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Bizarre era viável financeiramente

Ex-membros discutem fecho do estúdio.

O encerramento da Bizarre Creations certamente que não deixou ninguém indiferente.

O estúdio que tinha no seu historial jogos como Project Gotham Racing e The Club, fechou portas por ordem da Activision, companhia que comprou o estúdio. No entanto a necessidade de encontrar um parceiro de maior envergadura não era tão imperiosa como se pensa, pois o estúdio era rentável economicamente e contava com vários projectos antes de ser vendido à Activision. A aliança que tinha como objectivo garantir a sua existência, acabou por exterminá-los.

Em entrevista à revista EDGE, Martyn Chudley, ex-membro da Bizarre, contou que, "Tínhamos dinheiro no banco e vários projectos potenciais para trabalhar. No entanto aproximava-se o final do desenvolvimento de Project Gotham Racing 4 e de The Club, e tomou-se a decisão (assinar novos projectos seria caro no futuro) de filiar-se com uma distribuidora para garantir a segurança futura do estúdio, dado que não haveria tempo de inactividade entre os projectos, ou ter de passar pelo processo de apresentar projectos, fazer as suas demos e esperar aprovações."

"O desejo da Activision para um projecto de jogos de corridas pareceu-nos caber que nem uma luva. Os nossos parceiros da altura, tanto a Microsoft como a SEGA, não pareciam estar interessados nos nossos serviços. Com a Activision, com o desejo que tinha por um projecto de corridas e com a licença de Bond, parecia-nos ser a opção correcta."

"Sempre fomos orgulhosamente independentes, e tentámos sempre fazer melhor aquilo que pensávamos que era o correcto para os nossos funcionários, os jogos e a companhia. No entanto quando a Activision tomou conta de nós sentimos, e acredito que eles também sentiram, de que iam-nos deixar continuar com a nossa cultura, e por uns tempos correu bem, mas aos poucos, as coisas começaram a mudar. Já não éramos um estúdio independente a fazer os nossos jogos, estávamos a fazer jogos para preencher lacunas. Embora tenhamos acreditado em todos eles, eles eram mais produtos de comissões e analistas".

Martin Chudley contou também que tiveram a oportunidade de comprar de volta a Bizarre antes da Activision fechar o estúdio, mas "pessoalmente pensei que havia um potencial muito maior, tanto para a segurança como para o bem-estar da companhia, se houvesse interesse de uma third party. Infelizmente não foi esse o caso."

Sarah Chudley interveio na entrevista acrescentando que, "A Bizarre cresceu ainda mais quando foi adquirida pela Activision, e nós simplesmente não temos as habilidades, capacidade nem recursos financeiros para tomar conta de mais de 200 pessoas. Martyn e eu fomos sempre pessoas de uma companhia pequena, e foi por isso que nos afastámos quando percebemos que eram necessárias as habilidades de uma grande companhia para gerir o estúdio."

O Adeus à Bizarre Creations

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Luís Alves

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É o nosso super-homem. Não existe nada que o Luís não saiba e o seu conhecimento da indústria é longo, permitindo-lhe estar sempre à frente de todos. É o homem que nunca dorme.

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