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The Maw

Eu, tu e essa grande boca.

Para provar que serviços como o Xbox Live Arcade são actualmente, e cada vez mais, uma rica fonte de conteúdos e uma dinâmica forma de oferecer experiências que poderiam nunca existir, a Twisted Pixel dá-nos a sua obra que expressa bem o porquê dos serviços de distribuição digital de conteúdos serem uma das crescentes apostas das companhias. Depois de no passado ano o Live Arcade ter gozado de uma enorme e admirável actividade, este novo ano começa também ele de bela forma com a chegada de um bem humorado The Maw.

The Maw dá-nos a conhecer duas personagens, uma que vamos controlar directamente e outra indirectamente. A personagem que vamos controlar tem como nome Frank e é um pequeno e azul extraterrestre que se vê capturado por caçadores de prémios. Por mero acaso, acaba por se soltar do seu breve cativeiro e, como tem uma paixão por todo o tipo de criaturas, acaba por se tornar amigo de Maw, uma pequena criatura com apenas um olho e uma enorme boca. A estranha amizade desta estranha dupla é o mote principal para esta nova aventura que poderá surpreender os mais desatentos tanto pela sua qualidade visual como pela sua simples e cativante jogabilidade.

Este deverá ser precisamente um dos trunfos para quem vai conhecer e acompanhar esta dupla. A forma simples como os desafios são propostos conseguindo manter na mesma um grande interesse aliado a uma simples execução, tornam The Maw num potencial jogo obrigatório para quem procura experiências gratificantes e simples. No final de contas, essa é uma das muitas vertentes a que o serviço Live Arcade se tem prestado a cumprir ao longo dos anos.

Visualmente The Maw consegue ser surpreendente e esse é um dos seus trunfos. Os personagens principais são dotados de boas animações e todo o mundo colorido é atractivo de explorar.

Após se despenharem num planeta desconhecido, Frank terá que encontrar forma de escapar e vencer os caçadores. Para isso irá ter que enfrentar os desafios propostos em cada nível, algo que sem Maw não é possível. Maw é um comilão e come praticamente todo o tipo de criaturas e será precisamente nesta mecânica que o jogo assenta e a progressão nos níveis é feita. Existem 5 tipos de criaturas que após comidas conferem a Maw poderes e formas especiais e teremos que usar estes poderes para ultrapassar os obstáculos e progredir nos níveis. Encontrar formas para conseguir que Maw coma as criaturas e depois usar os seus poderes para progredir, esta é a forma como The Maw funciona sendo que em algumas alturas teremos que usar Frank sozinho para ajudar Maw. São principalmente nestas alturas em que o jogo se aproxima mais do género plataformas.

Em The Maw os objectivos são simples mas não por isso menos atractivos e o facto de estarem ligados entre si espalhados ao longo do mesmo nível, apelam ao interesse do jogador. Pelo meio temos que contar com o facto de que Maw é um molengão, um medricas e acima de tudo um comilão. Por vezes ele precisará de comer para aumentar o seu tamanho e sentir-se mais forte e por vezes teremos que encontrar forma de abrir caminho sem a sua ajuda. No entanto percorrer estes níveis procurando como ultrapassar obstáculos, nada de complicado diga-se e ainda bem pois tal só melhora a experiência, é muito gratificante especialmente devido à impressionante qualidade técnica do jogo.

Frank terá que ajudar Maw a comer certas criaturas para que com esses poderes possam progredir. Neste caso, Maw precisa de uma criatura com o poder do fogo para queimar as plantas.

Um dos seus principais aspectos, o qual se tornou responsável pela maior parte do destaque dado ao jogo, é o seu visual e torna-se fácil perceber porquê. Não será um exagero referir que este é um dos jogos com melhor qualidade visual no serviço e por mérito próprio. Apresentando um mundo de cores vivas, o jogo tem uma qualidade impressionante nos efeitos dos poderes especiais e um bom detalhe nos personagens principais. As animações dos personagens é outro dos pontos a destacar e por vezes não podemos deixar de olhar para Maw e observar os seus movimentos com um sorriso. Em vários momentos quase custava acreditar que estava-mos perante "apenas" um título Live Arcade.

Outro dos aspectos interessantes em The Maw é a sua banda sonora. Muito divertidas, e perfeitamente de acordo com o tom do jogo, as músicas encaixam com o aspecto visual e conseguem captar uma essência típicos dos desenhos animados. Contém algumas influências de Jazz e é outro dos pontos que ajudam The Maw a ganhar uma personalidade muito atractiva. Facilmente o bom humor presente em todo o jogo se espalha até ao jogador que não resiste a deixar-se divertir pela aventura.

The Maw é um jogo altamente divertido e bem conseguido na sua jogabilidade. Só podemos lamentar que seja tão curto pois não nos importávamos nada que fosse um pouco mais longo. Tal poderá ser rectificado com a chegada de mais alguns níveis adicionais mas mesmo sem eles The Maw é uma experiência muito alegre e divertida. Enquanto dura é um doce.

7 / 10

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The Maw

Xbox 360

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Sobre o Autor
Bruno Galvão avatar

Bruno Galvão

Redator

O Bruno tem um gosto requintado. Para ele os videojogos são mais que um entretenimento e gosta de discutir sobre formas e arte. Para além disso consome tudo que seja Japonês, principalmente JRPG. Nós só agradecemos.
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