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Sony HMZ-T1 Personal 3D Viewer - Análise

Jogos 3D através de um visor.

No Digital Foundry gostamos de jogos em 3D, mas ainda não estamos convencidos quanto ao mecanismo de entrega - deixem lá os óculos, é a natureza dos ecrãs em si que nos causa problemas. A experiência de ir ao cinema e ter todo o teu campo de visão preenchido pela imagem 3D é de um nível de imersão bem distante do que vemos em casa, onde a tradicional 3DTV não consegue competir, parecendo quase como uma "janela com profundidade" no canto da sala.

A solução da Sony para este problema é uma das razões pelas quais adoramos a companhia - torna de bom grado aparelhos ultra-nichos, à prova de conceitos, em produtos de consumidor completos, sem importar o quão baixas as vendas provavelmente vão ser. O grandiosamente chamado HMZ-T1 Head Mounted Display coloca dois monitores 720p OLED de 0.7 polegadas a centímetros dos teus olhos, o objetivo sendo - segundo um relações públicas da Sony - emular a visão de um espantoso ecrã IMAX de 750ft a 6 metros de distância, oferecendo um ângulo de visão de 45 graus sem a necessidade de ter um projetor gigantesco.

São aclamações ambiciosas, sustentadas por algumas especificações impressionantes. Para além dos ecrãs OLED de alta qualidade, o headset integra headphones com som surround 5.1 simulado e vem com uma pequena caixa externa que gere todo o scaling e outras funções relacionadas com a imagem.

A agência de relações públicas da Sony contactou-nos e perguntou se gostaríamos de analisar o aparelho. Infelizmente, as unidades são caras, e o acesso foi restrito a um evento de imprensa onde tivemos apenas 45 minutos com o aparelho: não são as condições mais ideias de imaginar, mas o suficiente para nos permitir obter algumas impressões detalhadas que queremos mesmo partilhar convosco.

O HMZ-T1 é um ecrã que se coloca na cabeça, e que vem com um processador em separado que gere o sinal HDMI, sinal de passagem e possui um conector para o headset em si. A caixa também gere aspetos tais como upscaling, downscaling e outras tarefas relacionadas com o processamento de imagem.

O Set-Up

O HMZ-T1 está desenhado para ser integrado na composição home cinema da tua sala, e assume a forma de dois elementos distintos. Primeiro, temos o visor em si, que se liga a uma caixa separada - um pequeno aparelho que tem uma entrada HDMI. A ideia é que o processador é embutido no teu sistema permanentemente: quando não está a ser usado o visor, o sinal HDMI é enviado para a tua HDTV como habitualmente, com a caixa a agir como canal de passagem.

O processador não tem praticamente funcionalidades excepto uma segunda entrada que se liga diretamente com o headset 3D em si. Vale a pena ter em conta que o cabo entre o processador e o ecrã tem cerca de 3 metros de comprimento, o que é bem generoso, mas vais ficar restrito ao teu sistema home cinema até certo ponto.

Colocar o headset apresenta o próximo desafio - certificar que está corretamente posicionado. Tens que acertar nisto sem erros ou então a imagem não vai ser uniformemente apurada, e isto definitivamente afeta o nível de conforto na experiência de visão, porque mesmo um pouco de suavidade leva a desconforto após algum tempo. Apesar de poderem mover os ecrãs OLED uma pouco para a esquerda e para a direita, apenas conseguimos ter uma imagem completamente apurada ao usar o visor ligeiramente para a direita, um pouco mais acima. Com mais tempo para nos ajustarmos, isto poderia não ser um problema, mas duas cabeças não são iguais, portanto existe a distinta possibilidade que algumas pessoas não consigam ter uma imagem perfeita sequer.

O visor tem algum peso. Não é particularmente oneroso, mas podemos antecipar que cause problemas de fatiga após períodos extensos. A carga deve ser equilibrada entre a parte de trás da tua cabeça (com a fita sobre o topo) e a testa, com a frente a tocar levemente no teu nariz. A maioria da pressão vai para a tua testa, pois tens que deslizar a traseira do visor para a frente para o apertar. Para ter a melhor imagem e evitar que a unidade coloque demasiado peso no teu nariz, tivemos que apertar a fita um pouco.

Primeiras impressões

Assim que tudo estava em ótimas condições, arrancamos a PS3 e vimos um filme 3D antes de testar uma pequena coleção de jogos 3D. É claro que o headset oferece uma verdadeira experiência de grande ecrã - a imagem alargada, quase chegando aos limites da tua visão - apesar de ainda existir uma falha visível entre onde a tua visão começa a 'curvar-se'. Diríamos que a experiência é como olhar para um ecrã de cinema Odeon mais pequeno: impressionante, mas não exatamente IMAX.

Primeiras impressões da qualidade de imagem foram altamente favoráveis - e tudo deve-se aos ecrãs OLED de ponta integrados no visor. Para começar, os níveis de preto são soberbos - estamos a falar de profundidade de pretos ao nível CTR.

Existe alguma iluminação presente, mas não vimos nada, talvez excepto num Panasonic VT30 3DTV ou num Pioneer Kuro de topo que iguale isto - o visor não parece desligar os OLEDs individuais seletivamente quando gere os níveis de pretos (o que iria resultar numa verdadeira imagem true black para 'mais preto que o preto' enquanto permitia na mesma todo o tipo de sombras), mas seria de esperar que este aspeto precise de mais ajustes antes de se tornar viável para um ecrã de consumidor.

Motion handling também é bem gerido: o ecrã é 1280x720p nativos e claramente gera todas as linhas a 720. O conteúdo 1080 é downscaled e devido à visibilidade dos pixeis OLED não tens a sensação que todo o detalhe está a ser gerido, mas o que está lá é completamente gerado em movimento, sem tremores. A Sony não parece estar a utilizar qualquer interpolação 120Hz e não existe nenhum efeito óbvio de 'sample and hold' que tens nos ecrãs LCD.

O MHZ-T1 oferece-nos um vislumbre inicial da tecnologia HDTV. O ecrã OLED é espantoso, oferecendo pretos profundos facilmente tão bons quanto os vistos nos plasmas de topo. Com o visor 3D, dois ecrãs de 7 polegadas são posicionados apenas a um centímetro do teu olho.

Como os teus olhos estão tão perto dos ecrãs 720p, ficamos preocupados que pixeis individuais fossem bem perceptíveis comparado com um ecrã normal. Sim, são visíveis, e assim que os registares, vais ter uma tendência para os continuar a ver em pontos óbvios - assim que vistos, não podes deixar de os ver. São muito pequenos e apenas surgem realmente em conteúdo claro.

Dito isto, não pensamos que seja um problema nos jogos - que são inerentemente baseados em pixeis através do rendering - mas os filmes tendem a perder mais da sua aparência natural em termos de textura de filme: uma resolução nativa a 1080p certamente teria resolvido isto. Atualmente é como olhar para um ecrã a 720p num portátil (nas 14 polegadas ou aproximado) a um metro de distância.

A imagem é límpida e apurada, mas a estrutura pixel significa que as coisas não parecem ultra-apuradas numa forma que, digamos, o monitor 1080p faz. Diríamos que o monitor de 24 polegadas PlayStation 3D também era mais apurado (sim, foi adiado mas temos um e reconhecemos que é uma excelente peça - vamos analisá-lo mais perto do lançamento no Reino Unido). O visor certamente não se sente como estares a ver dois ecrãs OLED a um palmo de distância do teu olho - a experiência foi mais como olhar pelo viewfinder de uma câmara.

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Sobre o Autor

David Bierton

Contributor

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