Skip to main content
Se clicares num link e fizeres uma compra, poderemos receber uma pequena comissão. Lê a nossa política editorial.

Pode uma gráfica de 119€ igualar uma consola de nova geração?

Performance de títulos de lançamento comparada contra a Radeon R7 260X dá resultados surpreendentes.

Lançada um mês antes da Xbox One e a PS4 chegarem às lojas, a Radeon R7 260X é uma gráfica focada no valor que oferece firme competição às duas novas consolas. Essencialmente, é-nos prometida uma gráfica que pode oferecer resultados verdadeiros no calibre de nova geração a um terço do custo de uma nova consola - o preço está na ordem dos €119 no momento da escrita. Mas como se compara a gráfica com a experiência de consola a jogar Battlefield 4 ou Assassin's Creed 4: Black Flag? E podemos ir mais longe em termos visuais - obtendo na mesma os mesmos alvos de performance?

Primeiro, vamos falar sobre alguns pontos salientes da própria gráfica. A 260X é uma reutilização completa da Radeon HD 7790 que analisamos no ano passado, completa com o mesmo chipset Bonaire XT processado a 28nm (em si, a base do GPU XO) - mas agora com leves ajustes no relógio e um preço reduzido. As mudanças são fáceis de lista: temos um aumento no relógio de 10%, de 1GHz para 1.1GHz. De resto, o canal restritivo de memória a 128-bit mantém-se, mas a velocidade da memória sobre para 6.5GHz (comparada com 6GHz na 7790) significa que uma taxa de preenchimento de 102.4GB/s é agora possível - uma respeitável atualização sobre os 96GB/s da anterior gráfica.

em termos de funcionalidades, este refrescamento recebe todos os potenciais benefícios da interface Mantle da AMD que ainda não foi testada (uma alternativa ao DirectX que em breve terá suporte em BF4). Como bónus, a 260X chega com uma unidade de processamento de som TrueAudio dedicada, ausente nas irmãs 270X e 280X que são mais caras. Isto funciona de forma completamente independente das tarefas gráficas, permitindo aos programadores adicionar propagação, reverberação e masterização de som não possível na maioria das placas de som dos utilizadores.

O senão é que, apesar destes truques de processamento de som serem novos na 260X, o chip interno esteve presente e inativo todo este tempo na PCB da 7790 - uma gráfica lançada quase há um ano. Mas não vamos matutar nisso...

Fisicamente temos uma gráfica pequena, dual-slot, com 17.5cm, o que significa que apenas precisa de cobertura de uma só ventoinha para a frente de um arrefecedor aberto. Requisitos energéticos também são poucos e devem encaixar-se nas contas de qualquer um; precisa de um conector PCIe de 6 pinos, no qual o pico de consumo está nos 115W (uma subida dos 85W da 790 que tem um relógio mais lento). Sobre a conectividade temos todos os tipos de entradas que podes pedir: uma DVI-D, uma DVI-I, uma HDMI, e ligação DisplayPort. Entre estas opções. a resolução vai até 4K se possível - mas o prefixo R7 deve dizer-te que 1080p é o máximo pretendido para esta gráfica.

Pouca exigência no consumo é bom para o ruído e térmicos, e a 260X não falha. Não surpreende numa GPU que fica longe das grandes velocidades de relógio vistas na 290X que é o topo da AMD, a gráfica é silenciosa mesmo no pico de operação, e também é relativamente fria. Os sensores lêem 26 graus Celsius enquanto parada no desktop, por exemplo, enquanto a temperatura máxima durante os nossos testes Metro: Last Light em rotação foi de 80 graus. Nada mal, e um bom resultado que a coloca em boa posição numa comparação com as GPU das consolas de anterior geração.

Vamos aos testes e BF4 é o nosso primeiro para testar a 260X. Instalado num PC com um processador Intel i7-3770k a correr a 4.3GHz por núcleo, e 16GB de RAM DDR3, a maioria dos gargalos são removidos aqui ao correr o motor Frostbite 3. Isto deve, na teoria, dar-nos uma imagem clara do que esta gráfica consegue.

Corremos BF4 nas definições high para ter a comparação mais direta com as versões de consola. Esta pré-definição dá-nos a mesma oclusão ambiental horizontal (HBAO) vista na XO e PS4, e iguala os seus mapas de qualidade normal, sombras, e um grau similar de AA pós-processamento. Daqui, corremos o jogo a 1280x720 (resolução nativa da versão XO) lado a lado com 1600x900 (PlayStation 4), e outra para gameplay a 1920x1080.

