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Criador de Bayonetta adora o termo "JRPG" e quer usar "J-Action"

Para descrever os seus jogos.

Image credit: Platinum Games/Nintendo/Sega

Hideki Kamiya, criador de Bayonetta e uma das mentes brilhantes a liderar a PlatinumGames, acredita que os japoneses devem sentir orgulho do termo "JRPG" e quer usar "J-Action" para descrever os seus excêntricos jogos de ação.

Após Naoki Yoshida, produtor de Final Fantasy 16, ter confessado que não gosta do termo JRPG, sentimento que é partilhado por outros criadores, Kamiya foi questionado pelo VGC o que pensa disso e o criador de Devil May Cry defende que existem diferenças que justificam o uso do termo.

"Tenho imenso a dizer sobre isto. Primeiro, para esclarecer, tenho um sentimento positivo sobre o termo JRPG. A sério, penso que é algo que nos deve dar orgulho."

"Na minha vida criativa, até agora, existem duas coisas que me impressionaram a sério, nas quais penso até ao dia de hoje. A primeira é um problema de localização na manga de Fist of the North Star."

Kamiya explica que na versão japonesa é usada a onomatopeia "dodododododo" para dar intensidade a uma cena na qual motoqueiros olham para baixo num desfiladeiro. Na versão localizada, usaram "vrooooom" e sugerem que é o som das motos.

"Usar linguagem para expressar uma atmosfera única como aqui é algo que é muito distinto dos gostos criativos japoneses. É algo que não consegues expressar tão bem noutras culturas, quando o vês da perspetiva da localização."

O outro exemplo que marcou Kamiya está relacionado com a série Ultraman, que na versão japonesa transmite um efeito sonoro para transmitir intensidade e na versão dos Estados Unidos ajustaram o efeito para se tornar mais credível. Segundo diz, não se trata de dizer que um é bom e o outro mau, mas simplesmente para realçar as diferenças nas perspetivas criativas.

"Quando olhas para God of War, tens Kratos. É musculado, é enorme, careca, tem muito estilo, basicamente. Por isso pensámos, 'okay, temos jogos como este que se estão a tornar mais populares globalmente, podemos criar algo similar de uma perspetiva japonesa?"

Kamiya diz que a resposta foi não, uma vez que não é algo singular à criatividade japonesa e à forma como expressam as suas sensibilidades. Bayonetta é a prova disso, uma personagem cujo aspecto não sugere que consegue enfrentar todas aquelas ameaças.

Por isso mesmo, diz que JRPG é algo que somente os criadores japoneses conseguem criar, com o seu estilo criativo tão singular, e por isso mesmo devem abraçar o seu uso.

Se usares o termo J-Action para descrever Bayonetta, Kamiya fica contente pois descreve ação que somente um criador japonês poderia imaginar.

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