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DiRT 3

Kenny ali do bairro.

Outros dos pontos altos do jogo é o seu ambiente e a forma que as provas e troços estão recriados. Longe de querer ser fiel a algo real, nomeadamente na sua forma, o jogo recria com grande fidelidade os diversos ambientes que iremos percorrer. Quero enaltecer as provas no Quénia que são brilhantes na forma que estão construídas. O ambiente, a sensação de calor, o terreno, a beleza da condução com o pó de frente é algo digno de nota, e não esquecer que ainda podemos correr nas mesas zonas com diferente níveis atmosféricos. Podemos contar com chuva, dia, noite, neve e até nevoeiro serrado. No Quénia, como seria de esperar, a chuva está ausente, mas jogando de noite a sensação é completamente diferente da de dia, conferindo uma diversidade nos mesmos troços.

A condução de cada carro não pretende ser realista ou de simulador, mas é um meio termo que agradará a todos os jogadores. Os maiores desafios, como já referi, deverão variar perante uma maior dificuldade dos concorrentes, isto claro se formos bons pilotos. Sem ser um simulador, DiRT 3 dá um enorme gozo jogar. Os carros respondem na verdade às subtilezas da condução, dos diversos terrenos e pisos, embora pessoalmente ache que as pistas de neve deveriam estar com um grau de dificuldade superior. Mas no geral o jogo está muito bem conseguindo, havendo enormes diferenças de condução de veículos para veículos, principalmente na sua motorização, som(fantástico), bem como na dureza de condução de cada um deles.

Primeiros 15 minutos de DiRT 3.

Uma das novidades, é a inclusão da Gymkhana, enormes recintos prontos para podermos mostrar toda a nossa destreza a nível do drifting e dar espectáculo. Pessoalmente nunca fui muito adepto desta modalidade, olhando de lado para esta nova inclusão a DiRT 3, principalmente vendo o enorme foco que a Codemasters lhe deu. Na verdade o desporto motorizado está a perder as raízes clássicas, sendo cada vez mais um espectáculo. Os X-Games são cada vez mais famosos a nível mundial, e as habilidades de pilotos como Kenny Block, cabeça de cartaz de DiRT 3, fazem as delícias dos espectadores. É claro que isto já havia no passado, mas agora é tudo muito mais "universal" e mediático.

Na Gymkhana temos acesso a carros como o lindo e fantástico Ford Fiesta de Kenny Block, alterado para poder responder às exigências dos desafios. Na sua maioria teremos que fazer driftings, Donuts, que são voltas continuas sem parar de fazer drifting a um obstáculo, ou simplesmente fazer altos saltos ou destruir objectos. Estes desafios são muito difíceis de serem feitos, principalmente quando temos que fazer pontos para podermos progredir na carreira. Ligar drifting com saltos, com destruição de objectos e ainda Donuts, não é coisa fácil, ainda por cima teremos que manter um ritmo elevado para impressionar a audiência.

De salientar que nos modos Rally-cross o jogo cai drasticamente de frame-rate, isto na versão de teste, a PS3. Esta queda prejudica em muito a jogabilidade, não permitindo a calma necessária para podermos efectuar ultrapassagens mais directas e sem que tenhamos que ir contra os outros carros em virtude de não conseguirmos de certa forma controlar o carro. Isto acontece principalmente quando existem imensos carros à nossa frente, melhorando quando corremos sozinhos ou com apenas um carro na frente. Colocando isto de lado, as corridas de Rally-cross são excelente, com um grau de dificuldade bem à medida, que não nos deixa descansar até cortarmos a meta. Para dar um exemplo, numa prova no Los Angeles Memorial Coliseum, palco dos X-Games, numa prova de Rally-cross, terminei com as mão suadas de tanto nervosismo com o jogo.

Para aqueles que queiram jogar com os volantes, pessoalmente jogos de Rali para mim são jogados melhor com o comando, a não ser que tenham uma plataforma de jogo dura que permita as rápidas mudanças de direcção. Com as constantes trocas de caixa e de direcção o jogo torna-se demasiado "barulhento" jogado com um volante. Mas aqui residem as opções e hábitos de cada um. Por exemplo, no caso da Gymkhana, conduzo sempre com a vista de fora do carro, em tudo o resto é sempre dentro do carro.

Para além dos modos carreira, ainda podemos jogar em modos de ecrã divididos, onde podemos jogar no Rally-Cross ou nos troços normais de A a B. Estes modos também poderão ser jogados em modo multijogador online. Depois ainda temos acesso aos espaços de Gymkhana, como os modos Cat & Mouse, Invasion e Outbreak, sendo este último uma alusão aos famosos modos com zombies.

DiRT 3 é uma das agradáveis surpresas para este ano. Consegue reforçar tudo o que os seus antecessores tinham de bom, mas ao mesmo tempo volta a trazer a jogabilidade como o maior factor de sucesso. Não esquece as componentes sociais, como a possibilidade de podermos jogar em modo ecrã dividido na mesma consola, ou até mesmo podermos efectuar upload para a nossa conta do Youtube as nossas prestações. Com gráficos e ambientes extremamente ricos, ainda permite uma pitada de maluqueira com o fantástico sand-box que é a Gymkhana. Qualquer adepto de jogos de corridas terá aqui um dos melhores jogos na modalidade.

9 / 10

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In this article

DiRT 3

PS3, Xbox 360, PC

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Sobre o Autor
Jorge Soares avatar

Jorge Soares

EG.pt Master of Puppets

Sempre ocupado e cheio de trabalho, é ele quem comanda e gere a Eurogamer Portugal. Queixa-se que raramente arranja tempo para jogar, mas quando está mesmo interessado num jogo, lá consegue arranjar uns minutos. Tem mau perder e arranja sempre alguma desculpa para a sua derrota, mas no fundo, é o que todos fazemos.
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