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Em teoria: O que podemos esperar do iPhone 5?

Evolução ou revolução? O Digital Foundry sobre as escolhas face aos criadores do smartphone mais popular do mundo.

Segundo as nossas bem informadas fontes, nos próximos 12 meses a tecnologia gráfica móvel vai finalmente alcançar as capacidades das atuais consolas. A era 28nm está rapidamente a chegar, e juntamente com os avanços feitos na engenharia de eficiência de poder, devemos finalmente ver um GPU móvel que - pelo menos no papel - igual o poder em bruto dos Xenos que está no coração da Xbox 360.

Pensem no PowerVR SGX543 MP4 no coração da PlayStation Vita e no "novo iPad" com Retina. Segundo as nossas fontes, o novo chipPowerVR "Rogue" de nova geração da IMG tem potencial para oferecer 5x o poder de processamento em bruto. Combinado com a nova tecnologia ARM Cortex A15 CPU, estamos em face da real possibilidade de aparelhos móveis se tornarem alvos viáveis para criadores de jogos AAA. O que a Sony alcançou na Vita com excelentes ferramentas e direto acesso aos componentes de base, a próxima geração móvel pode igualar e até exceder em termos de puro poder.

A emergência desta nova tecnologia coloca a Apple numa posição difícil. A companhia parece ter-se ficado por uma cadência "tick tock" ao estilo Intel, lançado um inovador produto num ano, e uma versão melhorada no próximo, antes de reiniciar o ciclo. O iPhone 4S foi claramente um produto refinado ao invés de algo inovador, portanto a adoção de um processador A15/Rogue como base do seu novo produto de topo parece demasiado bom para ignorar. Existe apenas um problema: fábricas de de produção de 28nm são poucas atualmente, e volumes de chip não sustentam o lançamento em massa como o de um novo iPhone. Existe a real possibilidade que o próximo aparelho da Appel seja uma revisão de uma revisão, ao invés de um revolucionário novo produto.

Então para onde deve seguir o smartphone mais popular do mundo? Apesar de haver um certo nível de incerteza a respeito das entranhas do aparelho, a imprensa especializada parecem bem unânime quanto ao exterior do que é dito (novamente) como iPhone 5. A Apple tem reais problemas em manter substituições de partes OEM para novos produtos em segredo, resultando num leque de fugas relacionadas com componentes. Disto, uma convincente imagem do formato físico do próximo iPhone pode ser elaborada. Literalmente.

A fábrica de reparação iLab Factory reuniu uma quantidade de partes do novo iPhone, juntando-as para dar uma convincente imagem de uma caixa completa: mais longa que o existente 4S para acomodar um maior ecrã de 4 polegadas, e a tradicional entrada Apple substituída por uma nova e mais pequena revisão. Outras mudanças são mais subtis, com ranhuras do microfone redesenhadas e a entrada headphone a passar para a parte inferior do aparelho.

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O ecrã maior é o elemento mais intrigante. Com o "novo iPad" deste ano, a Apple trouxe resoluções retina para o seu tablet, mas esta inovação chave na tecnologia de ecrãs já foi implementada em 2010 no iPhone 4. A evidência mais forte sugere que o novo produto mantém a mesma densidade de pixeis que o atual 4S, simplesmente expandindo verticalmente para acomodar o ecrã maior - já o simulador de desenvolvimento iOS 6 parece suportar a resolução lógica de 640x1136. Outros smartphones passaram além disto, com ecrãs de cinco polegadas a 720p que são relativamente comuns em aparelhos Android de ponta, mas os pensamentos da Apple sobre aparelhos de mão demasiado grandes são públicos.

Além do ecrã, as fugas da caixa oferecem algumas surpresas, sugerindo fortemente que quaisquer inovadores novos avanços no novo phone da Apple se concentrariam no interior. Presumindo por um instante que a engenharia 28nm está descartada, para onde vai a companhia daqui? A possibilidade mais óbvia é que a companhia vai continuar o seu existente caminho de retrabalhar tecnologia iPad, como fez com grande sucesso com os chips A4 e A5. O iPhone 4 e o 4S usam os mesmos processadores encontrados no iPad e iPad 2, inferiorizados cerca de 20% para conversar bateria e permitir a gestão do aquecimento.

A conclusão lógica é que o novo iPhone segue isto, pegando na melhoria dos gráficos quad-core do A5X para casar com o ecrã 1136x640. Isto pode levar o produto a ser um pouco mais equilibrado que o novo iPad, no qual jogos 3D avançados tem dificuldades com a gigantesca resolução 'Retina'. O A5X representa um aumento 100% linear no pode de GPU sobre o existente A5, mas presumindo os 1136x640 caso se confirmem os rumores, precisaria de poder para uns extra 18.3 por cento na resolução. Seguindo este caminho não teríamos qualquer tipo de revolução nos jogos móveis, mas títulos existentes a correr com rácio de fotogramas desbloqueado iriam claramente correr muito mais rápido. É fácil de imaginar a maioria dos títulos complexos tais como Infinity Blade 2 a chegar a algo perto dos 50-60FPS.

