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DiRT Showdown - Antevisão cheia de destruição

Já jogámos o novo DiRT que promete revitalizar o género.

Destruição, velocidade, adrenalina e descaso para com os estragos nos veículos, é o que a Codemasters promete para o novo jogo da série DiRT. O anúncio de DiRT Showdown foi muito bem recebido pela comunidade de jogadores, principalmente porque coloca a série DiRT noutro prisma, considerado como um projeto fora da lei da Codemasters. Diferente dos outros jogos, DiRT Showdown leva o jogador para as arenas, para as corridas onde a destruição é a essência da vitória. E no meio deste caos total, muitas vezes ser vencedor não é o que mais dá pica.

O género tem sido revisitado por muitos outros jogos, mas nenhum conseguiu retirar a sensação de saudosismos ao velhinho Destruction Derby, do mítico estúdio Reflections e editado pela Psygnosis (agora SCE Studio Liverpool). Quem jogou os originais da série, reconhecerá que DiRT Showdown bebe muito do clássico, principalmente pela sua direção artística. É impossível não olhar para DiRT Showdown e não pensar em Destruction Derby, e isso é um excelente sinal.

A versão de antevisão que nos chegou à redação permitiu-nos correr em cinco eventos, onde a estrutura de progressão não varia muito do formato de DiRT 3. Estes cinco eventos encontram-se dentro do primeiro nível de eventos, sendo que cada nível tem doze eventos e existirão quatro níveis na versão final. Sempre que concluirmos um nível, temos acesso ao último evento, o Showdown. Nos eventos disponíveis pudemos experimentar o Demolition, Race e Hoonigan Gymkhana.

Uma das particularidades da série DiRT, é a possibilidade de podermos correr em eventos tão dispares. Podemos correr em provas onde o rali é rei e senhor, mas também tem introduzido outras modalidades, como a já famosa Gymkhana, onde o único objetivo é acumular pontos por fazer acrobacias e derrubar determinados objetos. Não esquecer também que aqui temos muitas vezes competições de 1 vs 1, aumentando ainda mais a adrenalina e stress da prova.

Mas é nas provas de confronto direto que DiRT Showdown se revela um mimo. Apesar de apenas termos acesso a cinco eventos o vício foi tal que quando acabou tive que completar os eventos todos para ficar com os melhores pontos e posições possíveis. O jogo é direto, rápido e visceral. Este último aspeto revela-se fundamental na zona das arenas, chamado aqui de Demolition. Aqui tivemos a oportunidade de jogar em duas arenas, uma onde a rampa de lançamento nos leva para uma arena suspensa, e outra onde é mais um fosso, sendo que somos lançados aos "cães" sem piedade.

DiRT Showdown poderá parecer à primeira vista um jogo sem compromisso, onde a destruição reina. Esta abordagem inicial levará a que se fiquem pelos últimos lugares, principalmente nas arenas. A IA é renhida e nunca perdoa. Antes de cada prova terão que ter bem em mente quais são os embates que causam maior pontuação, sendo esta a batuta para escolher o vencedor. Nas arenas existe um tempo limite, uma barra de energia onde mede os nossos estragos e ainda o boost para podermos aplicar o golpe de misericórdia. Estes últimos dois também estão presentes em todas as outras provas. Como referido a destruição, nossa e dos adversários, é constante e se a barra de destruição chegar ao fim, iremos reiniciar o veículo.

Ainda nas arenas, a pontuação de cada embate varia de acordo com a velocidade, local do embate e as acrobacias que os carros fazem. Retirar um carro da arena suspensa e fazendo com que ele caia, dará uma enorme pontuação, mesmo que isso não o faça destruir. Por outro lado, temos acesso a uma maior pontuação se formos nós a dar o golpe de misericórdia ao adversário,. Por isso temos que estar sempre atentos à barra de energia que se encontra colocada por cima de cada carro. Mas DiRT Showdown privilegia a destruição, por isso não vale a pena estarem sempre a fugir para tentar bons golpes, pois irão antes ver os adversários a somar rapidamente mais e mais pontos.

O modo Race (corrida) é super-interessante, principalmente no circuito em 8, onde existe um cruzamento monumental, em que fechar os olhos e rezar para não sermos abalroados poderá ser a melhor tática. Aqui o objetivo é ficarmos pelo menos no pódio, extremamente necessário para podermos desbloquear os próximos eventos.

