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Xbox 360 vs. PlayStation 3: Ronda 30

SHIFT 2, LEGO Clone Wars, Top Spin 4, Red Faction: Battlegrounds, MotoGP 10/11.

LEGO Star Wars III: Clone Wars

Xbox 360 PlayStation 3
Tamanho do disco 6.1GB 8.0GB
Instalação 6.1GB (opcional) -
Suporte Surround Dolby Digital Dolby Digital, 7.1LPCM

São só mudanças numa das mais adoradas séries dos videojogos. Apesar da Traveller's Tales ter experimentado com muitos diferentes ajustes na fórmula de jogo nos seus títulos LEGO ao longo dos últimos anos, a sua tecnologia de motor permaneceu bem estática – sempre procurando jogabilidade a 60Hz mas nunca o conseguindo consistentemente, apesar um estilo gráfico relativamente simplista que permite ao estúdio levar estes jogos para um vasto leque de diferentes plataformas.

LEGO Star Wars III marca uma grande mudança na fórmula – este é um jogo que parece explorar o potencial gráfico das consolas de geração HD, providenciando designs de nível mais ambiciosos com muito mais a decorrer neles. O aumento na qualidade visual comparado com anteriores esforços é bem impressionante e parece que este pode ser o início de uma nova era para a série.

Vamos começar os procedimentos olhando para o vídeo de comparação, no qual podemos ter uma ideia da escala das mudanças e como se parecem em ambas as plataformas.

LEGO Star Wars III: Clone Wars comparado na PS3 e 360. Carreguem no botão de ecrã completo para resolução 720p, ou carreguem na ligação em baixo para uma janela maior.

Como visto em lançamentos anteriores, LEGO Star Wars III mantém uma resolução nativa de 720p em ambos os formatos. Anti-asliasing também não sofreu alterações desde jogos anteriores: jogadores 360 tem 2x MSAA, enquanto que a PlayStation 3 tem que se safar com uma implementação de filtro de blur. Os odiados 'jaggies' não são um problema em qualquer uma das versões, mas vemos a versão PS3 a apresentar uma imagem mais suave à custa do blurring intrincado de detalhe. O facto de o anti-aliasing parecer ser feito em certas passagens na 360 acentua mais esta diferença – menos arestas recebem cobertura adequada.

Fora isto, não existe muito a separar os dois jogos. Detalhe de textura é igual, enquanto o filtro de texturas parece ligeiramente melhor na 360 em certas áreas, se bem que ambos os jogos parecem usar uma combinação de filtro bilinear e anisotrópico. Em outras áreas vemos o que parecem ser estranhezas gráficas menores ou erros de renderização – a estranha sombra ausente na 360, por exemplo.

Vamos para as várias mudanças no motor que fortalecem o aparato gráfico do jogo, e que podemos ver que houveram algumas sérias melhorias em jogo. O sistema de iluminação, por exemplo, foi enormemente melhorado, transformando o aspeto da série.

A construção dos ambientes de jogo também beneficiam de outras melhorias específicas. A complexidade das cenas foi dramaticamente aumentada, em termos de geometria, e juntamente com mapas de texturas de maior qualidade a sensação geral é de um jogo bem mais ambicioso nas suas definições, o número de personagens que podem colocar no ecrã e também a qualidade dos elementos básicos de arte. Sente-se como um jogo explicitamente desenhado para as consolas HD.

Existe um custo para todas estas melhorias. Os anteriores jogos LEGO procuraram uma atualização a 60Hz, que frequentemente falhava e tinha sério tear, mas ofertas mais recentes também apresentavam uma definição v-sync que mata os artefactos de tearing mas fixa o rácio de fotogramas nos 30FPS. Esta escolha desapareceu agora – o jogo fixa nos 30FPS como linha base, e pode mesmo descer abaixo disso.

Para aficionados dos 60FPS, a mudança pode ser desanimadora, mas é a escolha certa para a série. Latência de inserção nunca foi boa nos velhos jogos, e os controlos ainda se sentem com tanta resposta a 30FPS. O tearing foi muito reduzido, e blur de movimento baseado em objetos adiciona à fluidez do jogo. As melhorias visuais e a aumentada ambição nos cenários e visuais mais do que compensam o corte.

Análise de performance ao novo jogo LEGO confirma esse alvo de 30FPS e mostra uma pequena mas percetível vantagem na Xbox 360.

Como podem ver, os resultados da análise de performance são bem bons, com o jogo apenas a desviar-se ligeiramente do seu rácio de fotogramas alvo tanto durante cut-scenes ou em situações nas quais o motor é realmente colocado debaixo de stress. LEGO opera como muitos outros jogos de consola. Não existe tearing quando o rácio de fotogramas está nos 30FPS, mas quando cai, a v-sync é perdida. Felizmente a quantidade de vezes que isso acontece é bem mínima, se bem que nessas vezes é claro que o jogo Xbox 360 tem a vantagem.

Em conclusão, LEGO Star Wars III: Clone Wars marca a chegada de uma era para a série graficamente, enquanto se mantém na mesma divertido e fresco, novas ideias e o seu humor característico. Visualmente é bem parecido em ambos os formatos, se bem que o filtro de blur na versão PS3 sente-se um pouco brusco e impreciso, apagando uma quantidade significativa de detalhe.

Na finalidade, a maioria da audiência do jogo provavelmente não se vai preocupar com - ou sequer realmente notar - tais problemas, é escusado dizer que LEGO Star Wars III: Clone Wars é recomendado em ambos os formatos, mas para o adulto atento, a versão 360 ganha por um fio.