"O teste 720p. vs. 900p vs. 1080p em Battlefield 4 revela que o full HD é demasiado, mas os resultados gerais revelam que a 260X oferece uma experiência muito aproximada da da versão PS4 do jogo do DICE."

Aqui enfrentamos BF4 numa comparação entre três resoluções diferentes - a GPU falha em conseguir os 1080p, mas gere bem os 900p usados na PS4. A resolução XO - 720p - é canja.Ver no Youtube

O resultado é esperado tendo em conta a restritiva taxa de preenchimento de 104BG/s. No final, 900p é o melhor encaixe imediato para a gráfica, onde o rácio de fotogramas mantém-se nos 60fps durante a maior parte do tradicional corre e dispara - com quedas esperadas nas peças programadas no nível Baku. Jogar a 1080p é demasiado nesta definição high, as quedas regulares para 45fps não a deixam ter a experiência suave no todo. Dito isto, ao baixar os efeitos pós-processamento e iluminação para médio reclamamos uns sólidos 60fps nesta resolução. É um ajuste que vale a pena, tendo em conta que a inferiorização nestas áreas nem sempre é prontamente aparente. No entanto, não é tão suave quanto optar por uma resolução mais baixa.

Com isto em mente, temos a GPU a correr BF4 a 900p - para igualar a versão PS4 - numa comparação direta com ambas as novas consolas. As definições gráficas ficam novamente em high com a v-sync ativa, e os resultados são vistosos. Em áreas de florest densa, a PS4 tem uma vantagem marginal, enquanto a 260X fica a 55fps e a XO atrás nos 50fps. Isto tudo muda durante confrontos, onde vemos a GPU de €119 a bater ambas as novas consolas durante gameplay em áreas abertas que culminam numa explosão gigante. Isto faz com que as duas consolas desçam bem abaixo da linha dos 60fps, enquanto a 260X apenas perde alguns fotogramas.

Este rácio não se aguenta durante uma cutscene que envolve um edifício a cair, na qual a 260X desce abaixo da consola Sony a 40fps. No entanto, esta é uma sequência rara pesada em efeitos na grande fatia do modo campanha, onde o fluir geral do jogo está em média mais perto da linha do 60fps. Também se nota que a correr em high temos uma distância superior de LOD para objetos pequenos do que aquela que é possível na PS4 - e sem real penalidade na performance.

Menos espantosa é a performance em Need for Speed: Rivals. Escolhemos correr a full 1080p desta vez para igualar as duas versões de consola, e a qualidade de iluminação, reflexos e efeitos em ultra, com HBAO. O único contra aqui é que, tal como as versões PS4 e xO, a versão PC está fixa nos 30fps por pré-definição. Pelo lado positivo não existe uma só queda abaixo deste número mesmo com o jogo completamente no máximo, dando-nos uma leitura monótona.

"Ao longo de 4 jogos multi, a 260X fica bem perto da XO e PS4 - e até melhor em algumas áreas - falhando apenas em Call of Duty: Ghosts."

Gameplay na 260X comparada diretamente com a PS4 e XO. Aqui jogamos BF4, Rivals, e COD: Ghosts e Assassin's Creed 4 - usando as definições o mais aproximadas o possível das versões de consola.Ver no Youtube

No entanto, com o bloqueio de Rivals não temos perspetiva de quanta vantagem o jogo está a correr. Para desbloquear o rácio de fotogramas, correndo o risco de alterar o motor de física do jogo, inserimos "-GameTime.MaxSimFps 60 -GameTime.ForceSimRate 60.0" na caixa de propriedades do título. Com o jogo na sua definição mais alta, 45fps acaba por ser o rácio que temos quando desbloqueado, enquanto baixar para a definição baixa dá-nos algo na região dos 55-60. No entanto, as quedas severas para s 40s em áreas mais movimentadas mostram que a 260X não foi feita para este rácio de fotogramas a 1080p.

É uma história similar para Assassin's Creed 4: Black Flag, com o seu próprio notório bloqueio a 30fps a manter os nossos resultados em sintonia com as versões PS4 e XO. Aqui temos as definições de ambientes, texturas, sombras e reflexos em high, com SMAA para igualar o pós-processamento das consolas, e também SSAO. Aumentar os raios de luz acima da qualidade baixa causa quedas regulares para 20fps - e o mesmo para um aumento na HBAO+ - significando que nos afastamos das duas para alcançar um refrescamento predominante a 30fps. A 1080p existem apenas quedas ocasionais durante batalhas navais, mas correr pela Abstergo Industries e cidades das Caraíbas não apresenta um só soluço. Sucesso!

