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Diablo 3: Reaper of Souls - Antevisão

Armado pela fé e motivado pelo dever.

Com o adiamento constante do pvp, não foi surpreendente o anúncio de uma expansão para Diablo 3, até porque o combate entre jogadores nunca funcionaria no estado atual do jogo, era necessária uma reformulação mais profunda do que um simples patch possibilitaria. Não é segredo que sou um fã da série, e se é impossível contabilizar as horas de jogo que passei com o segundo título, no terceiro passaram largamente as centenas, mesmo com a estranha itemização que acabou por ser responsável pela "má fama" que o jogo desenvolveu.

Na altura da análise escrevi que achava a RMAH uma boa alternativa ao mercado negro, que sempre existiu no Diablo 2, ao mesmo tempo que era uma boa forma de serem os próprios jogadores a decidir quanto valiam as peças de gear que apanhavam. O problema é que com toda a casualidade do sistema de loot, com 5 affixes (as stats que rolam em cada peça de equipamento que cai) aleatórios que tornavam as recompensas adequadas para nós demasiado difíceis de conseguir pelo ato de jogar, era simplesmente mais inteligente farmar gold para comprar um item próprio na AH, do que esperar que ele nos caísse de um monstro.

Eu até percebo que toda essa aleatoriedade no design servisse para que os jogadores usassem a AH, mas a diferença era demasiada, e desincentivava as chamadas "loot runs", o coração de um jogo destes no final de contas. As coisas estão bem diferentes hoje, os affixes fixos atenuaram o problema, os paragon levels deram-nos motivos para continuar a progredir, e os monster levels trouxeram flexibilidade à dificuldade, para que continue a haver conteúdo para os loucos, e para os mais casuais. Se acham que o jogo é fácil, é porque nunca jogaram inferno ML10.

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Vou fazer os possíveis para não estragar a surpresa para aqueles que o vão jogar a primeira vez nas consolas, mas como é óbvio Diablo foi mais uma vez derrotado no final do jogo, e a sua essência "descansa" agora no interior da Black Soulstone. Como puderam ver na cinemática de apresentação de Reaper of Souls, Tyrael decide esconder a pedra maligna longe dos olhares de humanos, anjos e demónios, mas quando pensava que tudo estava pronto para o início de uma era de paz, surge uma cara conhecida, o desaparecido Malthael, ex-Archangel of Wisdom e agora o Reaper of Souls, ou arcanjo da morte.

"a maior parte do conteúdo adicionado será virado para o chamado "end game"

Do ponto de vista da Lore, a expansão levanta várias questões interessantes, apesar de Tyrael não ser mais o Archangel of Justice, na cinemática ele ainda carrega a El'Druin, a espada da justiça, que ao trespassar Malthael não lhe provoca quaisquer danos. Isto não é um mero acaso, El'Druin julga as intenções dos seus inimigos, e apenas fere aqueles cujas intenções são injustas, ou seja, aparentemente as intenções de Malthael em eliminar os humanos para terminar o conflito eterno, são justificadas. Não se sabe ao certo quais são os planos de Malthael para a Soulstone, mas é provável que se veja o regresso de Diablo na expansão, principalmente considerando que o inferno está um caos de momento, com a ausência de todos os Evils.

A expansão vai conter um ato novo como seria de esperar (ato V), em termos de tamanho vai ser semelhante ao ato III, vai passar-se maioritariamente em Westmarch, e vai trazer uma nova cidade The Survivor's Enclave. Existirão transições sem loading entre áreas interiores e exteriores, todas as zonas exteriores serão geradas aleatoriamente e terá um tom mais negro que o resto do jogo. Isto no que à história principal diz respeito, porque a maior parte do conteúdo adicionado será virado para o chamado "end game".

É curioso porque esta sempre foi uma reivindicação dos jogadores, como se quisessem que Diablo 3 se transformasse num MMO, talvez sejam os fãs da Blizzard que estão habituados a jogos "infinitos" como Starcraft ou o Wow claro. A primeira coisa a referir é o aumento do nível máximo para 70, com novas passivas, runas e habilidades para todas as classes. Trará uma nova classe, o Crusader, que se assemelha ao Paladin do Diablo 2, mas que em termos práticos é como um casamento entre o Barbarian e o Monk do 3, mas desenhado para ser um "mid-range character".