Mas mesmo este caminho de retrabalhar tecnologia existente causa desafios à Apple. O A5X foi desenhado primeiramente para que as resoluções Retina funcionem no iPad. Para alcançar isto, a Apple precisa duplicar o poder GPU e dar à carnagem células de alto poder para manter as tradicionais 10 horas de vida da bateria. O A5X é em si um grande chip esfomeado de poder que ocupa perto de 163mm 2 de silicone - é o mesmo que o Penryn quad-core CPU da Intel, que também é fabricado a 45nm. Ao contrário do existente A4 e A5, é altamente improvável que este chip possa simplesmente ser transportado para o novo iPhone. Mudanças vão ter que ser feitas.

A Apple já nos mostrou como mode bater este desafio com a versão revista do iPad 2, conhecida internamente como o "iPad 2,4". Aqui, o mesmo exato chip A5 é encolhido de 45nm para 32nm, e como a excelente análise da Anandtech demonstra, as melhorias na vida da bateria são significativas: Infinity Blade 2 - conhecido comedor de bateria - dura 7.9 horas no chip 32nm, ficando-se por umas menos impressionantes 6.12 horas na versão de 45nm. É interessante notar que o mesmo jogo apenas consegue 5.58 horas no Retina iPad apesar do pacote de bateria ser na verdade maior do que aquele encontrado no Macbook Air de 11 polegadas - uma combinação de exigências do A5X de 45nm e do ecrã de resolução super alta.

O esfomeado processador A5X no iPad Retina pode passar dos seus atuais 45nm para o processo da fabrico a 32nm estabelecido pela Samsung para tornar o chip viável para smartphones. A Apple testou isto ao encolher o chip A5 do iPad 2, resultando em melhorias de 30 por cento na bateria em títulos graficamente intensos tais como Infinity Blade 2 (esquerda) e Riptide GP (direita).

Apliquem o mesmo processo de encolhimento ao A5X e o chip subitamente se torna numa proposta muito mais viável para o novo iPhone - consumo de poder baixa para níveis que podem ser geridos, e existe muito mais espaço na nova carcaça para baterias de alta capacidade. Uma redução de 45nm para 32nm pode levar o processador em si a reduzir para algo muito mais perto do atual A5 encontrado no 4S. Acrescentem os habituais 20% inferiores e subitamente um chip personalizado e extravagante desenhado expressamente para o propósito de conduzir um ecrã de super resolução num tablet torna-se numa proposta viável para o novo iPhone, trazendo consigo a melhor performance possível para a atual geração de jogos móveis na iTunes App Store.

"A mesma tecnologia de 28nm que torna possível as Xbox e PlayStations de próxima geração deve permitir aos aparelhos móveis finalmente alcançar o nível gráfico visto nas consolas HD de atual geração."

Mas na realidade, de uma perspetiva tecnologia em bruto, um iPhone centrado no A5X pode ser outro produto evolucionário como o 4S: invejável performance gráfica móvel atual casa com um ecrã maior, muito provavelmente mais RAM e outros elementos derivados do iPad tais como suporte 4G LTE. Além do hardware, a Apple precisa de confiar no seu futuro iOS 6 para providenciar funcionalidades software que iriam tornar o lançamento do novo smartphone muito mais atrativo. Entretanto, o lançamento de um iPad Mini a preço atrativo apenas pode significar coisas boas para os objetivos da Apple.

Tudo isto pode provavelmente ser suficiente para manter a Apple no topo, mas pode apresentar uma janela de oportunidade para os concorrentes. O chip Qualcomm S4 em particular parece intrigante: combina A15s da ARM Cortex quad-core de nova geração com um Adreno 320. Na verdade, a Qualcomm parece ser a única produtora móvel capaz de empenhar na tecnologia 28nm de forma séria atualmente. No futuro, podemos também ver uma combinação A15/Rogue a surgir de outra firma que a Apple. A Sony já anunciou tal produto, com fontes informadas a sugerir que o NovaThor A9600 de topo representa uma revolução na performance móvel - a quase mítica visão de performance gráfica de consolas de atual geração enfiada num pequeno e único chip.

Em termos de um iPhone de próxima geração com algo semelhante a uma performance de jogos das atuais consolas HD - apesar de ser difícil acreditar que a Apple vai conseguir isso este ano, não é impossível para uma companhia tão rica como a poderosa situada em Cupertino. A tecnologia está lá, é apenas uma questão de encontrar alguém que possa fisicamente produzir aqui e agora, a Samsung - parceira preferida da Apple para o fabrico - não está mesmo numa posição de fazer isso acontecer. Na verdade, se a firma conseguir alcançar isso a tempo da chegada do próximo iPad perto do primeiro trimestre de 2013, com o lançamento de uma Smart TV pouco depois, vai ser um feito extraordinário.

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