O último é Call of Duty: Ghosts. Este é o que nos dá mais pena ao ajustar as definições para a 260X; muito devido ao jogo passar para um aborrecido ecrã de carregamento a cada pequena mudança, e também devido a parecer muito mal otimizado para PC. Comparativamente, as versões PS4 e XO usam filtro de sombras de baixa resolução, AA pós-processamento, SSAO ao invés da HBAO+ disponível no PC, e efeitos alfa inferiorizados.

Para a 260X, Ghosts fica por pré-definição nas definições baixas por todo, o que não é encorajador. Para chegar aos 60fps e igualar o nível de visuais da PS4, vamos para 1080p, o detalhe de terreno e mapa de texturas em high. Isto soa excessivo, mas acontece que tudo excepto isto dá-nos texturas esborratadas e de baixa resolução que ficam bem abaixo dos padrões das consolas de nova geração. Também ativamos 1x SMAA, e oclusão ambiental em high, mas assegurando que pelo dinâmico está desativado para evitar fortes quedas para 20fps.

"Com cuidada gestão das definições, esta gráfica de €119 pode na mesma produzir uma experiência visual agradável que se joga bem num jogo verdadeiramente exigente como Crysis 3."

Crysis 3 corre na casa dos 40-50fps na nossa 260X nas definições medium significando que 1080p60 está sempre fora do alcance. Para a experiência com melhor aspeto, o jogo corre pouco acima da marca dos 30fps quando as definições high estão ativas - significando que existe potencial para um rácio de fotogramas fixo.Ver no Youtube

O selecionador de "qualidade de imagem" do jogo também é uma verdadeira zona de perigo para esta gráfica. Isto essencialmente muda a resolução interna e converte tudo para o nosso sinal 1080p selecionado. Isto afeta em demasia a 260X, significando que ficamos entre a espada e a parede; ou o jogo parece demasiado suave, ou corre muito lentamente. É apenas na qualidade de imagem normal que podemos alcançar perfeitos 60fps, mas para alcançar verdadeira paridade com a nativa 1080p da PS4 simplesmente temos que escolher a definição extra para autêntica imagem full HD. É uma situação forçada que significa que a 260X apenas pode corer Ghosts dentro da marca dos 30-50fps.

Incidentalmente, passar para 1280x720 - para igualar o framebuffer nativo da XO - ajuda a este respeito. Ainda assim, isto não nos dá a boa resposta dos comandos que um shooter por impulsos merecer, 50-60fps é um alvo duro durante o nível Struck Down. Fortes quedas também são possíveis aqui, facilmente perceptíveis ao entrar na área do estádio para um tiroteio on-rails. Tudo resumido, é o único jogo dá dificuldades à 260X para igualar as versões PS4 e XO.

Radeon R7 260X: Crysis 3 e testes ao motor

Fora dos nosso testes cross-platform está Crysis 3. Aqui tentamos algo um pouco diferente para esticar a gráfica nos seus próprios termos, ao comparar os resultados na definição medium com uma sessão separada em high. Nenhuma fica verdadeiramente perto de um refrescamento perfeitamente estável a 60Hz, mas com um bloqueio a 30fps a 260X pelo menos é capaz de correr o jogo a 1080p sem quaisquer problemas. Novamente, vemos enormes ganhos na performance ao optar por baixar a resolução para 1600x900 e menor aqui - e novamente recorrendo a soluções pós-processamento para AA.

Passando para testes com outras gráficas na mesma categoria, descobrimos alguns achados interessantes: as melhorias na velocidade do relógio sobre a HD 7790 são perceptíveis, mas existe um claro fosso entre a 260X e a Radeon HD 7850 - uma gráfica ainda bem decente, e frequentemente disponível na casa dos €119 se encontrares uma loja online em limpeza de stock. Alguns dos testes mais pesados também são bem reveladores quanto à limitada taxa de preenchimento da largura de banda da 260X, portanto os testes aqui foram feitos tradicionalmente uma definição abaixo da máxima, o multi-sampling mantido num mínimo. Neste vídeo podem ver uma repetição dos nossos testes, desta vez com tudo no máximo - e vamos dizer que não é algo bonito de ver. Apesar de existirem claros compromissos nestas definições reduzidas, a qualidade geral de imagem é na mesma um par relativamente bom - por necessidade, todos os jogos PC são construídos com a capacidade de conversão em mente e é bom que até mesmo uma gráfica barata possa na mesma oferecer uma boa experiência, mesmo em jogos bem exigentes.

"No geral, escolher uma definição abaixo da máxima e reduzir nas dispendiosas opções anti-aliasing produz bons resultados a 1080p."

