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Diretor de Kingdom Come Deliverance 2 decide responder às "loucas acusações"

Diz que não há aqui nada que não está no primeiro.

Crédito da imagem: Warhorse Studios

Daniel Vávra, diretor criativo de Kingdom Come Deliverance 2, decidiu deixar uma série de mensagens na rede social X, através das quais responde às “loucas acusações” espalhadas sobre o jogo, mesmo que isso o force a partilhar detalhes do enredo do jogo.

Aparentemente cansado da negatividade que se formou em torno do jogo, após o alegado bloqueio do jogo na Arábia Saudita por conteúdo gay que o jogador é forçado a ver, Vávra diz que as coisas não são bem assim, pelo contrário, a maioria nem faz sentido.

“Não existem cutscenes que és obrigado a ver. Quem diz o contrário, nunca os jogou. Não fomos (nunca o fomos) banidos em qualquer país, pelo menos que eu saiba. Por muito que não goste de diversidade forçada, ninguém nos forçou a fazer nada, e não forçamos ninguém a fazer certas coisas.”

“Kingdom Come Deliverance já tinha personagens gay. Kingdom Come Deliverance é um RPG, tu és responsável pelas tuas decisões. Se queres que o Henry tente uma aventura do mesmo sexo, fica à vontade. Se não queres, não és obrigado. Todos os romances são (e foram em KCD1) puramente opcionais. As personagens estão perfeitamente cientes que era um pecado proibido.”

“O jogo decorre numa das cidades mais ricas da Europa, cercada por um enorme exército estrangeiro. É essa a razão pela qual a vida nessa cidade é muito mais diversa do que a vida nas aldeias que surgem no primeiro jogo. Musa veio até Bohemia com um exército invasor como membro da corte real do Rei Sigismund, que conheceu através do seu casamento na corte do Sultão Bayezid. É um nobre educado e um homem renascentista do Reino de Mali.”

“Ao mesmo tempo, Musa é uma figura muito estranha para o pessoal local da Bohemia, e muitas das situações à sua volta no jogo originam disto. Por isso, a sua presença faz sentido e cria imensas situações interessantes no jogo. A forma como ele fala e se comporta tem uma razão. Tudo o que é apresentado corresponde aos morais e normais sociais da Bohemia de 1403 e apenas está lá para criar uma história interessante, de forma alguma para apelar a uma ‘audiência moderna’.”

“Não queremos que Kingdom Come Deliverance 2 seja usado como clickbait por pessoas que nem sequer o jogaram. Alguns deles tornaram-se exatamente na mesma narrativa que pretendem combater. A qualidade de comportamento odioso é mesmo triste e vai prejudicar qualquer causa que lhe esteja associada.”

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