Os veículos são na sua maioria fictícios, sendo que para já é apenas possível jogar com o Ford Fiesta de Ken Block. Este último será usado para a Hoonigan Gymkhana, onde temos o famoso piloto como adversário. Mas também estão confirmados outros carros reais, como os Minis, Mustang e Subaru. Todos os outros são carros retirados da maior ficção de destruição, alguns lembrando os velhinhos Dodges, mas aqui todos artilhados. Por cada evento e objetivos cumpridos iremos ganhar dinheiro para podermos comprar novos carros ou comprar melhorias para os que já temos. Na sua maioria os carros são carne para canhão. Não existe aqui preocupação de estética, quanto mais duros, fortes e ágeis forem melhor.

Apesar da Codemasters elevar o seu motor de físicas e gráfico (EGO 2.0), certo é que a destruição dos veículos poderia estar melhor. Com isto não quero dizer que está mal, longe disso. O jogo é fantástico a este respeito, mas gostaria de ver mais peças e objetos a serem largados dos carros. Podemos deixar cair um para-choques, uma porta e pouco mais que isso. Por outro lado, os objetos ficam nos circuitos e arena, por isso temos que ter cuidado a passar por cima deles.

Graficamente está ao nível do DiRT 3, onde se realça a escolha das cores vibrantes e circuitos muito bem construídos e decorados. Onde parece ter havido um decréscimo de qualidade, talvez devido ao uso constante de imensos veículos em pista, é a qualidade das texturas, principalmente se estivermos perto de estruturas como muros e objetos de separação. Mas também é certo, se estiverem perto de um muro é mau sinal. Já os veículos estão muito bem retratados, com toda aquela festa em volta dos eventos Demolition Derby nos EUA. Podemos esperar ver carros com para-choques presos a fitas, portas que pouco ou nada protegem e pinturas de guerra. Pena é que tudo isto não seja possível personalizar.

As corridas são tudo menos um passeio de domingo.

"DiRT Showdown rapidamente conquistou a redação da Eurogamer Portugal, sendo um vício poder destruir os veículos em arenas."

No jogo final teremos direito a muitas mais coisas, como o modo multijogador, o ecrã dividido com amigos e os eventos de acrobacias. Não esquecer que podemos enviar para o Youtube os vídeos de repetição e como já é moda, podemos ainda recuar no tempo para podermos salvar aquele não muito bem feito embate. A este respeito, nos modos arena temos acesso a uma repetição cinematográfica de alguns embates, bastando para isso, quando ativado, pressionar o R1 (PS3). Pessoalmente achei que quebra um pouco a ação, mas é no fundo mais uma opção.

A Codemasters é agora um estúdio dedicado exclusivamente aos jogos de corrida e por isso não é de estranhar a criação da prometida Race Net, um serviço para os jogadores, onde pelo navegador de Internet teremos acesso ao nosso perfil como piloto, juntando todos os dados de todos os jogos de corridas do estúdio. Será também neste serviço que iremos poder cumprir com determinados desafios, participar em provas contra a comunidade de jogadores e ainda poder participar com os nossos amigos em cumprir objetivos para desbloquear conteúdos.

DiRT Showdown rapidamente conquistou a redação da Eurogamer Portugal, sendo um vício poder destruir os veículos em arenas. Momentos como levar com tantos carros em cima e fazerem de nós uma bola de pinball, são tão gratificantes como frustrantes. A Codemasters preparou um jogo que poderá retirar o desejo de um novo Destruction Derby, e que apesar de ser um género que possa cansar rápido, conseguiu incluir conteúdos e novidades que ajudam a que isso não aconteça. Da nossa parte só esperamos que o jogo final chegue rápido.

DiRT Showdown será lançado na Xbox 360, PS3 e PC dia 25 de maio, mas poderão contar com uma demo no dia 1 de maio.

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Dirt Showdown

PS3, Xbox 360, PC

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Sobre o Autor
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Jorge Soares

EG.pt Master of Puppets

Sempre ocupado e cheio de trabalho, é ele quem comanda e gere a Eurogamer Portugal. Queixa-se que raramente arranja tempo para jogar, mas quando está mesmo interessado num jogo, lá consegue arranjar uns minutos. Tem mau perder e arranja sempre alguma desculpa para a sua derrota, mas no fundo, é o que todos fazemos.

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