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Assassin's Creed Valhalla - Dawn of Ragnarök terá um cenário mitológico, novos inimigos e gameplay desafiante

A Ubisoft Sofia sabe surpreender.

Após conquistar os jogadores com Assassin's Creed: Rogue e surpreender os jogadores com a expansão "A Maldição dos Faraós" em Assassin's Creed: Origins, a Ubisoft Sofia está de volta às luzes da ribalta com Assassin's Creed Valhalla - Dawn of Ragnarök, posicionada como uma ambiciosa expansão que quase podia ser considerada um jogo em separado. A oportunidade de conversar com Mikhail Lozanov, diretor criativo na Ubisoft Sofia, permitiu-nos saciar alguma da curiosidade em torno desta nova expansão mitológica e tentar perceber de que formas tentam refrescar o gameplay de um jogo de 2020 que permanece vivo em 2022.

Numa altura em que muito se debate sobre o futuro da série Assassin's Creed como jogos vivos, jogos como um serviço, se assim preferires, a verdade é que a série já o é desde 2017, quando Origins recebeu um apoio que durou longos meses com expansões e DLCs. Origins recebeu a sua segunda expansão, The Curse of the Pharaohs, em março de 2018, 5 meses após o lançamento do jogo principal e continuou a receber atualizações com melhorias, modos e cosméticos até ao lançamento de Odyssey em outubro de 2018. Esta odisseia na Grécia repetiu o molde em versão expandida, mas apesar de ter recebido novidades no seu segundo de vida, Valhalla é o primeiro a ter um segundo ano de conteúdos, com novas expansões.

Isto dá-nos um vislumbre do futuro da série como um jogo vivo, capaz de receber expansões com novas personagens, locais e gameplay, sem te obrigar a comprar um novo jogo, mas na verdade, há muito que a série Assassin's Creed adotou o formato de jogos vivos, como um serviço, que recebem novidades para te manter a jogar longos meses após o lançamento. Desde Origins, a Ubisoft tem dado passos incrementais nessa direção, mas diria que Valhalla já mostra essa realidade e Dawn of Ragnarök o melhor exemplo desse futuro.

Dawn of Ragnarök já nos mostra uma realidade totalmente diferente daquela que tens em Valhalla, muito distante dos pacatos campos de Inglaterra e apesar de estar relacionado com personagens comuns, quase que poderia ser visto como um novo jogo, um spin-off vendido em separado. Essa aposta num cenário mitológico não surpreende quem jogou Valhalla, mas não deixa de ser intrigante.

Lozanov explicou-nos que a ideia de um tom mitológico surgiu com naturalidade, uma vez que "o mitos sempre fizeram parte da vida diária do humano. Os jogos Assassin's Creed estão assentes em famosos períodos históricos e deixamos os nossos jogadores viver ao lado destas pessoas do passado."

"Muitos destes eventos que conhecemos da história são frequentemente resultado das crenças das pessoas. A mitologia e história são dois componentes da herança culturas dos humanos que estão sempre juntos e conduzem os jogos Assassin's Creed. Com este ambicioso e imersivo cenário mitológico entregamos a fantasia completa de ser um guerreiro viking no século IX."

Cover image for YouTube videoAssassin’s Creed Valhalla: Dawn of Ragnarök - Deep Dive Trailer | Ubisoft [NA]

Essa vertente mitológica está bem visível no novo cenário, personagens e bosses que vais enfrentar, também está percetível em novidades no ciclo gameplay, mas também será altamente percetível no sistema de combate. Graças aos poderes de Odin, o protagonista da expansão que tenta salvar o seu filho que está algures preso em Svartalfheim, o reino dos anões, terás a oportunidade de despoletar habilidades espetaculares e até viajar pelos cenários de formas completamente inéditas na série Assassin's Creed.

"Um dos aspetos dos novos poderes que Odin será capaz de descobrir é que melhoram os combates," respondeu Lozanov após o questionarmos sobre mudanças no sistema de combates. "Os poderes vão permitir aos jogadores enfrentar os inimigos de forma mais tática e a adaptarem-se a certas situações a meio dos combates para dominarem o campo de batalha e sentirem que são um verdadeiro deus. Os novos podere permitirão aos jogadores protegerem-se do perigo do fogo e magma, invocar um pequeno exército para os ajudar contra os numerosos gigantes do fogo e gelo ou para desaparecer no calor da batalha e enfrentar novamente os inimigos nos seus próprios termos."

