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Valkyria Chronicles

As crónicas para mais tarde recordar.

Um dos aspectos mais fantásticos do jogo, que já se tornou numa das suas mais conhecidas características, é o seu visual. Graficamente Valkyria Chronicles parece um quadro, uma tela na qual ao contrário do normal existe movimento. Mérito total para o motor de jogo criado pela Sega para a Playstation 3 que se assegura que este “quadro” ganha vida. O seu nome, “Canvas”, não podia ter sido melhor empregue pois é mesmo essa a sensação que transpõe, a de estar-mos perante uma tela que ganhou vida e agora se desenvolve à nossa frente. Como se nos quisesse levar a crer que estamos perante um desenho pintado à mão, o visual apresenta o traço do lápis mas não deixa de ser bastante colorido e detalhado. Um dos aspectos mais fascinantes e um dos aspectos que mais facilmente vos irá atrair.

O outro aspecto, que tem como nome BLiTZ (Battle of Live Tactical Zone), é o sistema de combate e combina elementos de um RPG de estratégia por turnos com elementos de um jogo de acção na terceira pessoa. BliTZ é um sistema de combate simplesmente único e inovador, completamente diferente de praticamente tudo alguma vez feito neste género.

Este é o modo de comando no qual escolhemos a personagem que queremos usar antes de entrar no modo acção.

Os combates decorrem por turnos durante os quais jogamos nós e em seguida o inimigo e para controlar-mos as nossas tropas temos duas fases, a fase de comando e a fase de acção. Numa vista aérea sobre o mapa do local, com ícones a indicar os personagens, escolhemos qual queremos usar, tendo esta fase como nome “Command Mode”. Após isto, numa transição rápida e sem quaisquer loadings, assumimos o controlo da personagem escolhida podendo realizar as acções e caminhar livremente, esta fase chama-se “Action Mode”. No modo de acção ficamos com uma perspectiva por detrás da personagem e o jogo fica praticamente igual ao comum jogo de acção na terceira pessoa só que aqui cada personagem tem uma barra de mobilidade que nos mostra o limite de tempo durante o qual a personagem pode mover-se. Por cada turno temos determinado número de pontos de comando, sendo possível escolher diferentes personagens ou sempre a mesma mas apenas é possível atacar uma vez. Se quiserem atacar de novo, devem encerrar a acção, retornar ao modo de comando e escolher de novo a personagem podendo atacar outra vez. A componente estratégica sai a ganhar pois podem usar a mesma personagem várias vezes e tentar furar as defesas dos inimigos ou usar um sniper para limpar a área. Devem ter em atenção e procurar cobertura atrás de paredes de forma a evitar a exposição ás linhas de visão do inimigo pois assim são alvos fáceis.

Um dos seus trunfos está na forma como o modo de acção foi criado de forma a respeitar as regras impostas em prol de uma maior componente estratégica. Isto faz com que o jogo alcance um verdadeiro estado de graciosidade mas também nos causa alguns dissabores. A verdadeira emoção está na forma como ultrapassamos as adversidades pois sentimos que realmente estamos perante um esquema bem estruturado, bem pensado e bem planeado mas infelizmente não está isento de falhas que podemos explorar a nosso favor.

No modo acção podem controlar as vossas personagens livremente. Tenham sempre cuidado com a linha de visão do inimigo.

Algo que poderá deixar alguns desiludidos são as falhas na inteligência artificial, que mesmo nos favorecendo não deixam de nos deixar um pouco apreensivos. Ter um chefe de final de nível que apenas movimenta o seu tanque de guerra para a frente e para trás, gastando pontos de comando ao inimigo, ou ter soldados que apenas se movimentam para os lados repetidamente sem atacar mesmo quando tem linha de fogo sobre nós, deixam-nos a pensar até que ponto as coisas podem não estar previamente definidas resultando numa experiência menos entusiasmante.

As regras e imposições que se aplicam a nós também se aplicam ao inimigo e é no aproveitar destes factores para nossa vantagem que está o ganho mas algumas destas falhas tornam por vezes as coisas estranhas de mais. Posso dar como exemplo na missão do capítulo sete, a maioria dos capítulos apenas tem uma batalha mas alguns tem mais, quando apenas restava um soldado inimigo que a cada turno gastava 3 pontos de comando a movimentar-se de um lado para o outro sem qualquer progressão. Noutra missão no quinto capítulo, avancei no terreno deixando para trás dois inimigos que não mais se movimentaram quando podiam ter-me atacado pelas costas. Isto só para exemplificar alguns acontecimentos que vos vão acontecer.

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Valkyria Chronicles

PS3, PSP, PC, Nintendo Switch

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Sobre o Autor
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Bruno Galvão

Redator

O Bruno tem um gosto requintado. Para ele os videojogos são mais que um entretenimento e gosta de discutir sobre formas e arte. Para além disso consome tudo que seja Japonês, principalmente JRPG. Nós só agradecemos.

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