dos nossos companheiros, algo que dava para fazer em Origins. O equipamento que podemos mudar em Dragon Age II são as armas e os anéis e amuletos. Outra ligeira modificação passa pelas características do armamento, em Origins havia desvantagens e vantagens (por exemplo: + 10 de ataque e -5 de defesa), e agora apenas existem vantagens.

Ao bom estilo da Bioware, os nossos companheiros são personagens interessantes e fazem com que nos preocupemos com eles. Outra semelhança herdada de Mass Effect (Mass Effect 2 mais precisamente) são as missões para ajudar os nossos companheiros (ou missões de lealdade). Dando seguimento à tradição, é possível envolvermo-nos em relações amorosas. Isto é uma questão de opinião pessoal, mas senti-me mais envolvido com as personagens de Dragon Age 2 do que em Origins.

Um trailer que prometia imenso, é pena que o jogo fique aquém...

As Skill trees já não obrigam o jogador a gastar os preciosos pontos ganhos na subida de nível em habilidade que provavelmente nem irão usar. Em vez de assumirem um formato linear, as Skill Trees têm uma forma semelhante a uma teia que de certa forma nos deixa moldar como queremos evoluir as personagens. Adicionalmente, existem especializações que dão acesso a novas Skill Trees. Em Mage (classe que escolhi) é possível duas destas três – "Blood Mage", "Force Mage" e "Spirit Healer". Para contrastar, não é possível escolher especializações para os nossos companheiros. Na verdade cada um deles tem uma especialização, mas ao longo do jogo não é possível escolher mais.

É quase preciso uma lupa para verificar a melhoria em gráficos e detalhes de Dragon Age II em relação ao seu antecessor, que continuam a não ser nada de especial, mas o objectivo da Bioware com esta série nunca foi impressionar o jogador a nível visual. No entanto a nível de desempenho tem alguns problemas incomodativos. Na versão Xbox 360 (a que foi analisada) os loadings são longos e quebras na framerate e breaks tendem a acontecer principalmente nas zonas com mais acção e quando o jogo está a transitar para uma cinemática. Poderão tentar suavizar os problemas ao instalarem o jogo no disco.

Dragon Age II começa com uma forte promessa de que consegue superar o seu antecessor, mas quanto mais jogava mais desiludido ficava. É menos épico, mais repetitivo e menos variado. A única coisa que está realmente melhor é o combate, porque de resto é um jogo inferior a Origins. A história mantém o jogador preso ao jogo porque está estruturada com essa função, dá a sensação que algo de especial irá acontecer, e quando se chega ao final do jogo fica-se insatisfeito porque sentimos que fomos enganados. Ao contrário de Mass Effect 2, que elevou e melhorou a série, Dragon Age 2 regride, é claramente um passo para trás. Continua a ser um bom RPG, com algumas falhas, e muito semelhante ao primeiro, mas se estão a pensar em iniciarem-se na saga Dragon Age, comprem Origins.

7 / 10

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In this article

Dragon Age II

PS3, Xbox 360, PC

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Sobre o Autor
Jorge Loureiro avatar

Jorge Loureiro

Editor

É o editor do Eurogamer Portugal e supervisiona todos os conteúdos publicados diariamente, mas faz um pouco de tudo, desde notícias, análises a vídeos para o nosso canal do Youtube. Gosta de experimentar todo o tipo de jogos, mas prefere acção, mundos abertos e jogos online com longa longevidade.
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