Estes novos inimigos conseguem ser impiedosos e da amostra expandida de gameplay que vimos, algo empolgante é a forma como a Ubisoft Sofia te dá formas de os enfrentar com incríveis poderes. No entanto, alguns deles são muito fortes e implementam novas regras nos campos de batalha. Um deles, por exemplo, está sempre a invocar novos inimigos e tens de o despachar rapidamente, no entanto tens outros à tua volta que não te deixam em paz. Esta camada de estratégia adicional é introduzida através dos novos inimigos e dos novos poderes, uma vez que Odin é incrivelmente poderoso, mas os inimigos também são e existe todo um exército deles.

Sobre os novos inimigos, Lozanov contou-nos que "os Muspels são a nova fação inimiga introduzida em Dawn of Ragnarök. Eles são os gigantes do gelo dos mitos nórdicos, guerreiros impiedosos de fogo e magma. Os Muspels são liderados por um dos mais antigos gigantes, Surtr. Queríamos capturar a natureza do elemento do fogo com esta nova fação."

"Se os jogadores ignoram estes inimigos e não os despacham quando têm a oportunidade, a luta pode rapidamente intensificar-se para um encontro particularmente difícil e letal. A fação Muspel apresenta dois novos arquétipos de inimigos. Os Flamekeepers que ressuscitam os corpos tombados e trazem-nos de volta para a luta contra Odin, e as Fúrias de Surtr, que os Flamekeepers trazem da lava para perseguir e explodir quando se aproximam de Odin."

A equipa sabia que os jogadores queriam uma experiência mais intensa e assim fizeram, seja pela intensidade dos inimigos nos combates ou pela necessidade de equilibrar a experiência. Odin poderá desbloquear vários poderes, mas não pode despachar tudo com um soco se não a experiência seria banal e não terias algo que merecia o teu tempo. Um dos exemplos apresentados foi o uso de uma névoa a meio de combate que permite a Odin tornar-se invisível e escapar. Isto é útil quando te sentes subjugado e precisas respirar. Se não quiseres voltar ao combate porque não queres correr o risco de perder, podes aproveitar o tempo para respirar e retirar para voltar mais tarde ou simplesmente tentar chegar ao objetivo enquanto a habilidade está ativa.

Além disso, Odin vai desbloquear habilidades que te permitem viajar pelos cenários de formas inéditas, como se transformar num corvo e voar para chegar rapidamente a pontos distantes ou altos. "Em muitas das sagas que pesquisamos, descobrimos que Odin é frequentemente descrito como capaz de mudar de forma. Mudar a forma também está na natureza dos gigantes de gelo. Esta é uma das inspirações para estes poderes," diz Lozanov.

"Assim sendo, os poderes de travessia podem ser usados para explorar e descobrir novos locais e tesouros, mas também durante os combates e situações intensas para dar uma vantagem aos jogadores contra os Muspels e Jotnar."

A apresentação que nos permitiu ver gameplay expandido de Assassin's Creed Valhalla - Dawn of Ragnarök deixou-nos altamente intrigados e empolgados com esta ambiciosa expansão. As anteriores expansões de Valhalla foram mornas, com alguns bons momentos e pequenas novidades no gameplay, mas sem fugirem de forma significativa ao ciclo do jogo base. Até mesmo as temáticas eram similares. Dawn of Ragnarök parece ser diferente em todos os sentidos positivos e a aposta no tom mitológico, com os novos poderes e habilidades de combate, fazem com que seja impossível não ficar intrigado.

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Assassin's Creed Valhalla

PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X/S, PC

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Bruno Galvão

Redator

O Bruno tem um gosto requintado. Para ele os videojogos são mais que um entretenimento e gosta de discutir sobre formas e arte. Para além disso consome tudo que seja Japonês, principalmente JRPG. Nós só agradecemos.

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