Jogos com MSAA ou SSAA - tais como Hitman: Absolution ou Metro Last Light - têm dificuldades para se erguerem acima de 30fps devido à restrita largura de banda da memória da 260X. Ao invés disso, para jogos a 1080p ficamos melhor servidos com métodos AA pós-processamento usados em jogos como Tomb Raider.Ver no Youtube
1920x1080 'Value' R7 260X 2GB HD 7790 1GB HD 7850 1GB GTX 650 Ti Boost 2GB
BioShock Infinite, Very High 57.3fps 54.4fps 66.9fps 64.1fps
Tomb Raider, High, FXAA 61.1fps 58.5fps 77.8fps 78.2fps
Metro 2033, High, AAA 29.5fps 27.0fps 40.0fps 36.9fps
Metro: Last Light, High 34.0fps 31.6fps 38.6fps 36.8fps
Hitman: Absolution, High, 2x MSAA 36.9fps 35.2fps 45.0fps 39.8fps
Sleeping Dogs, Extreme 47.9fps 45.2fps 54.5fps 54.0fps

Radeon R7 260X vs. consola de nova geração: veredito Digital Foundry

Mesmo nos orçamentos mais modestos, a gráfica de €119 da AMD está bem posicionada como um par para o poder gráfico da PS4 e XO, pelo menos baseado na performance dos jogos de lançamento. Claramente as consolas têm mais para dar - especialmente nos exclusivos - e não ficaríamos surpreendidos por ver a diferença crescer com o tempo, particularmente porque a 260X enfrenta claros problemas na largura de banda devido ao seu canal de 128-bit.

"Em três dos nossos quatro testes, a 260X igualou as consolas de nova geração, mas não deixamos de sentir que gastar um pouco mais na tua GPU irá providenciar melhor valor a longo prazo."

Mas atualmente, para os que têm PCs que há muito precisam de uma atualização, a 260X pode ser vista como uma alternativa económica a comprar uma consola de nova geração. Qualidade visual em jogos como AC4 e BF4 corre em high com esta GPU sem penalidade na performance, enquanto as versões de consola recorrem a LODs reduzidos, e filtro de texturas reduzido. Não evitamos sentir que queremos muito mais das novas plataformas - especialmente da PS4, onde a arquitetura GPU oferece um leque de vantagens sobre o núcleo Bonaire no coração da 260X (se bem que para sermos justos, a 1.9TF, a 260X bate por pouco o poder computacional geral da PS4).

Dito isto, por todas as vantagens que descobrimos nos nossos testes, notamos uma tendência preocupante neste conjunto de recentes lançamentos PC. Rivals está bloqueado nos 30fps padrão das consolas, enquanto AC4 requer muito poder GPU para sustentar 60fps, baixando duramente para 30fps em equipamento menos capaz. Igualmente, a versão PC de COD: Ghosts é de uma tal forma, na qual apesar de várias tentativas de alcançar paridade com as definições de consola, ficou retida, aparentemente devido a pobre otimização. Tendo em conta os pontos comuns entre desenvolvimento nas consolas e PC, ficamos surpreendidos pela forma tão pobre em que o jogo do Infinity Ward corria no nosso computador, especialmente em comparação com o mais ambicioso tecnologia BF4.

Mas no geral, os nossos testes deram resultados encorajadores para jogadores PC. Se €119 é o gasto mínimo para performance igual a consola de nova geração para uma GPU, existem poucas escolhas erradas ao comprar uma gráfica acima desse preço. Na verdade, para uma opção mais resistente a longo prazo, aconselhamos que considerem a R9 270 - disponível por cerca de mais €36, e providencia um número de vantagens, incluindo mais largura de banda para a memória com um canal 256-bit, e a mesma arquitetura GPU que a PS4 mas com mais unidades computacionais e uma maior velocidade de relógio. Adicionalmente, devem conseguir aumentar a velocidade do relógio facilmente para igualar aRadeon R9 270X que é mais cara. Alternativamente, mantenham os olhos atentos às Radeon HD 7850s que são topo de gama, disponíveis com frequência por €119, que também oferece um bom salto na performance sobre a R7 260X.

Sign in and unlock a world of features

Get access to commenting, newsletters, and more!

Related topics
Sobre o Autor
Thomas Morgan avatar

Thomas Morgan

Senior Staff Writer, Digital Foundry

32-bit era nostalgic and gadget enthusiast Tom has been writing for Eurogamer and Digital Foundry since 2011. His favourite games include Gitaroo Man, F-Zero GX and StarCraft 2.
Comentários